Agência Sebrae de Notícias

Investir tudo que se tem em um negócio é o caminho que alguns empreendedores seguem. Luciana Carneiro é um desses exemplos, não pensou duas vezes em 2012 e investiu todo capital que tinha disponível para abrir em Porangatu, no Norte Goiano, um negócio familiar, uma ferragista, junto ao irmão Magnon Alves.

“A gente não tinha muito recurso na época, mas o que tínhamos aplicamos tudo na loja. Para falar a verdade, nós começamos praticamente do zero. Trabalhamos dois anos sem fazer nenhuma retirada, centavo por centavo. Tudo que entrava no caixa virava o capital de giro”, lembra a empresária.

Focados no crescimento e na estabilização da empresa, em apenas dois anos os resultados positivos vieram como consequência do trabalho e a confirmação de que Luciana e o irmão estavam fazendo a coisa certa.

Foi aí que Luciana percebeu a necessidade de ampliar o quadro de trabalhadores. Porém, abrir vagas não foi suficiente para solucionar a demanda. Isso porque perceberam que na verdade não estavam ainda preparados profissionalmente para gerenciar aquela repentina evolução dos negócios.

Sem ter conhecimento para administrar todas as demandas, viram que era o momento certo de pedir ajuda. Esse socorro veio mesmo sem irem atrás, pois foi o próprio Sebrae que procurou a empresa para oferecer o atendimento.“Apareceram os agentes do Sebrae nos oferecendo a oportunidade de participarmos das consultorias do Programa ALI (Agente Local de Inovação)”, relata.

Segundo a empreendedora, a capacitação foi muito produtiva. “Eu vinha de área profissional totalmente diferente do setor que a gente estava investindo. O Programa ALI nos mostrou o caminho para buscarmos inovação dentro da empresa, onde tivemos acesso ao acompanhamento personalizado de um profissional especializado que nos proporcionou a utilização de ferramentas ágeis e eficazes no negócio, tanto na área de gestão da loja, quanto na parte financeira e gestão do próprio quadro de colaboradores”, explica Luciana.

A partir desta experiência nova, a empresa de Luciana se deparou com um novo desafio: a falta de capital para investir e expandir ainda mais o negócio. “A loja precisava crescer, pois o local onde estávamos estabelecidos já não suportava o fluxo de mercadorias, colaboradores e clientes. Porém, não tínhamos recurso nem crédito suficiente para investir numa estrutura física maior, Alugamos um prédio maior, mas faltou recurso para ampliar o estoque”, relembra.

Diante do impasse, o Sebrae ajudou mais uma vez. “Tivemos consultorias com pessoas excelentes nas áreas de gestão de pessoas e para gerir melhor a questão organizacional da empresa, e isso trouxe uma comunicação bem melhor entre gestores e colaboradores. Com bastante cautela conseguimos administrar o negócio e aumentar o fluxo de caixa, o que nos deu condições para realizarmos os investimentos que necessitávamos” diz a empresária.

Mudanças

Na época da pandemia também houve mudanças. “No início nosso pensamento era de que a empresa iria falir, mas, ao contrário disso, foi a época em que mais vendemos os equipamentos de segurança de uso obrigatório”, destacou a empreendedora.

Atualmente mais novidades surgiram. “Agora passamos um processo de mudança maior. Vimos a necessidade de ampliar novamente o quadro de colaboradores e mais uma vez o tamanho da loja e do depósito. E assim como foi no começo, vimos a necessidade mais uma vez de contar com o Sebrae. Já fizemos o Sebraetec, tivemos consultorias para melhorar nosso layout, que ainda se encontra em processo de implementação, e a gente já entende que todo esse aprendizado tem nos colocado no caminho certo. Isso graças ao Sebrae”, garante Luciana.

Com o sucesso do negócio, o pai da empresária, Manoel Generoso da Silva, também se juntou ao quadro de profissionais da Goiás Parafusos, e o envolvimento da família com os negócios não para por aí: o marido de Luciana e outros parentes seguiram o mesmo exemplo e se tornaram colaboradores do negócio. A família não pretende parar por aí, sempre se capacitando e tornando a empresa um sucesso cada vez maior.

“Quero aprender ainda mais, inclusive já coloquei o meu nome na lista para fazer o Empretec, que sempre foi um desejo meu, mas nunca tinha dado certo. Neste ano tem data marcada para acontecer, e a minha vaga já está garantida”, confirma Luciana.

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