Agência Sebrae de Notícias

Certificados relativos ao Plano de Desenvolvimento de Fornecedores foram entregues durante encontro de negócios realizado em Mara Rosa

Vinte e quatro empresas participaram neste ano do Plano de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) dos municípios de Mara Rosa e Amaralina, na Região Norte do estado, com apoio do Sebrae Goiás, que é parceiro do projeto. A entrega dos certificados de conclusão do curso de qualificação aos representantes das instituições da iniciativa privada aconteceu no Galpão de Eventos do Sindicato Rural de Mara Rosa no último dia 23.

O objetivo da certificação é qualificar as empresas da região, tornando-as aptas a prestarem serviços ou fornecer produtos para os grandes empreendimentos que estão instalados ou que estão se instalando no Norte Goiano, como, por exemplo, as grandes mineradoras.

O PDF é uma metodologia desenvolvida na prática, testada e avaliada em ambientes de negócios diversos e de comprovada contribuição no sentido de alavancar o desenvolvimento de negócios e de empresários investidores.

O Plano de Desenvolvimento de Fornecedores foi implementado em Mara Rosa e Amaralina entre os meses de agosto e outubro de 2020, tendo sido realizados diagnósticos e avaliações das empresas locais.

O trabalho de implantação do programa foi coordenado pela Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Mara Rosa (Aciamar) e contou com o apoio da mineradora peruana Hochschild Mining para a contratação de uma empresa de consultoria para assessorar nesse processo.

Em novembro de 2020, por meio da assinatura do Termo de Cooperação Técnica do PDF de Mara Rosa e Amaralina, foi formado o Comitê Gestor e sua estrutura de governança e pactuado um plano de trabalho para 2021, envolvendo lideranças de organizações públicas e privadas para o desenvolvimento local. O primeiro ciclo do PDF de Mara Rosa e Amaralina, realizado no ano passado, foi direcionado à estruturação da Associação Comercial de Mara Rosa e ao desenvolvimento de ações de capacitação e certificação, promoção e divulgação e assessoria aos negócios.

Já neste ano o segundo ciclo do PDF teve como foco o desenvolvimento dos negócios, quando foram realizadas ao longo desse período diversas atividades destinadas ao alcance dos resultados.

O eletricista e climatizador Gilbson José Bueno foi um dos empreendedores que participaram do processo. Ele relatou que antes trabalhava praticamente sozinho e atualmente a empresa já conta com oito funcionários devidamente contratados. Gilbson afirmou que a participação no projeto proporcionou um grande salto para quem antes estava limitado apenas à execução da mão de obra.

“Foi a partir da nossa inserção no PDF que aprendemos a administrar da forma correta a nossa empresa. Eu venho da área operacional e essa parte burocrática relacionada à gestão do negócio pesa muito para a gente. Foi uma experiência muito desafiadora, muito difícil, mas quando nós percebemos que este era o caminho e entendemos o que este projeto estava nos oferecendo de benefícios, aí as coisas começaram a ficar mais fáceis. Nossa empresa vai completar três anos de atuação no mercado, e no princípio não fazíamos nenhum tipo de gestão, seja de RH ou financeira, e sequer sabia fazer uma proposta técnica. As instalações eram precárias também, e a partir desse projeto foi possível desenvolver a área social, a parte operacional, o marketing da empresa, e implantamos a gestão do negócio e abrimos o leque para o setor comercial. O Sebrae foi uma ferramenta importantíssima nesse processo, pois nos ajudou, através das palestras e cursos, na elaboração de estratégias, conciliando o operacional e a gestão em busca dos resultados”, destacou.

Aprendizado para fazer mais negócios

As empresas receberam orientações relacionadas, por exemplo ao setor financeiro, segurança, gestão de recursos humanos, responsabilidade social, formação de preço, além de outros temas. O gerente administrativo da mineradora Hochschild Mining, Eugênio Tadeu Costa, disse que o processo de avaliação dessas empresas será constante. “Retroceder destes requisitos é perder a chance de fazer negócios com a Hochschild, pois somente as empresas que mantiverem o nível de qualificação vão ser mantidas no nosso cadastro” alertou.

Rubya Karla Araújo, que é gerente regional do Sebrae Goiás, lembrou que a contratação das empresas locais a partir da certificação possibilita o fortalecimento desses mesmos empreendimentos e consequentemente o crescimento da economia da própria região.

“Quando uma empresa grande dessas contrata no município, ela gera renda, e o dinheiro fica aqui. Mas é claro que eles não contratam se o empresário não estiver com o seu negócio muito bem estruturado, apresentando documentação necessária e sendo capaz de cumprir os requisitos, como os relacionados à qualidade e prazos, por exemplo. E é nessa hora que o Sebrae entra, capacitando esses fornecedores das micro e pequenas empresa para que eles estejam aptos a atenderem a essas demandas. Nesse período nós realizamos sete capacitações que alcançaram mais de cem gestores de empresas, fizemos diagnósticos em mais de 200 empresas”, pontou Rubya Karla.

Nilcilene Alves Barreto é dona de uma ótica em Mara Rosa e também está otimista com a oportunidade que o mercado local está oferecendo à sua empresa. “Esse trabalho foi muito importante para a nossa empresa porque crescemos muito, tanto em razão do apoio ofertado pelo Sebrae nessas capacitações quanto pela mineradora Hochschild por meio desse PDF. O desenvolvimento aconteceu por etapas, e a evolução que alcançamos é notória. Chegar neste momento na certificação está sendo muito importante para nós”, declarou.

A Hochschild Mining

O empreendimento foi adquirido no fim de 2021 pela Hochschild da antiga Amarillo Gold e será uma operação de mineração a céu aberto, com previsão de produção comercial em dois anos.

Com investimento total previsto em aproximadamente R$ 900 milhões, o projeto Mara Rosa levará desenvolvimento à região, com a geração de empregos, renda e fomento à economia local. Na fase de obras, a expectativa é para a criação de 1.350 empregos diretos e outros 810 na etapa seguinte, de operação.

Com uma vida útil estimada inicialmente em dez anos, e grande potencial de expansão, o empreendimento deve produzir 102 mil onças de ouro (1 onça = 28,349 kg) nos quatro primeiros anos de operação, e 80 mil nos anos subsequentes.

Informações para a imprensa

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2236; (62) 3250-2252ou (62) 99456-2491.

Na Regional Norte | Porangatu: Pedro Gomes / Agência Entremeios Comunicação – (62) 98205-6362 / Whatsapp (62) 98527-0246

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