Depois de superar mais de 3,3 mil concorrentes de 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, a BioUs, startup goiana, ficou entre as três melhores no cobiçado Prêmio Sebrae Startups e está no topo da inovação nacional. Com uma abordagem inovadora e sustentável, a BioUs se destaca na categoria de Meio Ambiente, Energia e Tecnologias Verdes e possui abordagem circular de bioeconomia, transformando resíduos orgânicos em bioprodutos inovadores e combatendo as mudanças climáticas ao mitigar as emissões dos gases do efeito estufa. O resultado foi anunciado durante o Startup Summit 2024, em Florianópolis, Santa Catarina.
A primeira etapa do prêmio selecionou mil startups de todas as Unidades Federativas do Brasil. A segunda fase selecionou cem empresas. A terceira escolheu 30 startups que se apresentaram no primeiro dia do evento. Das dez finalistas, três tiveram a chance de se tornar a grande campeã de 2024. A Inteligência Odontológica (Saúde e Biomedicina – SP), foi a vencedora. Além da BioUs, também esteve no TOP 3 a startup Meu Pescado (Agro e Negócios do Campo – SC).
A equipe da BioUs é composta pelo fundador e CEO Raimundo Lima, que é biomédico e mestre em biologia, com 20 anos de experiência; pelo cofundador e o COO da empresa, Eduardo Rocha, biomédico e engenheiro e especialista em biotecnologia, com 23 anos de experiência em biotecnologia; Fausto Dias, biólogo, mestre e chefe de agro, com dez anos de experiência em cultivo agrícola e aquicultura; Iracema Friedrich, especialista e chefe de biotecnologia, bióloga, 15 anos de experiência em biotecnologia e biologia molecular; e Fernando Silva, especialista e chefe de microbiologia e biólogo, com dez anos de experiência em cultura em microbiologia e aquacultura. A BioUs possui também os consultores Rafael Quirino, PhD mentor em química; Tom Howard, PhD mentor em medicina; e Eric Aslakson, MSc mentor em física.
A startup se classifica como uma “deep tech”, que é uma empresa baseada em investigação científica apoiada por patentes, que atua com inovação complexa, lidando com problemas como o tratamento de doenças, mobilidades, aquecimento global e desenvolvimento industrial. A BioUs trabalha com uma plataforma tecnológica focada na produção de biopolímeros a partir de resíduos da produção intensiva da aquicultura e da agroindústria, gerando produtos alinhados às nanopartículas e ao ecossistema ESG. “Em 2016 fiz um intercâmbio na Universidade Estadual do Kentucky e lá consegui observar a produção de pescado intensivo. E por conta da tecnologia conseguimos produzir bactérias ‘do bem’ que utilizamos em tanques de pescado com pouco consumo de água e adicionamos carbono como alimento para essas bactérias”, explica Raimundo.
Com essa tecnologia, as bactérias sequestram a amônia, um dos principais elementos tóxicos da água. “Quando essa bactéria absorve a amônia, ela incha e forma o nosso biopolímero, que é um poliéster, e temos um bioplástico, que é um biopolímero 100% biodegradável”, enfatiza o cientista. Para se ter uma ideia, atualmente a produção anual de plástico no mundo é de 500 milhões de toneladas, e segundo Raimundo nem 10% desse plástico é reciclado e acaba indo parar nos oceanos e no meio ambiente. Ele conta também que os microplásticos que estão nas maquiagens, nas linhas de higiene pessoal e nas roupas não é filtrado por nenhuma estação de tratamento de água porque não há filtro para microplástico, que tem menos do que 5 mm, e para os nanoplásticos, menores ainda. “A medicina confirma que os microplásticos e os nanoplásticos já estão presentes nas placentas, no sangue, no leite materno e no nosso cérebro e que são extremamente prejudiciais à nossa saúde”, alerta.
De acordo com o fundador da startup, a dificuldade da indústria de bioplástico em relação ao plástico convencional do petróleo é o custo do carbono, que é alto. Só que no caso da BioUS, é utilizado o resíduo da estrutura, que é 50% mais barato. “E a gente tem um leque de oportunidade por conta disso, porque a nossa plataforma pode atuar na indústria cosmética, na indústria do plástico e também na área de nanomedicina, para produção de nanocápsulas na entrega de medicamentos”, ressalta.
