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A tradicional padaria foi uma das atividades que mais se adaptou às transformações do comércio. Por volta da década de 1980, as padarias atendiam exclusivamente ao comércio de vizinhança e concentravam suas vendas no período matutino, ancoradas pela dupla ‘pão e leite’. Atualmente, elas estenderam o horário de pico para os períodos vespertino e noturno, agregaram novos produtos não perecíveis, mudaram o ponto comercial para avenidas com fluxo de trânsito no sentido centro-bairro e, com isso, ampliaram a abrangência geográfica da clientela.
Em Goiânia, capital de Goiás, o upgrade da velha padaria no requintado empório tem aquecido os negócios. Tanto que a cidade figura em 10º lugar no ranking nacional do número de empresas do segmento em atividade.
De acordo com levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal do Brasil (RFB), são 2.490 padarias abertas, o que dá uma média de um estabelecimento para cada 577 goianienses (IBGE/2022: 1.437.237 habitantes).
Somente no primeiro semestre de 2023, foram 265 novas padarias que saíram do forno em Goiânia. Todas, de pequeno porte (225 microempreendedores individuais/MEI: faturamento anual até R$ 81 mil; 35 microempresas/ME: faturamento anual até R$ 360 mil; 5 empresas de pequeno porte/EPP: faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões).
Considerando o estado de Goiás, foram 1.022 padarias abertas este ano, todas, também, de micro e pequeno portes. No Brasil, foram abertas 27.826 novas empresas do setor de panificação de janeiro a julho, 99,8% MEI, ME e EPP.
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