Na manhã desta quarta-feira (28), no primeiro dia da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex 2024), no Centro de Convenções de Goiânia, foi realizada a assinatura de protocolo de intenções para a realização de missões entre o Sebrae Goiás e a Câmara Chinesa de Comércio do Brasil.
Segundo o diretor técnico do Sebrae Goiás, Marcelo Lessa Medeiros Bezerra, responsável pela assinatura, a instituição acompanha a movimentação do mercado em busca de tendências, inovações e parcerias institucionais. “A gente sabe que a globalização torna o ambiente mais competitivo e também nos dá a obrigação de ir a esses mercados mundo afora para buscar essa competitividade para as micro e pequenas empresas do nosso estado”, assinalou.
Ana Machado, coordenadora da Câmara Chinesa de Comércio no Brasil, assinou o memorando de parceria com o diretor Lessa. Ela explicou que no início do ano foi realizada uma missão prospectiva para a China, quando representantes do Sebrae puderam conhecer um pouco mais daquele mercado. “Lá são muitas oportunidades que podem ser oferecidas. Se tudo der certo, vamos levar empresários para conhecer esse ecossistema e trazer negócios para a região”, disse.
Lorena Póvoa, analista do Sebrae e organizadora de uma missão prospectiva do Sebrae para a China junto com a Câmara de Comércio do país asiático, realizada em abril, explicou que a visita teve o objetivo de conhecer e desbravar um pouco da Canton Fair, importante feira de importação e exportação. Além disso, a organizadora da missão ressaltou que esta foi uma oportunidade para conhecer o que a China tem a oferecer. “Foi uma iniciativa muito bem sucedida”, afirma. Com o sucesso da primeira missão, Lorena planeja ainda mais resultados para o próximo ano. “O grande desejo é, em 2025, que a iniciativa seja levada aos empresários goianos para alcançar as metas propostas pelo Sebrae nesta ação”, finaliza.
Abertura
Na cerimônia de abertura da feira, o governador do estado, Ronaldo Caiado, salientou a importância da participação dos sete estados integrantes do Consórcio Brasil Central (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal), do qual é presidente, para o fortalecimento das Unidades da Federação nas ações conjuntas.
“Historicamente fomos precedidos por pessoas de visão, como os portugueses que expandiram o território a partir do Tratado de Tordesilhas e JK, que enfrentaram os políticos da época para trazer o desenvolvimento para o interior do Brasil, com a visão de que o futuro passa pelo crescimento de outras partes do país, como os estados do nosso consórcio. A partir da união de potencialidades e capacidade de interagir melhor, temos como atuar de forma conjunta para que nosso consórcio atue como alternativa para o desenvolvimento do país”, disse.
Por sua vez, Rubens Fileti, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), entidade realizadora da Ficomex, afirmou que sete estados integrantes do Consórcio Brasil Central deram um importante passo para a consolidação do bloco enquanto potência econômica do país, a partir da realização do Fórum dos Governadores dos estados integrantes.
Rubens Fileti recebeu apoio do governador Ronaldo Caiado para deliberar acerca da possibilidade da criação de um mercado comum do Brasil Central, idealizado a partir da formação de um bloco econômico público-privado, com a participação do fórum empresarial dos estados membros, para o desenvolvimento regional e do país. Entre as autoridades presentes à mesa da abertura, também estava o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Momento Sebrae
O economista e analista do Sebrae Goiás, Bruno Lyra, ao fazer uso do Arena Banco BRB, apresentou a gama de produtos que a instituição oferece aos micro e pequenos empreendedores e para quem quer se tornar um empresário também. Os cursos, a Escola de Negócios, o Empretec, consultorias do Sebraetec foram abordados.
Também foi divulgado o Sebrae Negócios Internacionais, que está sendo lançado e que vai rodar a partir de 2025 com foco em dar suporte a micro e pequenas empresas goianas para que ingressem no mercado externo, seja exportando ou importando, com diversas capacitações e jornadas de consultorias com a preparação para acessar esses mercados. Bruno orientou que o primeiro ponto para alcançar o mercado externo é a necessidade de a empresa se planejar, entender o setor em que está, o que quer atingir e os processos internos claros para acessar novos mercados. “É acessível, desde que tenha planejamento e muitas ações corretas”, disse.
De acordo com ele, muitas empresas, mesmo com potencial, ainda resistem ao mercado internacional por falta de conhecimento e entendimento em relação a esse processo. “Falta o entendimento dos pequenos negócios em, realmente, verificar que podem acessar esses mercados. Mas a partir do momento em que a empresa consegue ter esse entendimento, é possível desmistificar os conceitos da internacionalização”, afirmou.
Já Leonardo Araújo, gestor de Acesso a Mercado do Sebrae Goiás, reforçou a atuação da instituição na promoção comercial dos empresários, além das feiras, missões e rodadas de negócios e, em especial, no lançamento do Sebrae Negócios Internacionais. “É uma jornada de desenvolvimento para os micro e pequenos empresários se fortalecerem e prepararem para acessarem o mercado externo, levando serviços e produtos e aumentando seu faturamento”, disse.
O foco é que os empresários possam alcançar mercados como Estados Unidos, China, Europa e América do Sul, aumentar o conhecimento, mas também com possibilidade de importar, trazer insumos mais baratos e gerar tecnologia e inovação, se fortalecendo internamente. “O intuito desse programa é dar condições para que seja mais fácil ao micro e pequeno empresário ter acesso a essas possibilidades de alavancar seu negócio, acessar novos mercados e gerar mais renda”, concluiu.
Workshops
Dentre vários workshops apoiados pelo Sebrae, na tarde desta quinta-feira, a advogada Silvia Souza tratou da temática social com conceitos e princípios orientadores com foco na devida diligência, ou seja, auditoria, no workshop “Diretos Humanos e Empresas”.
Silvia, que é presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da CFOAB e fundadora do escritório Silva e Souza Advocacia, especializado em direitos humanos e empresas, avaliou a importância da abordagem da temática em uma feira internacional. “No Brasil é registrado alto índice de violações desses direitos, a exemplo do que ocorreu em mineradoras como a de Brumadinho”, assinalou.
Segundo Silvia, em decorrência da inexistência no Brasil de regulamentação específica, o país segue os princípios orientativos da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da devida diligência que estabelece padrões de prevenção e mitigação das violações.
Em outro momento, o consultor do Sebrae em Turismo, João Bittencourt Lino, abordou no workshop que tratou do “Brasil Central e a Conexão com o Mercado Internacional” o cenário, a oferta turística e seus segmentos e o processo de conectividade em relação ao modal aéreo, além de tendências do mercado internacional.
Ao discorrer sobre o tema, João também apresentou alguns dados lançados pela Embratur, com as entradas de visitantes e seu perfil internacional, além de salientar a realidade de Goiás em relação ao turismo internacional. Ele avaliou, também, o percurso que ainda é necessário ser percorrido para que o Estado esteja preparado para atender às demandas desse mercado.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.
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