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Marmitas: mais de 9,6 mil pequenos negócios abertos nos últimos quatro anos em Goiás

Números são baseados em dados da Receita Federal de 2019 a 2022
Por Redação, de Goiânia*
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Pesquisa analisa abertura de pequenos negócios no ramo de marmitas (Freepik)

O mercado de fornecimento de marmitas segue atraindo a atenção de interessados em ter um negócio próprio e caiu no gosto dos goianos. Isso é o que apontam os dados da Receita Federal. Entre 2019 a 2022, foram abertos mais de 9,6 mil pequenos negócios no ramo, somente em Goiás. A maioria deles são microempreendedores individuais (MEIs).

Os números apontam ainda uma alta relevante da comercialização de 2019 em comparação aos demais anos, já que passou de 1.610 marmitas vendidas para 2.838 no ano consecutivo. Ainda durante a pandemia, no ano de 2021, os dados mostram o maior número de pequenos negócios no ramo, registrados durante o período analisado: foram 2.955 unidades no território goiano. Em 2022, os números apontam uma pequena queda para 2.198. Mesmo assim, o mercado se mostra atrativo e que se mantém em alta tanto a nível estadual, como nacional.

Brasil

No Brasil, somente no ano passado, foram abertos quase 80 mil pequenos negócios no ramo, sendo a maioria deles microempreendedores individuais (MEIs). Apesar de apresentar uma queda em relação a 2021, que contabilizou 112 mil novos registros, o número de atividades de fornecimento de marmitas ainda é superior ao registrado em 2019, no período pré-pandemia.

O analista de Competitividade do Sebrae Nacional, Luiz Rebelatto, considera que a pandemia de Covid-19 teve grande influência no crescimento da atividade, seja pelas mudanças no comportamento do consumidor, que recorreu ao delivery de comida, ou pelo movimento do empreendedor na pandemia.

“A elaboração de marmitas, que é considerada relativamente menos complexa e com a possibilidade de entrega na vizinhança, passou a ser vista como uma alternativa de renda ou complemento da atividade profissional diante da crise”, explica.

Segundo ele, o rápido crescimento na pandemia agora segue para uma reacomodação do mercado, tendo em vista também que o lockdown não ocorreu de forma homogênea no país.

“Não é todo mundo que vai permanecer no mercado. Uns começam e desistem, outras tentam e não conseguem. Então, esse movimento dos números é resultado do próprio comportamento da pandemia, com alguns atrasos a depender da localidade”, acrescenta.

Rebelatto avalia que o movimento do mercado das marmitas também sofreu com o impacto da inflação sobre o preço dos alimentos e do cenário internacional desfavorável devido à invasão da Ucrânia. “Esse elemento inflação teve uma participação especial sobre os alimentos. Não foi apenas um reflexo da pandemia, mas somou-se a isso, no ano passado, a guerra na Ucrânia, que é um grande produtor de alimentos e de fertilizantes utilizados na agricultura, o que acabou impactando o setor.”

Oportunidade

Mesmo com a forte concorrência, o fornecimento de marmitas não oferece muitas barreiras de entrada no mercado para novos empreendedores. Considerando o aumento da atividade de fornecimentos de marmitas, Rebelatto destaca que é importante observar os diferentes nichos de mercado. “As marmitas fit ou com alimentos mais saudáveis, por exemplo, tiveram forte demanda nos últimos anos. Nesse grande grupo marmitas, existem aquelas com custo menor, cujo objetivo é ser mais popular, mas também existem outras que são produzidas com alimentos diferenciados, como orgânicos ou veganos”, frisa.

Para quem está interessado em aproveitar a oportunidade de negócio ou já está trabalhando no segmento de marmitas, o especialista do Sebrae Nacional preparou algumas dicas. Segundo ele, antes de qualquer coisa, o empreendedor deve dar uma atenção especial à gestão financeira. “Tenha tudo na ponta do lápis para que o seu empreendimento seja realmente viável”, recomenda. Confira mais orientações abaixo:

1. Invista em um ambiente adequado para a produção de marmitas

Entenda que produzir alimentos em casa para consumo próprio é bem diferente de produzi-los para venda. Existem cuidados que são considerados pré-condição para atuar no ramo da alimentação, que envolvem procedimentos adequados em relação à higiene, manipulação, conservação dos alimentos, entre outros. O Portal do Sebrae oferece cursos on-line gratuitos sobre boas práticas nos serviços de alimentação. Clique aqui para conhecer.

2. Estruture um modelo de negócio

Na elaboração do seu modelo de negócio, defina muito bem quem é o seu público, seu raio de atuação, entre outros fatores, pois tudo isso vai influenciar na definição das características do produto. Vender uma marmita em uma área comercial é diferente de vender uma marmita para uma família em casa. Do mesmo modo que é diferente oferecer uma marmita quente, pronta para o consumo, e uma marmita congelada. Além disso, é preciso avaliar se vai vender uma marmita mais popular de baixo custo ou uma mais elaborada com ingredientes selecionados.

3. Fique atento às tendências de consumo

Ao longo do desenvolvimento do negócio, esteja ligado nas tendências de consumo para aprimorar o empreendimento. Observe o movimento do mercado onde você atua para fazer ajustes, aprimoramentos ou diversificar o seu processo de produção. Utilizar uma embalagem mais sustentável com uma marca diferenciada também pode ser avaliado diante da exigência de um novo público consumidor, bem como pensar em simples inovações, como atuar em plataformas de delivery.

* Com ASN Nacional

Informações para a imprensa

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491

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