
O início do Projeto Panificadoras e Confeitarias do Sebrae Goiás reuniu na noite de terça-feira (11), em Goiânia, empresários do setor na sede da instituição. A gestora do projeto na capital, Camilla Carvalho, comandou o evento, com a apresentação de detalhes da edição 2025 aos presentes. O projeto gratuito, com duração de um ano, conta com a parceria do Sindipão, Sindibares, Abrasel, Instituto Senai e Fieg. A jornada será realizada por meio de capacitações, visitas técnicas e oficinas, presenciais e virtuais.
A gestora explicou que na primeira edição o projeto trabalhou com o varejo de alimentação com foco em restaurantes por quilo. “Tivemos ótimos resultados. Foram 25 empresas participantes que completaram o ciclo e obtiveram os resultados bem relevantes, conforme apresentamos no final do ano”, destacou.

Neste ano foi selecionado novo grupo de empresas do setor de alimentação, com foco em panificadoras e confeitarias. “O objetivo é, semelhante ao do ano passado, desenvolver esse grupo no que se refere à gestão, às boas práticas de manipulação de alimentos e à qualidade. O foco é sempre aumentar o faturamento”, ressaltou a gestora. Na programação de 2025, está prevista a realização de uma missão para a Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e Food Business (Fipan), considerada a maior feira do segmento na América Latina. “Além disso, fortalecemos a parceria com o Senai na área de alimentação, com o Programa Alimento Confiável”, assinalou Camila.

Por sua vez, o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado de Goiás (Sindipão), Silvio Moreira, assinalou que a expectativa pelos resultados do projeto é positiva. “Os temas abordados são desafios que nós, panificadores, enfrentamos. A precificação correta e o atendimento, além de várias outras demandas, são aspectos com os quais temos muita dificuldade no nosso segmento”, afirmou. Segundo Silvio, a expectativa é proporcionar uma entrega cada vez melhor aos clientes. “Assim, à medida que aperfeiçoamos o setor e os nossos serviços, o maior beneficiado é o cliente”, concluiu.
Para a confeiteira Lorena de Paula, o projeto chega em um momento decisivo, em que a meta é fazer seu negócio crescer. “Eu quero saber como produzir melhor, como agilizar minha produção. Sei que meu atendimento é bom, mas ainda tenho dificuldade na precificação. Entra dinheiro na minha conta, mas quando vou ver no fim do mês, falo entrou isso tudo e não tenho nada na minha conta”, destacou.
Outro desafio da empreendedora é a questão do espaço, já que trabalha no pequeno apartamento em que mora e o espaço para cozinhar é reduzido. Com a consultoria, ela busca meios de melhorar a capacidade de atendimento, assim como as condições de trabalho. “A produção é demorada, porque abro a massa em um espaço de 30 centímetros. Preciso melhorar essa condição”, afirmou.

Diretora Executiva do Sindicato de Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindibares) e da Seccional Goiás da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Juliana Barroso ressaltou o quanto o projeto vem ao encontro das necessidades dos participantes. “Nós tivemos a oportunidade de acompanhar a edição do ano passado. E eu falo que o Sebrae foi genial em entender que cada empresa, cada segmento é único e tem suas particularidades”, sublinhou.
Juliana reiterou ainda que o projeto consegue atender cada empresa em unicidade, por ter uma consultoria que visita os estabelecimentos. Com isso, segundo a diretora, é possível ver os resultados na ponta, ou seja, nos restaurantes por peso. “Agora, estamos na expectativa de fazer um trabalho junto com esse novo segmento, que é maravilhoso, em que tem doce envolvido”, afirmou.
A analista de Alimentos e Bebidas do Instituto Senai Amanda Araújo salientou que as parcerias dentro do Sistema S são aliadas na otimização e viabilidade para o empresário na concretização do sonho. “A parceria com o Senai vai proporcionar, além da questão das boas práticas de fabricação, além de uma verificação de melhoria de produtividade, treinamento com os colaboradores nessa parte de qualidade, processos e a diminuição de desperdícios”, destacou.
Para Amanda, esse conjunto de ações faz com que haja padronização dos produtos, dentro dos critérios da segurança de alimentos, o que garante a qualidade para o consumidor. “Isso faz com que ele se encante com o produto e retorne para comprar, tanto pelo valor sensorial, o sabor, quanto pela garantia da qualidade do alimento que ele está consumindo”, detalhou.

Desafios e aprendizado
Durante o evento, a gestora Camilla Carvalho conduziu um bate-papo com o empresário Gabriel Rebelo Neto, da Doce Paladar Confeitaria e Café e da Coxinha Express. Os participantes também compartilharam experiências e falaram sobre seus desafios.
Em sua participação, Gabriel compartilhou um pouco da história empresa, que atua há 30 anos no mercado, e da Coxinha Express. Além disso, falou sobre os desafios e aprendizados, e a respeito da contribuição do Sebrae para o crescimento das suas empresas. A primeira, com sete unidades, começou na garagem da casa da família, em Anápolis, e a última que tem 15 unidades. Hoje, com 230 funcionários, a meta é alcançar um faturamento de R$ 50 milhões. Gabriel destacou ainda que a orientação oferecida pelo Sebrae fez falta nos primeiros anos da empresa e que as consultorias tiveram início depois de cinco anos.

Dentre as dificuldades, Gabriel abordou a questão da mão de obra como um dos maiores desafios do setor. “Atualmente, é difícil manter a equipe modificada, principalmente diante de distrações como as redes sociais”, ressaltou. A jornada da empresa com as consultorias do Sebrae começou em 2000, com o primeiro curso voltado ao atendimento. “A partir daí foi uma parceria frequente e constante nesses anos”, informou.
Depois, os cursos foram mais longos, para atenderem aos gestores e gerentes e a prática passou a ser uma constante na empresa. Em 2013, foi o período de consultoria em que as áreas de recursos humanos, financeira, departamento pessoal e de produtos foram analisadas por consultores de São Paulo e Belo Horizonte. “Arrisco dizer que foi um divisor de águas. Em 2018, a gente preparou a empresa para a franquia, que foi suspensa. Nos últimos três anos fizemos Sebraetec para reformulação de layout, projeto de vigilância sanitária e consultoria na parte de alimentos”, complementou.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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