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Mercado da moda foi um dos destaques do ciclo de palestras do Sebrae na Ficomex

Tendências, dados do setor e soluções oferecidas pela instituição estiveram na pauta da feira, entre outros temas, como infraestrutura e serviços
Por Izabela Carvalho, de Goiânia
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Ciclo de palestras do Sebrae levou importantes temas aos palcos da Ficomex 2024 (Fotos Edmar Wellington)

Dentro da programação do segundo dia da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex 2024), em Goiânia, na quinta-feira (29), o Sebrae Goiás deu continuidade à sua agenda de workshops. Os temas levados pela instituição foram voltados às áreas de moda, infraestrutura e serviços.

Em um ciclo de palestras, a economista e gestora estadual de Moda do Sebrae Goiás, Thais Oliveira, discorreu sobre o tema “Atuação do Sebrae Goiás no Setor Têxtil”. Inicialmente, pontuou o motivo de uma economista atuar à frente do setor. “Quando falamos de moda, falamos de business e estratégias para o segmento”, disse. Ela prosseguiu com suas orientações acerca da importância de o empreendedor estar consciente das incertezas a que todos estamos suscetíveis e, a partir daí, a necessidade de se observarem cenários e tendências. Dessa forma, o empreendedor estará melhor preparado para enfrentar quaisquer circunstâncias.

Ao tratar do mercado externo, a gestora estadual tratou da importância de se analisar o perfil do mercado, com foco em questões como a preocupação crescente com sustentabilidade, impacto social, a exemplo do ESG, da sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e governança), o que inclui certificação que valida quanto ao trabalhado da empresa.

Thais ainda apontou para a importância de o empreendedor estar atento para o crescimento do comércio eletrônico, aliado com digitalização da cadeia de suprimentos. Além disso, que o empresário da moda precisa se atentar para a demanda crescente de produtos únicos, com personalização em massa. “Produtos para atender o momento do cliente e o que ele quer”, sublinhou.

Quanto tratou das tendências, Thais falou desde tecidos inteligentes, já disponíveis para os pequenos negócios, até sobre a interação entre moda e tecnologia. Ao falar sobre números, a gestora salientou que todos os elos da cadeia da moda geram 1,34 milhão de empregos, o que alcança 8 milhões de postos de trabalho, sendo que desse total 75% são mão de obra feminina.

Thais Oliveira, gestora estadual de Moda, falou sobre o mercado e oportunidades

Thais ainda salientou a importância do mercado da moda para o desenvolvimento do interior do estado. “Goiás tem registradas 49,4% de empresas do segmento da moda. É o sétimo maior produtor de vestuário, sendo que desse total 54% da produção fica no estado”, afirmou.

Ao tratar de exportação, a gestora chamou a atenção dos participantes para os números de produção e os fatores que influenciam na competitividade, e os desafios do setor quanto à gestão financeira, de compras e de pessoas, atenção especial ao marketing digital, digitalização dos negócios e ao fato de a mão de obra qualificada ser observada de forma atenta para que os resultados positivos sejam possíveis. “A valorização dos empregados é um ponto fundamental para que os empresários alcancem melhores resultados. O relacionamento com empregados, clientes e fornecedores precisa ser bom”, disse.

Thais também apresentou leque de projetos oferecidos pelo Sebrae na área da moda, a exemplo dos que ocorrem em seis territórios: Goiânia, Jaraguá, Pontalina, Taquaral, Aparecida de Goiânia e Quilombola. “Cada trabalho é desenvolvido em uma frente, adequado à realidade de cada empresário”, assinalou, ao pontuar o que a instituição oferece para que os empresários estejam cada vez mais bem preparados para atender mercado interno e se prepararem para o mercado internacional.

Outro ponto importante são ações como a Amarê Fashion, a Semana da Moda Goiana, realizado em agosto, com desfiles, tour de negócios, expositores de moda autoral e rodada de negócios, além de concurso de estilistas, lançamento do guia de IA para a moda e da plataforma Conecta Moda (sebraego.com.br/moda). O evento foi desenvolvido para melhorar a visibilidade da moda autoral produzida em Goiás, e Thais relembrou a parceria com a Embaixada de Gana para exportação de peças e disponibilização de tendências por meio do Inova Moda Digital. Ao assinalar as ações do Sebrae, a gestora enunciou ainda a Escola de Negócios, com mentoria. “Oferecemos a oportunidade da participação em missões empresariais, em que entramos com 50% dos custos logísticos e com visitas técnicas com acompanhamento”, disse. Além disso, ela lembrou de ferramentas disponíveis como acesso a mercado, consultoria em gestão, Sebraetec e certificação ABVtex.

A consultora de imagem e de marcas pessoais e empresariais Lu Moreira falou sobre moda e comércio exterior

A gestora foi precedida, em sua fala, pelo gerente de Desenvolvimento e Inteligência Competitiva da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Oliver Tan Oh, ao apresentar o tema “Mercado Internacional e Oportunidades de Negócios”. Lu Moreira, consultora de imagem e de marcas pessoais e empresariais também contribuiu com o ciclo de palestras, com o tema “Moda e Comércio Exterior: Estratégias para o Sucesso”. Por fim, Anna Prata apresentou sua experiência como caso de sucesso com o tema “Internacionalização da Moda Brasileira: a Exportação de Acessórios”.

Exportação de serviços

Em continuidade aos workshops, no período da tarde, Thiago Almeida abordou “Investimentos em Infraestrutura Junto a Bancos Multilaterais em Desenvolvimento”, e o consultor de comércio exterior do Sistema Sebrae e do Senai Rodolfo Maciel Monteiro, mestrando em Negócios Internacionais pela Universidad de Ciências Empresariales y Socieales (UCES), em Buenos Aires, Argentina, falou sobre “Desenvolvimento de Serviços para o Mercado Global”.

Rodolfo explicou que, assim como na exportação de produtos, serviços também são comercializados no mercado externo, vertente que tem sido uma grande válvula de escape virtuoso para empresas de alta tecnologia e startups. Segundo o consultor, a prática oferece como diferencial, em princípio, os benefícios fiscais. “Ninguém exporta imposto nem do produto e nem do serviço. Portanto, os impostos são retirados da composição do preço, ou seja, oferece uma margem de lucro maior, mais compatível”, orientou.

O consultor de comércio exterior do Sistema Sebrae e do Senai Rodolfo Maciel Monteiro abordou o mercado global

Espaços diferenciados

Durante os dois dias de feira foram oferecidos espaços diferenciados para apresentação de oportunidades e conexões entre os interessados em oportunidades de negócios. A explicação é de Anna Bastos, vice-presidente da Câmara de Comércio Exterior da Acieg, organizadora da Ficomex, responsável por toda parte de relacionamento institucional com as embaixadas e câmaras, além da parte técnica das palestras no Espaço Global, nos workshops e na Arena BRB. Conforme Anna, este foi um espaço dinâmico com várias informações e conteúdos para oferecer o que tem de novidade no mercado, de uma maneira curta e breve. Já o Espaço Global teve o objetivo de conectar as pessoas.

“A ideia foi apresentar as oportunidades de negócios, projetos que existem em cada um dos estados, municípios, pelas câmaras de comércio e embaixadas, para que as pessoas pudessem se conectar”, detalhou. Outro ponto alto do evento foi compartilhar informações por meio dos workshops setoriais, eventos mais longos e técnicos.

Feira, realizada no Centro de Convenções de Goiânia, teve espaços diferenciados

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463

Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

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