Raimundo lembra que a BioUs teve bastante apoio do Sebrae Goiás desde o início e que sair da academia para empreender é um desafio, mas com apoio e colaboração é possível ter bons resultados. O grupo conquistou subvenções econômicas (Catalisa ICT, Sebrae, Centelha, Fapeg, CNPq, Finep e Conecta Startup Brasil, CNPq, Softex, ABDi, MCTI) e o primeiro lugar no Programa de Aceleração InovAtiva – Impacto, 2022, Impact Hub, Sepec-ME, Sebrae – o maior programa no ecossistema ESG de aceleração de startups da América Latina.
A BioUs teve aceleração feita pelo Programa de Desenvolvimento de Negócios, edição 2022, do BiotechTown e foi uma das 16 startups aceleradas durante a sétima rodada do BioStartup Lab, da Biominas Brasil. A empresa também foi selecionada e ficou entre as 24 startups nacionais finalistas do Desafio Like a Boss Brasil Sebrae Inova+ e foi uma das 14 finalistas que representou o Brasil na SWITCH (Singapore Week of Innovation and Technology), em outubro e novembro do ano passado, pelo Programa Startup OutReach Brasil, organizado pela Anprotec, Apex, Sebrae e Ministério das Relações Exteriores.
A empresa tem um ano e meio, mas o currículo é extenso. Ela foi a única startup brasileira a ser classificada no Startup Program – Industrial Biotech Hello, Tomorrow!, que aconteceu em 2023 em Paris, na França. A BioUs está entre as 21 startups classificadas para a quinta edição do 100+ Labs Brasil, uma iniciativa da Ambev correalizada pela PPA e USAID; foi uma das 20 startups do Centro-Oeste aprovadas no Conecta Startup Brasil em 2023 e uma das Top 250 Global Startups, da competição do SLINGSHOT 2023, Startup SG em Singapura.
Em 2024 vieram mais conquistas. A BioUs foi uma das seis startups que passaram no 6º Programa de Soja Sustentável do Cerrado, do LIF, PwC e Cargill; é TOP 10 das startups da 3ª Missão SWITCH Singapura, da Embaixada Brasileira em Singapura, pelo Ministério das Relações Exteriores, Sebrae e WIPO. E na última sexta-feira (16) saiu o resultado e a startup goiana está no TOP 250 da Entrepreneurship World Cup (Copa do Mundo do Empreendedorismo), que acontecerá em novembro na Arábia Saudita, e por serem Top 10, vão participar da delegação brasileira que representará o Brasil no Web Summit 2024, em novembro, em Lisboa, Portugal.
Mudanças climáticas
A BioUs está na vanguarda da batalha contra as mudanças climáticas. Ao transformar resíduos orgânicos em produtos úteis, ela reduz a quantidade de material descartado em aterros sanitários, diminuindo a liberação de metano (um potente gás de efeito estufa). Além disso, seus bioprodutos substituem alternativas menos sustentáveis, contribuindo para um futuro mais verde. Dados levantados pela startup mostram que as alterações climáticas provocam cerca de 13 milhões de mortes por ano no mundo, e 20 milhões de pessoas precisam deixar os seus lares devido a consequências delas.
O Prêmio Sebrae Startups sucede o antigo Desafio Sebrae Like a Boss que, em seus mais de dez anos utilizou seu formato de competição como ferramenta para conectar empresas inovadoras ao mercado e qualificá-las para eventos de alcance nacional e internacional. Também incorpora o Programa 1K Startups, facilitando a comunicação e a seleção das empresas que estão participando do Startup Summit 2024, realizado de sexta a domingo últimos (14 a 16). O objetivo é que o prêmio não apenas promova a inovação, mas também atue como um catalisador para negócios que estão moldando o novo cenário econômico.
Conheça o Sebrae Startups: https://programas.sebraestartups.com.br/
SERVIÇO
BioUS
Site: www.bious.com.br
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.
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