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Sonho moldado à mão: amigas de Rio Verde transformam hobby em negócio

Apoiadas pelo Sebrae, artesãs da comunidade menonita usam seu talento manual para construir, peça por peça, o ateliê de cerâmica para expandir negócio
Por Vivianne Oliveira, de Rio Verde
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Roseane Kramer Araujo e Elaine Hibner Barros empreendem no La Terré e contaram com o apoio do Sebrae (Fotos Edmar Wellington)

Elaine Hibner Barros e Roseane Kramer sempre tiveram nas mãos o dom de criar. O que começou como um passatempo para decorar suas casas e presentear amigos se transformou em um empreendimento cheio de propósito: o La Terré, marca que une artesanato em madeira, macramê (técnica de tecelagem manual), velas aromáticas e sabonetes naturais — tudo com o objetivo maior de realizar o sonho de abrir um ateliê de cerâmica. Mas para melhorar o negócio e planejar, as empreendedoras contaram com apoio do Sebrae.

A paixão pelo que é feito à mão sempre acompanhou as duas. Elaine cresceu moldando barro na zona rural e sempre sonhou com panelinhas de cerâmica ao sol. Roseane, por sua vez, aos poucos transformou o gosto por decoração em uma forma de expressão e trabalho. O excesso de peças em casa virou sinal de que era hora de ir além.

“Minhas amigas pediam pra eu decorar a casa delas. Um dia eu estava falando com a Roseane que queria muito abrir uma lojinha e ela disse que também tinha esse sonho. Então decidimos unir os talentos”, conta Elaine. Assim nasceu o La Terré — uma marca que carrega no nome a terra e na alma o desejo de moldá-la em arte.

Sebrae e Tecnoshow

Mas o caminho até o ateliê exige planejamento. “Um forno de cerâmica custa em torno de R$ 11 mil. Precisávamos de uma forma de juntar esse dinheiro”, explica Roseane. Foi então que decidiram começar com o que já dominavam. Elaine produz velas atóxicas feitas com cera vegetal, sem petróleo ou parabenos, e sabonetes 100% naturais à base de sebo bovino, óleo de coco e pigmentos como argila e carvão ativado, enquanto sua sócia Roseane se dedica ao macramê e às cestas artesanais.

A decisão de buscar orientação profissional foi crucial. “Fui atrás do Sebrae porque sabia que eles poderiam me ajudar”, diz Elaine. Por meio das consultorias e participação de palestras da instituição, as empreendedoras aprenderam sobre precificação, divulgação e acesso a feiras. “Eles nos deram a visibilidade que precisávamos. Não adianta começar algo do zero sem apoio”, reforça Roseane.

As empreendedoras trabalham com artesanato de madeira, macramê, velas aromáticas e sabonetes naturais

A participação das empresárias com a exposição das suas peças no estande do Sebrae e Senar Goiás durante a Tecnoshow 2025, realizada entre os dias 7 e 11 de abril, em Rio Verde, foi um divisor de águas para o negócio. Além das vendas no evento, o crescimento do perfil no Instagram tem aproximado novos clientes e aberto portas para futuras parcerias. “Foi uma oportunidade de ouro expor nossas peças na Tecnoshow”, completa Roseane.

A meta agora é clara: agregar a cerâmica ao portfólio, com a criação de recipientes personalizados para velas e bases para sabonetes artesanais. “Queremos unir tudo, sem abandonar o que já fazemos”, planeja Elaine.

Empreender na comunidade: inspiração para outras mulheres

Como muitas mulheres da Colônia dos Americanos, região rural entre Rio Verde e Montividiu, Elaine e Roseane encontraram no artesanato uma forma de transformar o tempo livre em renda. “Lá, as mulheres são donas de casa, mas gostam de criar, decorar e cultivar plantas. Por que não transformar isso em negócio?”, reflete Roseane.

A comunidade menonita em Rio Verde é formada, em sua maioria, por descendentes de imigrantes vindos do Canadá e dos Estados Unidos, que se estabeleceram na região a partir da década de 1960. Preservando costumes tradicionais, valores cristãos e um estilo de vida mais reservado, os menonitas mantêm uma forte ligação com a terra e com o trabalho manual. Muitos se dedicam à agricultura, pecuária e marcenaria, mas também é comum encontrá-los envolvidos com atividades artesanais e comerciais. A simplicidade das vestimentas e o senso de comunidade são marcas culturais presentes até hoje nos núcleos familiares.

Com a parceria contínua do Sebrae, o La Terré é prova de que talento e dedicação, aliados à orientação certa, podem pavimentar o caminho para realizar até os sonhos mais antigos. E o próximo capítulo dessa história promete ser moldado com as próprias mãos — no barro que um dia foi apenas brincadeira de criança.

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106

Na Regional Sudoeste | Rio Verde: Vivianne Oliveira / Agência Entremeios Comunicação – (62) 98174-9881

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

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