As micro e pequenas empresas (MPE) continuam puxando a geração de empregos formais em Goiás. Em fevereiro, dos 11.220 novos postos de trabalho criados, 90,40% foram nas MPE. Isso representa 10.143 vagas abertas, em números absolutos. As médias e grandes empresas apresentaram saldo negativo pelo segundo mês consecutivo, com mais desligamentos do que admissões.
Os dados são de levantamento feito pelo Sebrae com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a fevereiro de 2023. Se comparados os dois primeiros meses deste ano, a diferença segue quase a mesma. Sendo que, as micro e pequenas empresas são responsáveis por 89.66%, dos 21.251 empregos gerados no Estado. As médias e grandes empresas permanecem com saldo negativo, de -17, e 21 vagas preenchidas em relação à administração pública.
Já na comparação de fevereiro com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 255 empregos gerados pelas micro e pequenas empresas. Apesar da queda na comparação, na média, as MPE permanecem como uma potência de criação de vagas de trabalho. Sendo que, por segmento Goiás se destaca nas áreas de: Serviços; Indústria Transformação; Construção e Agropecuária.
Brasil
Os dados nacionais seguem a mesma linha que o Estado de Goiás. Em fevereiro, dos 241.785 novos postos de trabalho criados, 85,5% foram nas MPE. Isso representa 206.697 vagas abertas, quando falamos em números absolutos. As médias e grandes empresas também apresentaram saldo negativo, pelo segundo mês consecutivo, com mais desligamentos do que admissões.
Se comparado com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda no País de 6,4% no saldo de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, que criaram 220.775 postos em fevereiro de 2022, ante 206.697 no mesmo período de 2023. Apesar disso, na comparação com o mesmo mês do ano passado, na média, as MPE também segue um número expressivo em relação aos demais. No acumulado de 2023, dos 326.356 novos empregos gerados, 83% foram nas micro e pequenas empresas.
“Os dados atestam a importância dos pequenos negócios para a economia nacional, gerando renda e contribuindo para assegurar a cidadania de milhares de pessoas e suas famílias. Falar de desenvolvimento econômico e social é falar da micro e pequena empresa”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
Por segmento
O setor de serviços das micro e pequenas empresas foi o que mais contratou, com a abertura de 135.238 empregos em fevereiro deste ano. Em seguida, vem a Indústria de Transformação, com 37.429 vagas; e a Construção, respondendo por 22.600 dos novos empregos gerados. O Comércio, por sua vez, teve saldo negativo (-1.344 novos postos de trabalho).
Dados por ano
Em 2022, a cada 10 postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente 8 foram criados pelas micro e pequenas empresas. O acumulado do ano ultrapassou 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão foram nos pequenos negócios: cerca de 78,4% do total. Em 2021, a participação das MPE no saldo total foi de 77%. Já nos dois primeiros meses de 2023, as micro e pequenas empresas estão respondendo por 83% do total.
*Com ASN Nacional