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Cresce procura por roupas infantis na Região da 44

Designer explica que crianças de hoje consomem mais moda e tem mais autonomia na escolha do que irá vestir
Por AER44, de Goiânia
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Na semana do Dia das Crianças (12), lojistas de moda infantil na Região da 44, em Goiânia, esperam um bom movimento nas compras de varejo e atacarejo. De acordo com o presidente Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44), Lauro Naves, este é um segmento que vem ganhando força nos últimos anos. “É um tipo de moda cuja presença no nosso polo tem crescido muito, tanto que hoje temos aqui na 44 algumas galerias especializadas em moda infantil e infanto-juvenil”, afirma o líder empresarial, que estima que o polo confeccionista movimente ao menos R$ 250 milhões nas duas semanas que antecedem o 12 de outubro, que é a quinta melhor data em vendas para a Região da 44.

Crescimento e diversificação do segmento da moda infantil se devem a um novo perfil de crianças

Atuando com moda infantil há cinco anos, a lojista Damiana Lopes, dona da loja Pituka Kids, diz que o aumento em suas vendas de atacado já vinha ocorrendo desde há duas semanas e que para esta a expectativa é de um aumento de ao menos 10% na sua movimentação de varejo. “Trabalhamos com segmento de moda infantil bem específico, que é voltado para o público evangélico. Nossas peças são para crianças de oito a 14 anos”, explica a empresária, que antes trabalhava com moda adulta e com o estilo “Moda mãe e filha”.

Para a designer de moda e influencer oficial da Região da 44, Sabrina Alves, esse crescimento e diversificação do segmento da moda infantil se devem justamente a um novo perfil de crianças, que hoje estão muito mais conectadas e consumem muita moda. “Você tem, por exemplo, influencers famosas como a Virgínia Fonseca ou a Thássia Naves, que viraram mães, e que automaticamente influenciam outras mulheres que são mães e que as seguem. Mas você tem as próprias crianças, que hoje tão muito conectadas a plataformas como o YouTube ou Tiktok, onde elas têm esse contato com influenciadores voltados para crianças e também com os personagens que gostam”, explica Sabrina.

Autonomia

Crianças não abrem mão de duas coisas importantes no look: conforto e liberdade

A designer de moda pontua que hoje as crianças têm muito mais liberdade e participação nas escolhas de seus looks. Para a influenciadora, com a devida supervisão dos pais, isso acaba sendo bem positivo, pois dá aos pequenos certa autonomia e pode também ser uma ótima oportunidade de interação entre pais e filhos. “Isso é bom porque ajuda a criança até na sua autonomia e capacidade de decisão, e os pais perceberam isso. A criança se sente importante escolhendo a própria roupa, participando desse processo de compra, e ao mesmo tempo é um bom momento de interação com o pai, com a mãe, e uma oportunidade de eles entenderem o estilo próprio dos filhos”, argumenta a influenciadora da Região da 44.

O lojista Wallis Henrique, que há sete anos atua com moda infantil, mais especificamente com vestidos de festa para meninas, confirma que hoje em dia as crianças têm muito mais poder de escolha sobre o que irão vestir. “Acontece que hoje elas sabem muito mais sobre roupas e sobre moda. E como conhecem seus personagens favoritos muito bem, elas na maioria das vezes chegam na loja sabendo o que querem. E mesmo quando os pais têm uma peça em mente, como um vestido para uma ocasião especial, a criança dá sim seus pitacos”, explica o lojista, que é especializado na venda de vestidos infantis femininos voltados para vários tipos de ocasiões, como batizados, casamentos, aniversários, festas juninas e também peças temáticas de personagens famosos.

Estilos temáticos estão entre os mais procurados

Mas seja qual for estilho da criança, a designer de moda Sabrina Alves reconhece que as crianças de hoje em dia não abrem mão de duas coisas importantes no look: conforto e liberdade. “A roupa tem que estar bonita sim, dentro do estilho da criança, mas não pode atrapalhar a brincadeira, isso é fundamental. E hoje a moda infantil é bem livre de alguns padrões que antes eram muitos rígidos, quando se escolhia uma vestimenta para a criança. Então você tem peças que podem ser usadas tanto por meninos quanto por meninas, que são peças sem gênero. Hoje tons em rosa podem ser para meninos e em azul para as meninas. Percebo também que a meninada hoje curte muito as cores vibrantes, mas não abrem mão do conforto. Então a dica é optar pelos leves, como em algodão, que trazem frescor e liberdade para a criança”, complementa.

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