
Levantamento realizado pelo Sebrae Goiás para analisar o perfil das microempresas aponta para um crescimento de 183% no número de microempreendedores individuais (MEI) registrados no Estado nos últimos 10 anos. O aumento foi de 208 mil em 2015 para 589 mil em 2025. “O número de MEI ativos é de mais de 456 mil, o que demonstra a grandeza dessa modalidade empresarial, que desempenha um papel essencial não apenas no desenvolvimento econômico, como também no desenvolvimento social do estado e do país”, ressalta o gerente da Unidade de Gestão Estratégica (UGE), Francisco Lima Júnior.
Ser um MEI permite aos empreendedores a formalização de pequenos negócios, o que proporciona acesso a CNPJ, benefícios previdenciários, ao crédito e oportunidades no mercado formal, além de promover a inclusão produtiva e a redução da informalidade.
Segundo a pesquisa, as atividades econômicas que concentram os maiores contingentes de MEI são: cabeleireiros, manicure e pedicure (6%); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (6%); promoção de vendas (5%); obras de alvenaria (4%) e preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente (3%). Na divisão entre setores econômicos, a liderança é do setor de serviços (53%), seguido pelo comércio (27%), indústria (11%) e construção civil (9%).
O levantamento completo está disponível neste link.

Características e necessidades
Ao considerar a relevância e dimensão dessa categoria empresarial, o Sebrae Goiás realizou a pesquisa com microempreendedores individuais do Estado para entender melhor as suas características e identificar as principais necessidades.
Entre os entrevistados, 36% dos MEI são empreendedores iniciais (com até 2 anos de CNPJ) e 31% têm até 5 anos de atividade. A maior parte das atividades é realizada em estabelecimento fixo por 34% dos entrevistados e 20% na casa do empreendedor.
O principal motivo apontado para empreender foi o desejo e oportunidade de ser o dono do próprio negócio (40%), seguido pela busca por mais flexibilidade, autonomia e independência (37%). Entre as vantagens de ser MEI destacadas pelos entrevistados está o direito à aposentadoria (38%), a possibilidade de emissão de nota fiscal (27%) e melhores condições de compra junto a fornecedores (23%).
Já em relação às principais dificuldades enfrentadas, destaca-se a obtenção de recursos financeiros/crédito (47%), seguida da expansão do negócio (29%).
Quanto à melhoria no aprendizado com foco no desenvolvimento da empresa, 63% dos entrevistados afirmaram que buscam regularmente por capacitações, informações ou orientações. Entre as áreas que mais precisam de ajuda, foram consideradas: vendas e conquista de clientes (40%), acesso ao crédito (40%), marketing digital (36%), uso de redes sociais (35%), controle financeiro (34%) e planejamento e organização do negócio (32%).
O estudo apontou ainda que 78% dos microempreendedores individuais têm o pequeno negócio como principal ocupação e 74% o consideram principal fonte de renda, enquanto 60% têm faturamento médio mensal de até R$ 5 mil. Para 46% dos entrevistados, o negócio é sustentável, mas têm dificuldade ocasional para manter as contas em dia.

Tecnologia e IA
A pesquisa mostra também que a internet tem sido uma ferramenta amplamente utilizada pelos MEI: 56% a usam para atender clientes, 46% para divulgação, 28% para vendas on-line e 26% para buscar tendências e fornecedores. Os formatos de conteúdo considerados como mais atrativos são imagens (63%) e vídeos curtos (57%). As redes sociais mais utilizadas são o WhatsApp (89%) e o Instagram (59%) e entre as ferramentas digitais destacam-se WhatsApp Business (51%) e Instagram Business (21%). Ainda assim, diante desse cenário, mais da metade dos entrevistados ainda não utilizam marketplaces.
Os empresários apontaram no estudo que a principal dificuldade no uso de tecnologia é não saber como divulgar ou vender on-line (34%), seguida pelo custo elevado de manter ferramentas digitais (30%).
No que se refere ao uso de inteligência artificial, a aplicação da ferramenta ainda é incipiente, pois 76% não utilizam. Entre os que usam, as principais funções exploradas são: geração de textos (48%), conteúdo para redes sociais (44%), edição de imagens e vídeos (29%) e atendimento ao cliente (25%).
Francisco Lima Junior explica que a adoção da IA pelos MEI pode ajudá-los a melhorar a eficiência e a competitividade, além de contribuir para a sustentabilidade dos negócios a longo prazo, pois esta passou a ser uma tecnologia fundamental para qualquer empreendimento. “Diante desse cenário, no qual esta tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia e é baixo o quantitativo de MEI que a utilizam, o Sebrae quer promover a aproximação entre os MEI e uso das IA para automatização de tarefas repetitivas, análise de dados, atendimento ao cliente, desenvolvimento de produtos, entre várias tantas outras oportunidades”, considera o gerente da UGE.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
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