ASN GO
Compartilhe

Sebrae faz levantamento do perfil dos MEI em Goiás

Instituição realizou a pesquisa para entender melhor as características dos microempreendedores individuais
Por Izabela Carvalho, de Goiânia
ASN GO
Compartilhe
Levantamento trouxe quais as principais atividades econômicas, bem como questões de motivação par ser MEI, benefícios e dificuldades (Fotos Sebrae Goiás/Reprodução)

Levantamento realizado pelo Sebrae Goiás para analisar o perfil das microempresas aponta para um crescimento de 183% no número de microempreendedores individuais (MEI) registrados no Estado nos últimos 10 anos. O aumento foi de 208 mil em 2015 para 589 mil em 2025. “O número de MEI ativos é de mais de 456 mil, o que demonstra a grandeza dessa modalidade empresarial, que desempenha um papel essencial não apenas no desenvolvimento econômico, como também no desenvolvimento social do estado e do país”, ressalta o gerente da Unidade de Gestão Estratégica (UGE), Francisco Lima Júnior.

Ser um MEI permite aos empreendedores a formalização de pequenos negócios, o que proporciona acesso a CNPJ, benefícios previdenciários, ao crédito e oportunidades no mercado formal, além de promover a inclusão produtiva e a redução da informalidade.

Segundo a pesquisa, as atividades econômicas que concentram os maiores contingentes de MEI são: cabeleireiros, manicure e pedicure (6%); comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (6%); promoção de vendas (5%); obras de alvenaria (4%) e preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente (3%). Na divisão entre setores econômicos, a liderança é do setor de serviços (53%), seguido pelo comércio (27%), indústria (11%) e construção civil (9%).

O levantamento completo está disponível neste link.

Pesquisa mostrou aumento de 183% no número de MEI no estado

Características e necessidades

Ao considerar a relevância e dimensão dessa categoria empresarial, o Sebrae Goiás realizou a pesquisa com microempreendedores individuais do Estado para entender melhor as suas características e identificar as principais necessidades.

Entre os entrevistados, 36% dos MEI são empreendedores iniciais (com até 2 anos de CNPJ) e 31% têm até 5 anos de atividade. A maior parte das atividades é realizada em estabelecimento fixo por 34% dos entrevistados e 20% na casa do empreendedor.

O principal motivo apontado para empreender foi o desejo e oportunidade de ser o dono do próprio negócio (40%), seguido pela busca por mais flexibilidade, autonomia e independência (37%). Entre as vantagens de ser MEI destacadas pelos entrevistados está o direito à aposentadoria (38%), a possibilidade de emissão de nota fiscal (27%) e melhores condições de compra junto a fornecedores (23%).

Já em relação às principais dificuldades enfrentadas, destaca-se a obtenção de recursos financeiros/crédito (47%), seguida da expansão do negócio (29%).

Quanto à melhoria no aprendizado com foco no desenvolvimento da empresa, 63% dos entrevistados afirmaram que buscam regularmente por capacitações, informações ou orientações. Entre as áreas que mais precisam de ajuda, foram consideradas: vendas e conquista de clientes (40%), acesso ao crédito (40%), marketing digital (36%), uso de redes sociais (35%), controle financeiro (34%) e planejamento e organização do negócio (32%).

O estudo apontou ainda que 78% dos microempreendedores individuais têm o pequeno negócio como principal ocupação e 74% o consideram principal fonte de renda, enquanto 60% têm faturamento médio mensal de até R$ 5 mil. Para 46% dos entrevistados, o negócio é sustentável, mas têm dificuldade ocasional para manter as contas em dia.

Pesquisa do Sebrae apontou também o uso de tecnologias, como redes sociais e IA

Tecnologia e IA

A pesquisa mostra também que a internet tem sido uma ferramenta amplamente utilizada pelos MEI: 56% a usam para atender clientes, 46% para divulgação, 28% para vendas on-line e 26% para buscar tendências e fornecedores. Os formatos de conteúdo considerados como mais atrativos são imagens (63%) e vídeos curtos (57%). As redes sociais mais utilizadas são o WhatsApp (89%) e o Instagram (59%) e entre as ferramentas digitais destacam-se WhatsApp Business (51%) e Instagram Business (21%). Ainda assim, diante desse cenário, mais da metade dos entrevistados ainda não utilizam marketplaces.

Os empresários apontaram no estudo que a principal dificuldade no uso de tecnologia é não saber como divulgar ou vender on-line (34%), seguida pelo custo elevado de manter ferramentas digitais (30%).

No que se refere ao uso de inteligência artificial, a aplicação da ferramenta ainda é incipiente, pois 76% não utilizam. Entre os que usam, as principais funções exploradas são: geração de textos (48%), conteúdo para redes sociais (44%), edição de imagens e vídeos (29%) e atendimento ao cliente (25%).

Francisco Lima Junior explica que a adoção da IA pelos MEI pode ajudá-los a melhorar a eficiência e a competitividade, além de contribuir para a sustentabilidade dos negócios a longo prazo, pois esta passou a ser uma tecnologia fundamental para qualquer empreendimento. “Diante desse cenário, no qual esta tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia e é baixo o quantitativo de MEI que a utilizam, o Sebrae quer promover a aproximação entre os MEI e uso das IA para automatização de tarefas repetitivas, análise de dados, atendimento ao cliente, desenvolvimento de produtos, entre várias tantas outras oportunidades”, considera o gerente da UGE.

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106

Na Regional Metropolitana | Aparecida de Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Izabela Carvalho – (62) 99830-2789

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

Siga-nos em nossas redes sociais: Instagram, Facebook, YouTube e LinkedIn

  • MEI
  • Mês do MEI
  • Perfil do MEI em Goiás