O Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (Ceia-UFG) vai iniciar, em breve, uma mobilização para encontrar startups que queiram se associar ao recém-instalado Centro de Competência Embrapii em Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais (AKCIT), na modalidade de membership. É que o Centro de Competência receberá um investimento de R$ 60 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ao longo de 42 meses, para atuar na pesquisa em tecnologias que irão simular o mundo físico por meio da realidade virtual, além de R$ 20 milhões de um consórcio formado pelo Sebrae Goiás, Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), e empresas privadas, visando impulsionar pesquisas em tecnologias que simulam o mundo físico por meio da realidade virtual.
“Esse é talvez o maior movimento de investimento em pesquisa e inovação aqui no Brasil, nas últimas décadas, porque além desse Centro de Competência específico, a Embrapii estabeleceu diversos outros, atingindo a marca de mais de R$ 500 milhões de investimento para os próximos anos. Esse movimento é inédito e desafiador. Então, a gente teve esse misto de sentimentos e aceitamos com muita coragem esse desafio que teremos nos próximos anos”, analisa o professor Anderson Soares, coordenador do Ceia-UFG.
De acordo com o professor, o objetivo é que essas empresas participem de uma jornada em torno do tema da construção da tecnologia. Só que a mobilização não quer só encontrar startups, mas fomentar o empreendedorismo, principalmente em nível universitário. “A gente se inspira muito no programa do Sebrae, o Catalisa ICT, e a nossa parceria vai mobilizar dentro das comunidades universitárias o desejo e a vontade de empreender”, avalia Anderson.
André Villela Ribeiro, da Unidade de Soluções e gestor de inteligência artificial (IA) do Sebrae Goiás, explica que o programa traz uma trilha muito bem definida para que possa não só apoiar as startups de agora, mas plantar a semente das startups do futuro. “Sabemos que formar um perfil empreendedor desde a universidade é algo que demanda tempo, mas é assertivo porque adubamos esse terreno fértil, que são as mentes universitárias para que esses empreendedores promovam o nascimento de mais startups”, enfatiza.
O Centro de Competência e o Ceia-UFG têm como desafio construir a próxima geração de tecnologias imersivas, e isso vai ser feito por meio de basicamente quatro ações. Primeiro é o estabelecimento de projetos de PDI em temas que estejam dentro da temática. A segunda ação é promoção e formação de recursos humanos. O terceiro é o investimento em infraestrutura, com equipamentos adequados para se ter uma infraestrutura global.
“Estamos montando os laboratórios mais avançados do mundo, por exemplo, na área de robótica e de imersão, e certamente o melhor do Hemisfério Sul”, ressalta o coordenador do Centro de Competência e do Ceia-UFG. E a quarta ação é a de promoção e aceleração das startups com empreendedorismo e mobilização do ecossistema para que a pesquisa e a inovação, à medida que possam ser geradas, também possam se tornar produtos.
O impacto, segundo professor Anderson, será muito relevante porque o país tem empresas de maior porte, mas as vantagens de trabalhar com as startups e com as pequenas empresas são mobilidade, flexibilidade e agilidade para desenvolver temas tão ousados e disruptivos como os da tecnologia imersiva. “Precisamos dos nossos parceiros, e o Sebrae já é um ator extremamente relevante nesse ecossistema da pequena empresa. Vamos estar juntos para mobilizar o ecossistema para construir isso dentro do país nos próximos anos, do Brasil para o Brasil e também para o mundo, já que esta é uma iniciativa que a gente tem de não só produzir resultados, mas também resultados que sejam perceptíveis na comunidade internacional.”
Impactos esperados
O impacto esperado para a economia local com a instalação do Centro de Competência Embrapii em Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais no Ceia-UFG é significativo. Além de impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, espera-se que essa iniciativa crie um ecossistema de startups e promova a interação entre universidade, empresas e talentos qualificados. Isso pode elevar Goiás a um novo patamar no cenário da inovação, gerando empregos, atraindo investimentos e fortalecendo a economia regional
As tecnologias imersivas têm revolucionado o ensino superior em todo o mundo. Elas incluem ferramentas como realidade virtual, realidade aumentada e vídeos 360°. Entre os benefícios pedagógicos dessas tecnologias estão mais prática, onde os alunos podem vivenciar situações reais em ambientes controlados, eliminando a necessidade de separar teoria e prática; mais engajamento, já que as tecnologias imersivas tornam o ensino atrativo para as novas gerações; e mais aprendizado, com o envolvimento emocional dos alunos com o conteúdo.
O MCTI e a Embrapii já anunciaram outros oito Centros de Competência em áreas estratégicas e em temas de fronteira: Tecnologias e Infraestruturas de Conectividade 5G e 6G; Open RAN; Mobilidade Elétrica; Agricultura Digital; Hardware Inteligente para Indústria; Tecnologias Quânticas; e Segurança Cibernética e Terapias Avançadas, com investimento total de R$ 495 milhões pela Embrapii. Destes, R$ 480 milhões foram destinados pelo MCTI e R$ 15 milhões pelo Ministério da Saúde.
Cenário em tecnologia imersiva
O uso das telas por meio de celular, tablet, computador, televisão e realidades virtuais foi ficando cada vez maior e intenso, e hoje em dia muitas pessoas não conseguem se desconectar. O Brasil é um dos países que fica mais tempo on-line no mundo. É o que aponta uma pesquisa da empresa NorVPN sobre hábitos digitais realizada em janeiro de 2022. O estudo mostrou que o brasileiro passa 91 horas por semana conectado. Por ano, isto dá o total de 197 dias.
O documento mostra ainda que cerca de 67% dos brasileiros concordam que, nos próximos dez anos, as tecnologias imersivas devem impactar áreas como aprendizagem virtual, entretenimento, trabalho e até em recursos de saúde. A média de outros países foi de 58%.
Em relação à familiaridade com o tema, os brasileiros também se mostram bem-informados: 63% dos entrevistados disseram que estão muito ou um pouco ambientados com o assunto. Moradores da Polônia (27%), França (28%) e Alemanha (30%) estão na lanterna do ranking.
Saiba mais sobre o Catalisa ICT do Sebrae Goiás: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/catalisa/ictedital
*Com informações da Embrapii
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
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Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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