Agência Sebrae de Notícias

Goiânia sedia a 1ª Expoind, Feira da Indústria de Goiás, com fornecedores de tecnologias e soluções, para contribuir com a abertura de novos mercados e promover o desenvolvimento do setor no estado. A exposição começou na quarta-feira (9) e segue até sexta-feira (11), no Centro de Convenções da PUC-GO, região Sudeste da capital, das 15 às 21 horas. A abertura oficial foi marcada pela palestra “Mundo em Transformação: IA nos Negócios, na Indústria e no Comércio Exterior”, ministrada por Martha Gabriel. O evento também é palco da 11ª Edição do Encontro Internacional de Comércio Exterior (EICE) do Prêmio Fieg de Inovação.

A expectativa dos realizadores da feira, considerada a maior do Centro-Oeste, promovida pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) em parceria com o Sebrae, é otimista. Esta primeira edição reúne 70 estandes, dentre eles o do Sebrae, em que foram selecionados diversos produtos voltados ao segmento industrial, além das consultorias e rodadas de negócios, em que as micro e pequenas empresas ofertam seus produtos e ampliam o relacionamento entre comprador e vendedor.

Além disso, foi preparada uma extensa programação voltada à disseminação de conhecimento sobre tendências da indústria, além da geração de negócios. Constam no rol de promissores compradores oito empresas internacionais, principalmente de países da América Latina, como Argentina, Bolívia, Equador, Panamá e Peru.

Na abertura oficial da Expoind, o presidente em exercício da Fieg e vice-presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, André Rocha, pontuou que a Expoind foi idealizada a partir da Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação (Ffatia). Agora, a feira foi aprimorada para englobar os demais segmentos industriais do estado.

“Estamos aqui não só incentivando a modernidade, mas também discutindo a tecnologia, a internet das coisas, machine learning. Além disso, discutimos como nós podemos utilizar a inteligência artificial no dia a dia das empresas, tratando da educação e capacitação dos nossos funcionários e colaboradores, e discutindo também quais as melhores práticas de governança, de sustentabilidade econômica, social e ambiental, e também a eficiência energética e a transição energética”, resumiu André.

O presidente em exercício da Fieg salientou ainda o relevante papel do Sebrae na capacitação dos micro e pequenos empresários e a importância da parceria para a realização do evento. “Não se enganem: micro e pequenos empresários exportam, e muito. Têm o papel relevante na nossa produção, não só goiana, mas brasileira e mundial”, destacou.

André prosseguiu e pontuou o trabalho realizado pelo Sebrae ao contribuir para que os micro e pequenos empresários sejam mais produtivos, sejam eles produtores rurais, empresários do comércio ou da indústria. “Essa é uma parceria muito boa”, disse.

Percepção e expectativa

O diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, ressaltou que o apoio à Expoind impulsiona os pequenos negócios em Goiás. “É uma grande importância que nós enxergamos, a primeira Exponid acontecendo em Goiânia, esse brilhante evento realizado pela Fieg, Senai, Sesi e o Sebrae”, afirmou.

Para Antônio Carlos, essa é uma oportunidade de estar junto ao público que é atendido pela instituição. “As micro e pequenas empresas são muito especiais no segmento industrial. Nós acreditamos que, com todo nosso portfólio de soluções e essa conexão, que é construída junto com a Fieg, vai fortalecer cada vez mais nossa indústria goiana”, disse.

Ao tratar da inovação e competitividade, o diretor superintendente afirma que “Goiás hoje já é uma grande referência no processo de inovação”. Segundo Antônio Carlos, isso pode ser identificado também no “desenvolvimento de tecnologia, em todo o trabalho que se tem construído, principalmente nessa temáticas, em especial de inteligência artificial, da internet das coisas, e de todo esse parque industrial instalado no nosso estado, que desenvolve, que fomenta e se fortalece cada vez mais, sendo referência nacional”, sublinhou.

Antônio Carlos é convicto de que o Sebrae, junto com parceiros como a Fieg e Senai em programas como o Brasil mais Produtivo, que demonstra essa aproximação com o setor industrial, pode ser um importante suporte aos empreendedores. “A gente tem essa grande oportunidade de promover o desenvolvimento de tecnologias, de levar a inovação para dentro do parque industrial e de colocarmos, cada vez mais, os produtos goianos, no cenário nacional e internacional”, complementou.

Em sua fala, Feliciano Ramos, da QG Business, organizadora da Expoind, ressaltou a expectativa positiva quanto ao evento. “Fizemos a maior feira do ano. Bonita e representativa, vai gerar negócios”, afirmou, ao salientar a importante contribuição da executiva de Mercado da Fieg, Pollyanna Guimarães, para a realização do evento.

Por sua vez, Willian O’Dwyer, presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior da Fieg, destacou que a feira “representa uma oportunidade ímpar de negócios e de conhecimento com time de palestrantes”. Já o superintendente Executivo da Caixa, Daniel Bonavita, explicou como a instituição apoia a indústria ao pagar os benefícios, a exemplo do pagamento do auxílio emergencial, além de financiar estudantes de nível superior. “Isso representa fomento à indústria”, garantiu.

A superintendente de Inovação da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Sara do Socorro Silva, representando o governador Ronaldo Caiado, ressaltou a importância das parcerias e da união de forças para proporcionar avanços importantes para o estado, bem como iniciativas como o Hub Goiás, uma unidade que desenvolve ações voltadas à inovação e tecnologia na região.

Inteligência Artificial

Em sua palestra, Martha assinalou como a inteligência artificial (IA) tem influenciado as mudanças na indústria. Antes disso, ressaltou a necessidade de se entender o que é a IA. “Acho que é um dos assuntos mais falados e um dos menos entendidos hoje”, disse.

Segundo Martha, só é possível usar um instrumento ao saber como ele funciona. Ela abordou ainda as aplicações mais específicas para a indústria e para o comércio exterior. “No caso do comércio exterior, tem um monte de trâmite e de documentos, que é diferenciado entre países, e a IA pode ajudar bastante”, exemplificou.

Martha apontou como vantagem para a indústria a análise preditiva que pode ser feita pela IA para melhorar a vida útil dos equipamentos, além de aumentar a segurança nas fábricas. Ela mencionou ainda a possibilidade de junção da IA com a robótica, que são duas áreas distintas. “Quando juntamos as duas, a gente entra em um patamar de ranqueamento do mundo, o que é espetacular. A IA amplia nossa inteligência e a robótica amplia nosso corpo”, assinalou.

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