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Informalidade é principal causa da falta de trabalhadores na construção civil em Goiás

Estudo do IEL e do Sebrae constata escassez de mão de obra no segmento
Por Redação, de Goiânia*
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Escassez de mão de obra é um dos gargalos para avanço da construção civil (Foto Fieg / Divulgação)

Falta mão de obra na construção civil em Goiás, um dos mais promissores setores da economia regional. A concentração de trabalhadores na informalidade é a principal causa. A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Sebrae Goiás convidam a imprensa para uma coletiva que vai tratar dos resultados de pesquisa sobre escassez de profissionais qualificados na construção civil no estado. A entrevista será realizada no dia 1º de março (quarta-feira), às 11h, no Observatório Fieg Iris Rezende, no 2º andar do Ed. Pedro Alves de Oliveira, no Setor Leste Vila Nova.

O Conselho Temático de Relações do Trabalho (CTRT) da Fieg, em conjunto com o Sebrae Goiás e o IEL Goiás, e com apoio do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon) e do Senai, elaboraram pesquisa sobre a escassez de mão de obra na construção civil. Por meio do Observatório Fieg Iris Rezende, o IEL avaliou o desempenho das atividades do setor e os gargalos a serem corrigidos a fim de encontrar subsídios para enfrentar seus inúmeros desafios.

Entre 2011 e 2020, o setor da construção em Goiás registrou queda no número de empresas (9%) e emprego (33%). No entanto, a partir de 2019, observa-se uma recuperação do saldo de empregos, mas ainda insuficiente diante da perda de mais de 20 mil postos de trabalho ao longo do período.

Somando-se a esse fato, há o cenário de aquecimento do mercado, que provocou um aumento considerável no número de registro de obras nos últimos anos (2019-2022) – total de 1.787 registros, três vezes maior que o período de 2011 a 2018 (522).

Questionadas a esse respeito, empresas e profissionais do setor apontaram como principais fatores geradores da escassez de mão de obra o baixo número de novos entrantes no mercado de trabalho, a migração para a informalidade, a ampliação dos registros de MEI (microempreendedor individual) – que segundo a Receita Federal teve crescimento médio anual de 35% entre 2011 e 2021 (dados levantados somente com os CNAEs que atendem diretamente ao setor) –, além de falta de interesse diante do estigma de trabalho pesado na construção. Entre os trabalhadores que participaram da pesquisa, 87% disseram ser melhor trabalhar na informalidade – para 13%, o trabalho registrado é melhor.

Em relação à opinião dos trabalhadores formais e informais, foi identificado que um dos problemas está relacionado a baixos salários, o que os desmotivam na busca por trabalho registrado, bem como a falta de mecanização nas obras, levando muitos trabalhadores a reclamarem do trabalho pesado nos canteiros de obra.

SERVIÇO

Coletiva de imprensa – Pesquisa de escassez de mão de obra na construção civil em Goiás

Dia: 01/03

Horário: 11h

Local: Observatório Fieg Iris Rezende – Ed. Pedro Alves de Oliveira, 2º andar – Rua 200, nº 1.121, Setor Leste Vila Nova – Goiânia-GO

*Com Assessoria da Fieg/IEL

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