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Incentivar espírito empreendedor, senso de liderança, trabalho em equipe, autonomia e capacidade para resolução de problemas é o que faz o programa Jovens Empreendedores Pequenos Passos (JEPP), desenvolvido pelo Sebrae Goiás em diversas escolas do estado. No último dia 11, alunos, pais e equipe pedagógica do Colégio BioClass, no Recanto das Minas Gerais, em Goiânia, deu um show de empreendedorismo durante a feira que marca o fim de um ano de estudos sobre a cultura empreendedora. Criatividade não faltou. Teve até empresa com nome La Casa de Pastel, onde alunos do 9º ano estavam vestidos com roupas alusivas à série “La Casa de Papel”.
Logo na entrada da escola, a turma montou um espaço instagramável, o que já deu uma ideia da criatividade da feira. Foram 12 empresas planejadas desde o início do ano, com logotipo, nome e divulgação: Locadora BioKids (brinquedos infláveis), Sacolé Chaves, Toy Story – Oficina de Brinquedos Ecológicos, Novas Ideias Grandes Negócios (cachorro quente e pastel), Fino Sabor (temperos naturais), Class Candy’s (doces e bolos), Seven Art (pinturas em tela), O Que Você Quer Ser Quando Crescer, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Essências Curumim (essências para casa), BioWorld (ações sociais) e Eco Pape Labio (produtos de papelaria feitos a partir de reciclados).
A coordenadora pedagógica Samantha Aparecida Machado Dutra conta que o JEPP é um sucesso na escola e tem motivado alunos e professores a vencerem desafios do dia a dia. “Não é só na questão pedagógica que a educação empreendedora enriquece o aprendizado, mas também na vida pessoal do aluno. Tenho dois filhos que estudam aqui e percebo o desenvolvimento deles”, explicou. Com esse resultado, o colégio decidiu transformar o JEPP em disciplina ministrada durante todo o ano. Samantha também destacou a integração com as famílias dos alunos. “Todos foram parceiros e acompanharam os projetos dos filhos e participaram ativamente desde o início, e hoje estão aqui para comemorar com a gente os resultados”, afirmou.
“A importância do JEPP é intangível”, disse a gestora estadual do programa no Sebrae em Goiás, Cleonice Maria da Silva. Ela explica que os alunos simulam e experimentam, a partir da educação empreendedora, aprendizados que vão ajudá-los a traçar o projeto de vida de cada um, seja em uma carreira pública ou privada ou caso decidam por empreender com o próprio negócio. “A intenção do programa é que essas crianças cresçam protagonistas da própria vida, que desenvolvam um futuro com significado para a sociedade, com valores como ética, trabalho em equipe e especialmente com comportamento empreendedor no sentido de ter iniciativa, planejar objetivos e metas e trabalhar a autoconfiança, valores que servirão para toda a vida”, ressalta.
Susana Alves Mesquita, Rayan Moreira e Lara Bueno da Silva são alunos do 8º ano e fazem parte da empresa BioWorld, que trabalha com ações sociais na comunidade. São doação de roupas, calçados, alimentos, produtos de limpeza e de higiene. Os alunos explicaram que parte das doações é conseguida em campanhas feitas por eles na própria escola, e a partir da venda de reciclados coletados (latinhas) durante eventos que atraem maior público para o colégio. “Com esse dinheiro compramos alimentos e montamos as cestas básicas para serem entregues para famílias em situação de vulnerabilidade”, conta Lara.
Trabalhar com ação social partiu da iniciativa dos alunos em ajudar quem precisa. A professora Daniele Ramalho Costa, que acompanhou a turma, disse que a escola, em conjunto com o JEPP, promove a formação de cidadãos mais ativos e conscientes. “Estamos trabalhando essas ações desde o primeiro dia de aula e isso despertou nesses jovens a importância que cada um tem o mundo, a solidariedade, a empatia, não só de se colocar no lugar do outro, mas de sentir o que o outro sente. Fico muito emocionada porque vejo um resultado muito positivo e tenho certeza de que vão levar esse aprendizado para a vida”, enfatizou.
Outra professora que estava impactada com o trabalho dos alunos era Eidiane dos Santos, que acompanhou os alunos do 2º ano B na empresa de temperos finos. “O trabalho está excelente e cada aluno está apto para falar sobre os temperos, quais os benefícios para a saúde e como utilizá-los”, disse. Eidiane lembrou que os produtos foram extraídos da natureza, com o apoio das famílias, e foram desenvolvidos embalagem, logotipo, validade, peso, e todo o processo foi feito manualmente e com informações multidisciplinares.
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