Ligação de Carmelito Pereira dos Santos com a arte vem do pai e do tio-avô, e seu trabalho reproduz animais com maestria
O escultor Carmelito Pereira dos Santos, 56, conseguiu se destacar no prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato logo em sua primeira participação, na 5ª edição, cujos vencedores foram anunciados oficialmente no último dia 17. O artesão, que começou a trabalhar com argila na década de 90, conta que foi por conta do Sebrae que seu trabalho ganhou abrangência. “Foi graças a uma matéria em uma revista do Sebrae que acabei ganhando visibilidade, e isso deu uma guinada na minha carreira. Depois que saí na capa dela participei da minha primeira feira do empreendedor e isso alavancou de vez o meu alcance”, relembra.
A ligação de Carmelito com a arte vem de muito longe. É ancestral. Veio do seu pai e do seu tio-avô. Eles o ensinaram a fazer os primeiros rabiscos em cadernos de desenhos. “Naquela época, no interior da Bahia, a arte não era muito valorizada, e nem tínhamos material para desenvolver tecnicamente, só que mesmo assim a gente fazia os nossos desenhos”, diz.
No final da década de 80, o desejo visceral pela arte impeliu Carmelito a fazer cursos de pintura por correspondência. Depois disso ele se mudou para Aparecida de Goiânia e em 1998 decidiu migrar para a escultura, mas não sem antes ter enfrentado muitos desafios e feito outras atividades na jornada.
Sobre as figuras bovinas, Carmelito também tem uma ligação antiga. Ele é ex-pecuarista e sempre gostou do campo. Sua especialidade é com raças bovinas, sejam elas leiteiras ou de corte. E, apesar deste caminho crescente, Carmelito considera que foi uma surpresa ter conquistado o TOP 100. “Eu sabia que seriam três etapas, mas não imaginava que eu iria até os selecionados para a final. Quando recebi a notícia foi maravilhoso”, afirma.
O trabalho do artista já faz tanto sucesso que sua produção está completamente comercializada até o final deste ano. Na pandemia ele resolveu criar um canal no YouTube, e já chegou a vender peças para Austrália. De acordo com ele, o público que mais assiste a seus vídeos é da Índia.
Processo de produção
As miniaturas feitas por Carmelito passam por várias etapas de produção. A primeira delas, que é a de criação em cima da argila, leva aproximadamente 24 horas. Depois, o artesão espera um número mínimo de peças para iniciar o processo da queima. “Precisamos fazer uma quantidade maior para compensar o fogo na queima. Geralmente, usamos 30 peças e são mais ou menos três dias nesse processo”, explica. Depois disso, vem a terceira etapa, que é a de restauração. É nessa hora que o artista faz os ajustes na obra, inserindo rabos, acabamento, cores, borrachas nas patas e pintura.
O artista explica que os preços das peças variam de acordo com os pedidos porque as encomendas podem ser personalizadas ou não. “Quando o cliente quer algo personalizado, ele manda uma foto do animal e eu faço uma cópia personalizada. Nesse caso, o valor pode variar de R$ 2,5 mil a vaca e R$ 2,9 mil o boi, que é maior e tem mais detalhes, como a musculatura, por exemplo. Já na versão que não é personalizada, a vaca custa R$ 1,5 mil, e o boi, R$ 1,9 mil em média”, finaliza.
SERVIÇO
Facebook: www.facebook.com/carmelito.miniaturasbovinas/
Fone: (62) 99179-9759
Informações para a imprensa
Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2236 / 2252 / 99456-2491
Em Goiânia: Aline Bouhid / Agência Entremeios Comunicação – (62) 98200-0404
Siga-nos em nossas redes sociais: Instagram, Facebook, Twitter, YouTube e LinkedIn