A 3ª edição da pesquisa ‘Pulso dos Pequenos Negócios’, publicada pelo Sebrae em maio deste ano, revelou que o aumento dos custos é o principal entrave para o cresciment70% o dos pequenos negócios em Goiás. Pelos dados, 39% dos empreendedores apontaram a elevação dos insumos, combustíveis, aluguel e, principalmente, energia elétrica, como fatores que dificultam a gestão do negócio.
De fato, a energia pode representar até 20% dos custos operacionais de uma pequena empresa, aponta o Sebrae. Em sintonia com a questão, a instituição promoveu, em parceria com a EDP Brasil, o Fórum Conexão Energias Renováveis, com o objetivo de inserir as micro e pequenas empresas no mercado de energia limpa e sustentável. A EDP Goiás, proprietária da antiga Celg Transmissão, é líder mundial na produção de energias renováveis e já investiu R$ 100 milhões em três subestações em Goiás. Outros R$ 200 milhões estão previstos em linhas de transmissão até 2024, para facilitar a transição energética no estado.
A fonte vai secar
O consumo mundial de energia ainda advém de matrizes não renováveis (petróleo, gás natural e o carvão mineral), fontes que podem levar muitos anos para se regenerar, além dos danos ambientais que podem causar a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global.
Um estudo da FGV Energia (Matriz Energética Brasileira – BP Statistical Review 2020) mostra que, desde a década de 70, o Brasil vem investindo em energias renováveis, esforço que lhe rendeu uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta. “Enquanto o mundo tem, em média, 84% de energia primária gerada por fontes fósseis, o Brasil tem 43% do seu mix energético gerado por fontes renováveis”, aponta o estudo.
Por conta disso, fazer a transição da matriz energética para uma matriz renovável é um caminho sem retorno para a sobrevivência e sustentabilidade socioeconômica. “Além de necessária, a energia pode e deve ser encarada como uma oportunidade de redução de custos. A melhor gestão desse recurso é capaz de produzir efeitos expressivos nas planilhas de custos dos empreendedores”, esclarece a página de eficiência energética do Sebrae.
Energias renováveis
A eficiência energética, a geração distribuída e as energias renováveis, entre elas biogás, energia solar, energia eólica e biocombustíveis, são fatores de competitividade e ganho de mercado. O uso e produção de energias renováveis, que têm capacidade de reduzir custos e modernizar empresas, é importante fator de competitividade e, portanto, difundir essa informação é um dos papéis do Sebrae.
A instituição conta com uma série de estudos, pesquisas, cursos e consultorias específicas sobre o tema. É o exemplo do DataSebrae Biogás, uma ferramenta gratuita que reúne informações produzidas por entidades especializadas, incluindo painéis interativos com a localização de plantas de biogás, biblioteca digital com a legislação referente ao setor, ferramentas de análise de potencial, conversão de valor energético e simulação de negócios.
Por meio do programa Sebraetec, o Sebrae subsidia até 70% dos custos de consultorias para os pequenos negócios sobre a melhoria de processos, produtos e serviços que tenham como foco a inovação. Entre as fichas técnicas disponíveis há uma categoria específica para a eficiência energética, que engloba desde as normas técnicas à melhoria nos processos.
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Sebraetec | Eficiência Energética
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• Adequação à norma ABNT NBR ISO 50001 – Sistema de Gestão de Energia
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• Adequação para Etiquetagem em uso Eficiente de Energia em Edifícios (PROCEL Edifica) – Projeto ou Construção
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• Diagnóstico Energético de Motores Elétricos
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• Eficiência Energética em Fornos
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• Eficiência Energética para Processos Térmicos
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• Energia Solar Fotovoltaica
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• Melhoria da Eficiência Energética e fontes de energia alternativas
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Outra iniciativa é a cartilha ‘Energias Renováveis – Goiás’, que explica em detalhes quais são as fontes renováveis, as políticas públicas, a oferta e a demanda, as oportunidades e um estudo de caso que mostra se vale a pena investir na produção.
“Goiás está investindo em tecnologia para se tornar mais competitivo e vem concedendo incentivos fiscais, tributários e de financiamento. Também dá foco ao fortalecimento da cadeia produtiva integrada ou não, visando ao enfrentamento das mudanças climáticas e à promoção do desenvolvimento regional com sustentabilidade ambiental, social e econômica”.
‘Energia Renováveis – Goiás’
De acordo com a cartilha, o estado de Goiás apresenta o maior percentual de fontes de energia renovável (59%) em relação ao Brasil (43%) e ao mundo (14%). “No comparativo por fonte da matriz elétrica, merece destaque a supremacia de Goiás na geração hidráulica, chegando a 84%, contra 65% do Brasil e 16% do mundo. Destaca-se também a fonte biomassa em Goiás, com 12%, contra 8% no Brasil e 2% no mundo”.
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