Agência Sebrae de Notícias

O Programa Agente Local de Inovação (ALI) Produtividade reuniu, na noite desta terça-feira (17/12), empresas participantes e agentes responsáveis pelo atendimento. O evento marca a jornada de seis meses em apoio às empresas e apresenta os resultados do programa. As inscrições para o 1º ciclo de 2025, que vai de janeiro a julho, já estão abertas e podem ser realizadas no link.

Rhaiane Martinelli, gestora do programa e analista da Regional Central, avaliou os resultados de 2024 como um ano de alta produtividade e aumento de faturamento para empresas e resultados positivos para os agentes participantes. “Nós estamos encerrando não só o ano de 2024, mas um ciclo de atendimentos com esses ALI, que é um ciclo de dois anos e meio desses agentes”, assinalou.

Ao longo da jornada de dois anos e meio, foram atendidas 2.225 empresas. “Tivemos um aumento de 20% na produtividade e 12% no faturamento dessas empresas que participaram do programa”, salientou Rhaiane. Neste último ciclo, que é o 5º, que teve início em julho, foram 454 empresas participantes. “Dentre elas, as principais necessidades que foram atendidas pelos ALI foram na área de marketing-vendas e gestão empresarial”, ressaltou.

Painel com empresários

Durante o painel com participantes do ciclo, Nilo Sander, da Smarthub Green Coworking e Lumne Bistrô, e Bruno Araújo, empresário da área de Turismo, com a Visto de Viajante, compartilharam sua vivência junto com os ALI em suas empresas.

Nilo, que comanda o coworking e o bistrô, com a chef Michelly Sander, que é sua irmã, não esperou muito para buscar auxílio e alavancar os negócios. “Com nove meses de mercado, logo no início nós tivemos um acompanhamento. Conseguimos alinhar para que as atividades fossem planejadas e executadas de uma forma mais condizente para que haja um desenvolvimento sustentável do processo”, assinalou. Para o empresário o auxílio foi fundamental para que cometesse menos erros e conseguissem evoluir de forma mais rápida.

Bruno avaliou que o acompanhamento foi essencial para desenvolvimento das habilidades de seu negócio, principalmente na área de marketing. “Era uma área que a gente estava patinando, estava tentando implantar, estava tentando organizar como que ia funcionar”, disse. O empresário ressaltou ainda a importância do acompanhamento do ALI em relação aos processos de marketing, como a frequência e a elaboração das publicações. “O ALI nos ajudou a colocar isso de forma mais inovadora, mais eficiente e de fato implantar. Colocamos para funcionar”, destacou.

Para a ALI Maressa Almeida, a jornada foi de aprendizado e desafios. “Nós percebemos que as empresas têm os problemas a enfrentar e muitos se repetem. Levamos algumas soluções com todo o suporte do Sebrae para ajudar as empresas a melhorarem a produtividade, a inovar, pensar diferente em novas formas de fazer o que eles já estão fazendo, só que com mais clareza e resultados melhores”, salientou.

Um dos desafios para Maressa é o agendamento. “Todos andam com as agendas bem cheias. Contudo, nosso trabalho é levar soluções que eles consigam aplicar de fato, porque se a gente colocar coisas muito difíceis eles acabam não conseguindo implementar e aí se perdem no meio do processo”, assinalou.

Para Maressa, o desafio é tornar a empresa mais produtiva, mais inovadora e deixar os empresários engajados, e preparados para desenvolver as ações e ter um resultado no final da jornada.

Vivência empresarial

Os consultores sêniores do programa Ludimila Ganzaroli Calaça de Lemos e Bill Wallace comemoram os resultados positivos do programa. Eles são unânimes em afirmar que a cada ciclo é uma experiência diferente, porque cada empresário tem suas vivências e realidades.

Segundo Ludimila, o ALI sempre chega no momento em que o empresário precisa de uma ajuda em determinada situação, seja em gestão, em processo, em marketing ou organizacional. “Além disso, a abordagem é para a empresa de forma integral em todas as áreas, ao trabalhar a gestão de pessoas, desde os funcionários, ao próprio empreendedor, dentro do perfil que dele”, detalha.

A consultora avaliou ainda que no período de realização do programa é quando os empresários percebem a importância de melhorar a produtividade e processos, além de reduzir custos e aumentar o faturamento. “Também conseguem reduzir os ‘gaps‘, que são aquelas dificuldades que eles não enxergavam, mas quando têm uma visão de fora que o agente traz, junto com o agente consultor sênior, eles começam a ter uma visão mais ampla, 360 graus”, destaca.

A consultora lembrou ainda que ações simples já fizeram a diferença. “Tem empresa que não fazia controle nem planilha, somente na cabeça. E, às vezes, uma simples planilha ou um sistema já fez toda a diferença, porque o empresário consegue enxergar números, tomar decisões com base em dados reais. É nesse ponto que conseguem ver a diferença proporcionada pelo programa”.

Bill salientou a importância do programa. “Muitas vezes seis meses é um prazo do último fôlego de vida de uma empresa”, afirmou. Neste momento, segundo o consultor, é quando ocorre o atendimento que pode transformar a realidade do empreendimento.

A consultoria funciona, segundo Bill, como um atendimento médico, em que a empresa passa por um diagnóstico. “É o momento em que a gente entende o que está acontecendo e pode definir o que será feito para auxiliar o empresário”, destacou.

Bill compartilhou uma experiência em que um dos sócios de uma empresa ficou doente e faleceu. Diante da situação, a consultoria chegou e conseguiu dar o suporte necessário para o empresário. “Com muita conversa, muito carinho e dedicação, nós conseguimos fazer com que o empresário não desistisse por causa da perda, e continuasse a jornada”, disse.

“Todos precisam de uma rede de apoio e o Sebrae é essa rede de apoio. Ele conseguiu permanecer e hoje está bem, continuando a jornada”, concluiu.

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