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Projeto de Conexões Corporativas destaca encadeamento produtivo no segmento de moda

O principal objetivo da metodologia é unir atores da cadeia de produção e tornar as micro e pequenas empresas competitivas
Por Por Liliane Almeida, de Goiânia
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O evento “Conexões Corporativas – O mercado da moda em 2023”, realizado na terça-feira (31) na sede do Sebrae Goiás, é fruto do convênio firmado entre Sebrae Goiás, Cia Hering e Fundação Hermann Hering, e conta com o apoio da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), Senai, Fieg e Casmoda (Câmara Setorial da Moda).

Edwal Portilho, o Tchequinho, presidente executivo da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás

A Diretoria Executiva do Sebrae Goiás, representantes das instituições parceiras do projeto e convidados do segmento de moda prestigiaram a programação, que contou com as boas-vindas do diretor técnico Marcelo Lessa Bezerra Medeiros, que foi seguido por Edwal Portilho, o Tchequinho, presidente executivo da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial). Marcelo abriu o evento já fazendo um anúncio esperado por todos, ressaltando a importância da indústria têxtil e de moda para os pequenos negócios: “Já estamos organizando a segunda edição do Amarê Fashion”. E também destacou o histórico de investimento feito pelo Sebrae no segmento e afirmou que os olhos estão voltados não só para as tendências em nível mundial, mas para todos os níveis de produção. Tchequinho, por sua vez, ressaltou a importância desse tipo de arranjo para o desenvolvimento conjunto dos integrantes da cadeia.

Conexões Corporativas é a metodologia de Encadeamento Produtivo (EP), programa de desenvolvimento de cadeias produtivas do Sebrae. O principal objetivo desse método de trabalho é tornar as micro e pequenas empresas competitivas na cadeia de produção, quando comparadas às grandes empresas. A essência deste EP, protagonizado pelo Sebrae e Cia Hering, foi endossada pela fala do presidente e diretor superintendente da Abit, Fernando Valente Pimentel, ao refletir sobre o processo como um todo. “Ninguém cresce sozinho. Se a pequena empresa se desenvolve, a média empresa se desenvolve, e a grande, também. É assim que funciona”, afirmou.

O pesidente e diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel, que destacou que ninguém cresce sozinho

A duração do trabalho desenvolvido após a consolidação da parceria depende muito da complexidade da operação, da quantidade de fornecedores e do desafio apresentado pela empresa. A gestora estadual de Moda e Conexões Corporativas, Thaís Oliveira, ressaltou o caráter da união. “Vocês não estão sozinhos. O Sebrae está aqui para ajudar o empreendedor a se desenvolver visando ao crescimento saudável da sua empresa. Vários processos de gestão da qualidade e certificação têm 70% de subsídio do Sebrae por meio do Sebraetec, por exemplo”, disse.

Técnica aliada à vontade

O gerente Industrial e de Terceirizações Têxteis da Cia Hering, Ricardo Amer, explicou que o encadeamento produtivo nada mais é do que a combinação perfeita entre técnica e vontade. Ele falou com entusiasmo sobre a tecnologia de ponta utilizada no dia a dia dos pequenos negócios. “Hoje eles estão utilizando ferramentas de gestão de indicadores supermodernas, que aumentam muito a produtividade. Isso contribui significativamente para aumentar dois pontos: rentabilidade e sustentabilidade”, explicou.

O projeto de Conexões Corporativas é necessário e já demonstrou sua relevância pra o mercado, mas o cenário como um todo pede atenção. “Este ano não será surpreendente, mas também não será um desastre. Não podemos ser pessimistas doentios e nem otimistas inocentes. Temos muitos desafios pele frente, sustentabilidade é um deles. Essa é a pauta do momento e é preciso somar esforços de muitas partes: governo, indústria e sociedade. A logística reversa é uma iniciativa importante, mas o mais difícil é a mudança de mentalidade de todos os envolvidos. Ou nos adaptamos, ou vamos sofrer com as consequências”, reforçou Fernando Pimentel.

A preocupação é legitima, principalmente depois de observar os números que esse mercado movimenta. O setor de têxtil e confecção no Brasil figura em quinto lugar no ranking mundial, com um faturamento de R$ 190 bilhões por ano, gerando 1,34 milhão de empregos diretos.

Outro agente-chave nesse processo de desenvolvimento de cadeias produtivas do segmento têxtil é a ABVTEX. A certificação liderada pela associação garante que todos os envolvidos na cadeia produtiva no segmento sejam socioambientalmente responsáveis e ofereçam condições dignas de trabalho. Já são mais de cem marcas certificadas pela ABVTEX com o propósito de deixar o segmento mais ético, transparente e sustentável. Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX, ressaltou que é preciso um esforço coletivo. “Uma preocupação muito forte que temos hoje é a sustentabilidade. Mas, paralelamente a isso, precisamos combater a informalidade, o trabalho análogo à escravidão e melhorar a cadeia de fornecedores. O protocolo ABVTEX é nacionalmente reconhecido pelos seus resultados e pela seriedade das auditorias nas áreas de trabalho análogo ao escravo, trabalho infantil e trabalho estrangeiro irregular”, afirmou.

Macroestrutura em funcionamento

A macroestrutura da metodologia funciona da seguinte forma: após a empresa manifestar o interesse em desenvolver sua cadeia produtiva, seja qual for o segmento, é feito o mapeamento dos principais desafios, seguido do diagnóstico dos pequenos negócios envolvidos no processo. Com insumos suficientes em mãos, é elaborado um plano de ação a ser implementado, avaliado e refeito, mediante pontos de melhoria levantados.

Políticas corporativas, inteligência, desenvolvimento empresarial, mercados e rede de aprendizagem são os eixos desse trabalho de desenvolvimento dos pequenos negócios dentro deste contexto da cadeia produtiva. Essa é a tão sonhada relação ganha-ganha: as grandes corporações conquistam fatias cada vez mais expressivas dos seus mercados de atuação, e os pequenos negócios se tornam mais inovadores, lucrativos e sustentáveis, portanto, mais competitivos.

Os números são animadores. O projeto de Conexões Corporativas já gerou cerca de 680 iniciativas em 25 Unidades da Federação e recebeu mais de R$ 316 milhões em investimentos. Mais de 135 mil pequenos negócios já foram atendidos, com 457 grandes empresas parceiras, e cerca de R$ 8,7 bilhões em negócios já foram gerados. A conta é bastante atrativa: para cada real investido, outros 28 são gerados em negócios.

Saiba mais sobre o Conexões Corporativas aqui.

Informações para a imprensa

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491

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