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Engajamento de comunidades em ecossistemas de inovação traz vantagens estratégicas e fortalece a rede em Goiás

Palco Fábrica de Empreendedores do Sebrae finalizou programação na Campus Party Goiás 3 com palestra sobre o papel das comunidades nesse ecossistema
Por Adrianne Vitoreli, de Goiânia
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Os cinco representantes de comunidades goianas deram uma verdadeira aula sobre engajamento nos ecossistemas de inovação (Foto Silvio Simões)

Quando um número de indivíduos compartilha algo em comum por meio de comunidades, os resultados positivos podem vir mais rapidamente, e o fortalecimento de um ecossistema é uma questão de parcerias e tempo. O envolvimento de empreendedores em comunidades passa a ser um aspecto distintivo, um diferencial dos ecossistemas de inovação. O engajamento traz vantagens estratégicas e competitivas para as empresas e está associado a inovações radicais e de grande impacto nos modelos de negócios. Essas foram algumas reflexões trazidas na última atividade do palco Fábrica do Empreendedores, na Campus Party 3 (#CPGOIÁS3), que aconteceu neste domingo (11), último dia do evento, no Passeio das Águas Shopping, em Goiânia.

Participaram do painel representantes de cinco comunidades goianas: Jaqueline Ribeiro, professora de engenharia técnica da área de informática, coordenadora do Núcleo de Tecnologia do Instituto Federal Goiano, Campus Ceres, líder da Comunidade Mulheres GO; a professora, escritora e palestrante Welma Alves de Melo, diretora do Project Management Institute – Goiás Chapter (PMI-GO); Franklin Bomfim, líder da Comunidade Black Stars; Marcelo Paiva, líder da JoinCommunity (que abriga outras 15 outras comunidades); e Iarly Coli, fundador da Comunidade Centelhanos e um dos primeiros a fazer parte da StartupGO.

O debate mostrou aos presentes que em um ecossistema de inovação é fundamental haver uma interação dinâmica e colaborativa entre os diferentes atores envolvidos para que, assim, haja troca de conhecimentos, experiências e recursos. O ecossistema deve ser capaz de identificar e apoiar a criação de startups e empreendimentos inovadores, oferecendo infraestrutura, mentoria, financiamento e networking. Além disso, é importante que haja uma cultura empreendedora forte, que valorize a experimentação e o aprendizado.

Todos falaram da área de atuação de cada comunidade. A Mulheres GO trabalha para inserir mais mulheres nas áreas de tecnologia, empreendedorismo, inovação e liderança. “Temos como foco aumentar a representatividade e empoderar mulheres nessas áreas que sempre foram predominantemente masculinas. Trabalhamos com disseminação de conhecimento e parcerias para dar cada vez mais destaque para as mulheres seja como palestrantes, líderes, mentoras, empresárias e referências no setor. A gente se une e se fortalece”, disse Jaqueline Ribeiro.

Welma Alves de Melo, da PMI GO, ressaltou o trabalho que a comunidade, que possui outras 300 unidades em todo o mundo, faz ao disseminar o conhecimento em gerenciamento de projetos. Ela lembrou que para formar um bom líder é preciso que ele aprenda técnicas e tenha habilidades em gestão. “Ter um bom planejamento já é um caminho para o sucesso, para transformar sonhos em realidade”, explicou. A diretora da PMI disse ainda que a comunidade desenvolve diversas ações, gratuitas ou com custos baixos, para levar conhecimento a empresários de micro e pequenos negócios para que eles possam gerir as empresas com as melhores ideias, produtos e resultados. Welma também faz parte das comunidades Mulheres GO e Startup GO.

Diversidade e inclusão

As comunidades de inovação também são importantes porque ajudam a promover a diversidade e inclusão. Ao reunir pessoas de diferentes origens, culturas e habilidades, esses grupos permitem que ideias diferentes e perspectivas sejam compartilhadas e combinadas para criar soluções mais completas e abrangentes.

A comunidade Black Star é um exemplo. Criada há apenas seis meses, ela apoia e impulsiona o empreendedorismo de pessoas pretas e conseguiu garantir a inscrição de 26 pessoas na #CPGOIÁS3. Segundo um dos líderes, Franklim Bonfim, a comunidade busca parcerias para que, na próxima edição, possa aumentar a participação e ainda garantir estadia, refeição e traslado. Mas ele já comemorava os resultados. “Estamos com mais de 400 seguidores no Instagram de diversos locais do país e conseguimos inserir pessoas pretas em boa parte das palestras, no hackathon e no ideathon desse evento”, disse. “A diversidade e a inclusão são extremamente necessárias para dar oportunidades de acesso ao empreendedorismo, inovação e tecnologia, e estamos abertos para trocar informações, capacitar, apoiar, indicar e trabalhar nesse processo difícil que sempre foi colocar pessoas pretas no mercado de trabalho”, ponderou.

Marcelo Paiva, CTO da SoftPrime Sistemas, faz parte há mais de dez anos da comunidade JoinCommunity Goiânia, que reúne profissionais de diversas áreas dentro da tecnologia e inovação e visa compartilhar conteúdos e realizar eventos, principalmente para outras comunidades goianas. Para ele, o trabalho da comunidade é impactar a vida das pessoas, seja com conhecimento, parceria na solução dos problemas ou acompanhamento de projetos. “É isso que vale a pena. É isso que é gratificante porque sabemos que quando impactamos um empreendedor, isso se estende para a família, para os funcionários, até chegar na cadeia da inovação como um todo. E assim seguimos fazendo história dia a dia”, frisou. Ele contou que às vezes uma palestra, um encontro, uma indicação de parceiro já mudam completamente o futuro de quem participa das comunidades. “É uma relação tão boa que quando a gente ensina o que sabe, aprende duas vezes mais e leva isso adiante.”

Fundador da comunidade Centelhanos, uma união de 80 CNPJs de startups que nasceram por meio de fomentos públicos, Iarly Coli é empreendedor de produtos escaláveis e faz parte da StartupGO. Criada em 2014, é considerada a comunidade-mãe das que foram criadas depois. Todos são empreendedores de startups e têm diversas “dores” em comum: gestão de recursos públicos, prestação de contas desses recursos, como inscrever projetos em editais públicos, como obter recursos para contratação de profissionais qualificados e como entender o viés de comunicação para cada startup.

“A captação de recursos públicos é uma jornada, e quando a startup estabelece seu CNPJ, normalmente não tem acesso a ‘capital angel’ (investidor) para elaborar seus produtos, tração e operação para evolução. Então participamos de editais de fomento, e, em conjunto, vamos melhorando nossos projetos, lançando novos produtos com diferencial competitivo e conseguindo fomentar a tecnologia e inovação no estado”, explicou Iarly.

Papel fundamental

Para o coordenador de inovação do Sebrae Goiás, Athos Ribeiro, as comunidades desempenham um papel fundamental no ecossistema de inovação proporcionando um ambiente propício para a colaboração, o compartilhamento de conhecimento e de o desenvolvimento de ideias. “Somos parceiros do Pacto Goiás pela Inovação e, juntamente com as comunidades, oferecemos suporte, networking, fortalecemos as conexões e fomentamos a inovação e o empreendedorismo de forma a impulsionar o crescimento econômico local, a geração de empregos de alta qualidade e a solução de problemas sociais, ambientais e econômicos, que são desafios globais”, disse.

Informações para a imprensa

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491

Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178

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