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A cidade de Goiás, antiga capital do Estado, é rodeada por uma natureza exuberante e seus casarões históricos contam boa parte da história goiana. O município, que tem como sua principal fonte de renda o turismo em suas diversas vertentes, como ecoturismo, turismo gastronômico e turismo histórico, agora parte para mais uma atividade geradora de emprego e renda. Trata-se do projeto Alinhavar, que tem objetivo de criar um polo confeccionista na cidade.
O prefeito Aderson Liberato Gouvea explica que o estímulo veio a partir do fornecimento, por parte do governo do Estado, da máquina de corte a laser Audaces e da criação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Moda na cidade, no final do ano passado, iniciativa que tem apoio do Sebrae.
A intenção foi reunir costureiros e costureiras em um local e dar o apoio necessário, mas, com a união de forças e capacitação, o projeto ganhou corpo e deu origem à Cooperativa de Costureiras e Costureiros da Cidade de Goiás (Coopcostura). “O segmento de confecção permite a geração de emprego rapidamente. É um momento de muita expectativa e ao mesmo tempo festivo. Agora é mão na massa e fazer acontecer, colocar para funcionar. Estamos preparando a cidade para ter mais fontes de renda”, diz o prefeito.
Iolanda de Aquino, presidente da cooperativa e também secretária municipal das Mulheres, Juventude e Direitos Humanos, destaca que esta é uma oportunidade de unir vários órgãos, como a Secretaria de Estado da Retomada, Sebrae, Cotec e outros que ajudaram na criação do APL. Ela destacou os esforços para construir o espaço da Coopcostura e o suporte do Sebrae nas capacitações e na orientação para a criação de um plano de negócio. De acordo com ela, atualmente existem duas confecções formalizadas na cidade que produzem uniformes escolares e que trabalham como empresas familiares e, no que diz respeito à cooperativa, são 21 cooperados que vão gerar 16 empregos diretos.
A analista do Sebrae Lara Bianna esclarece que, além das consultorias de orientação para empresários em geral feitas pela instituição, a Sala do Empreendedor local também está empenhada em engajar os MEI no projeto. E, segundo ela, todo o plano de negócios da cooperativa será feito sem custo algum por meio de uma consultoria especializada. Para exemplificar como o Sebrae trabalha nessa área de consultorias, a consultora Laiane Cuer demonstrou os serviços da instituição, esclarecendo como é o processo e os tipos de consultoria oferecidos para ajudar os empreendedores.
A coordenadora dos Colégios Tecnológicos de Goiás (Cotec), Selma Bastos, diz que é de extrema importância a transformação da cidade em um polo de moda pois isso vai gerar emprego e renda e fomentar o comércio local. Ela teve um papel importante na luta para a aquisição da máquina de corte para o município.
A costureira Alessandra Ribeiro da Silva, presente ao evento, se entusiasma com a movimentação. Trabalhando no ramo há mais de 20 anos, ela acredita que a criação da cooperativa e todo o apoio trarão oportunidades de trabalho para muitas pessoas, além da profissionalização.
Já pelo governo do estado, Rhaquel Borges, gerente de Cooperativismo e Arranjos Produtivos Locais, esclarece que a máquina de corte foi entregue em novembro do ano passado com o objetivo de alavancar e melhorar a parte de confecções no município e cidades da região. Para ela, o evento foi a oportunidade de todos conhecerem o funcionamento e começar de fato a utilizar o equipamento, trazendo benefícios como a diminuição dos custos e aumento da produtividade. Ainda segundo Rhaquel a economia de quem usa a máquina de corte é de cerca de 90%, porque ela economiza tempo, pessoal e reduz o desperdício de tecido.
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