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A pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil – 2023”, realizada pelo Sebrae, revelou o que a maioria dos pequenos empresários já sabia, na prática: a dificuldade de buscar e obter crédito no sistema financeiro tradicional.
Dos 6.237 empresários ouvidos pelo Sebrae em todo o país, 84% nem tentaram solicitar um empréstimo nos últimos seis meses. Entre os que insistiram, 33% conseguiram, 13% ainda estão com seus pedidos em análise e 54% não passaram pelo crivo dos bancos.
Em Goiás, entre os que tentaram, 30% conseguiram, 8% ainda aguardam resposta e 62% tiveram seus pedidos negados pelos bancos.
Entre os motivos alegados pelos bancos para não conceder o empréstimo estão o fato de a conta corrente ser muito nova (22%), inadimplência (9%) e faturamento baixo (7%). Mas 33% dos empresários alegam que o banco simplesmente não alegou o motivo da negativa.
Entre as garantias que os empresários podiam oferecer estavam seus veículos (35%), máquinas e equipamentos (24%), estoques (14%), duplicatas (7%) ou nenhuma garantia (17%).
A pesquisa do Sebrae também mostrou que as Empresas Simples de Crédito (ESC), figura jurídica criada em 2019 para emprestar dinheiro para pequenos empresários, inclusive MEI, de forma legalizada e simplificada, ainda é desconhecida por boa parte dos empreendedores. Neste quesito, os goianos lideram o ranking nacional, ao lado de Santa Catarina, no grau de conhecimento das ESC (4,9).
Relegados pelos bancos, 39% dos pequenos empresários estão optando pelo cartão de crédito (empresarial ou pessoal) como a principal fonte de financiamento de seus negócios. Nesse caso, quando não conseguem pagar a fatura em dia, a taxa do rotativo do cartão pode chegar a 445,7% ao ano, de acordo com o Banco Central (BC).
Informações para a imprensa
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