Pequena empresa pode contar com parceiro comercial na Holanda

Van Der Helm (VDH), empresa familiar fundada em 1936 (Fotos VDH / Divulgação)

Empresa de logística atua no processo alfandegário e de distribuição de produtos para o mercado europeu

Por Wilson Lopes, de Amsterdã

O estudo “Digital Life Abroad”, publicado pela InterNations, coloca a Holanda como o 9º país mais conectado do mundo, em um ranking liderado pela Estônia, Finlândia e Noruega. O relatório que mede a qualidade de vida digital considera a “disponibilidade de serviços governamentais on-line, a facilidade de obter um número de celular local, internet de alta velocidade em casa, facilidade de fazer pagamentos sem dinheiro físico e acesso aberto à internet”. Nesse mesmo ranking, o Brasil ocupa o 50º lugar, entre 68 países.

O estilo de vida digital, aliado à posição estratégica (acesso rodoviário a 170 milhões de consumidores europeus em até 24 horas de Amsterdã ou Roterdã), transformaram a Holanda em um grande centro de operações logísticas e distribuição de mercadorias.

VDH se consolidou como uma das principais empresas da cadeia produtiva da logística, incluindo transporte, formalidades alfandegárias, fiscais e armazenamento

Nesse ambiente, a Van Der Helm (VDH), empresa familiar fundada em 1936, se consolidou como uma das principais empresas da cadeia produtiva da logística, incluindo transporte, formalidades alfandegárias, fiscais e armazenamento.

A VDH incluiu na sua lista de clientes as maiores empresas do mundo, mas, também, mantém uma carteira de pequenas empresas, especialmente aquelas voltadas para o comércio eletrônico. “Entregamos desde uma simples caixa a um contêiner”, observa o diretor Global de Logística, Henk Vronn.

Por esse contexto, a Van Der Helm foi uma das empresas visitadas pela missão empresarial formada por conselheiros e diretores do Sebrae Goiás, em Den Hoorn, na Holanda. A unidade, de 40.000m², armazena aproximadamente 120.000 pallets e opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, de onde partem até 75 caminhões diariamente para entregas, incluindo 20% delas na porta da casa do consumidor final.

Para os diretores do Sebrae Marcelo Lessa Medeiros Bezerra (Técnico) e João Carlos Gouveia (Administração e Finanças), a possibilidade de contar com um parceiro comercial que assume todo o processo, desde o desembaraço alfandegário e fiscal, passando pela emissão do pedido, gestão de estoque, empacotamento, despacho e devolução (se for o caso) pode facilitar o acesso das micro e pequenas empresas na pauta das exportações.

Foi o que comprovaram, na prática, os conselheiros Marcelo Baiocchi Carneiro (presidente da Fecomércio), Ubiratan da Silva Lopes (Facieg) e Fabrício Borges Amaral (presidente da Goiás Turismo). Durante a visita, eles presenciaram a distribuição para a Europa de frutas tropicais (mangas, limões, uvas) de Livramento de Nossa Senhora (BA) e do distrito da Mãe Rosa, em Cabrobó (PE).

Henk Vronn disse que o mesmo pode acontecer com qualquer produto brasileiro, do agronegócio à confecção. “Nossos armazéns possuem Alvará de Entreposto Aduaneiro. Desta forma, podemos armazenar mercadorias por tempo indeterminado sem ter que pagar taxas de importação e impostos”, explica, ao mostrar o armazenamento de legumes, frutas e alimentos nas câmaras refrigeradas. “Montar, embalar, reembalar e rotular produtos não é problema algum na Van Der Helm”, completa.