Em comemoração ao primeiro ano do Hub Goiás, entre quinta-feira (26/09) e sábado (28/09) é realizado o festival Estação da Inovação, na sede da instituição, no setor Universitário, em Goiânia. A abertura da programação comemorativa foi feita pelo Sebrae Goiás com a palestra “Tendências Tecnológicas e o Futuro da Criatividade”.
O coordenador de Inovação e analista do Sebrae Goiás, Athos Ribeiro, salientou a importância da presença da instituição na comemoração, por ser um evento que celebra o amadurecimento do ecossistema de inovação de Goiás. “O Hub Goiás materializa essa junção de esforços que comunga a iniciativa de parceiros, necessidades de startups, de curiosos com empreendedorismo, inovação e criatividade. É um espaço democrático e para todos”, assinalou.
Athos afirmou que o espaço é tanto para quem quer empreender, quanto aqueles que já empreendem e estão em desenvolvimento, com geração de emprego em seus negócios. “Estar aqui é uma junção de esforços em que o Sebrae consegue também ser o hub do empreendedorismo, como fomentador do ecossistema. Estamos sempre desenvolvendo eventos e incentivando a criação de novos negócios”, disse.
Ao finalizar, o coordenador destacou que a participação do Sebrae na comemoração é importante, “porque leva ao espaço conteúdos relevantes. Além disso, por aproximar a sociedade e pessoas que convivem no ecossistema do hub, e com tudo aquilo que a gente faz e que a gente considera importante, dada a temática do evento”, arrematou.
Tecnologias e criatividade
Na Arena Sebrae, a analista técnica e gestora Estadual de Moda e do Projeto Plural do Sebrae, Thais Oliveira, recebeu Ana Paula Ito, supervisora de Manufatura Aditiva do Grupo Odilon Santos; e Pedro Henrique Gonçalves, professor e coordenador do Ipêlab da UFG.
Ana Paula apresentou o trabalho em desenvolvimento no Grupo Odilon Santos desde o início da implantação da área de impressão 3D na empresa, em 2018, e a evolução que tem alcançado no decorrer do tempo. “É um trabalho desenvolvido em quatro pilares, com as pessoas, em relação às peças, petróleo [já temos vários ônibus à base de energia elétrica] e de levitação magnética, ainda um pouco distante”, informou.
Entretanto, um ponto importante ressaltado por Ana Paula trata da contribuição das sugestões e criatividade das pessoas para se construir as soluções que já são entregues pelo laboratório da empresa. “Não adianta ter o equipamento mais tecnológico do mundo sem ter uma pessoa por trás, que seja criativa, que busque ser diferente e trazer soluções realmente”, afirmou.
Para a supervisora, a impressão 3D é utilizada como uma ferramenta, mas o principal diferencial está nas pessoas, “no desenvolvimento da autonomia e incentivo da criatividade, que é o ponto-chave”, sublinhou.
A supervisora pontuou ainda a vontade da empresa de buscar por inovação e dos próximos passos a serem seguidos, além da visão sobre investimentos em inovação tecnológica. “Queremos mostrar esse movimento na iniciativa privada na busca por ser inovador, criativo e autêntico”, arrematou. Para Ana Paula, o trabalho em desenvolvimento possibilita entregar produtos finais com melhorias funcionais e sustentáveis, a partir da conversa com os mecânicos.
Criatividade que vem dos jovens
Por sua ver, Pedro ressaltou que o foco do trabalho que realiza é ajudar as pessoas a desenvolver ideias, além de pensar na geração futura para preparar os jovens para viverem em uma sociedade criativa. O coordenador do Ipêlab frisou que já existem muitas tecnológicas. Contudo, ele ressaltou a necessidade da criatividade das pessoas, voltada à utilização dessas ferramentas.
“A gente tem que trabalhar com essas tecnologias para tirar o melhor proveito, porque a gente tem muitas ferramentas, mas pouca criatividade para utilizá-las”, assinalou. Pedro analisou que “o ferramental tecnológico que a gente tem hoje dá folga para as pessoas. Ao fazerem as coisas mais rápido, isso gera um pouco de preguiça. Importante seria parar e gastar um tempo no desenvolvimento e de pensar soluções”.
Para Pedro, o ferramental deixa as coisas um pouco mais fáceis de serem feitas, não falando que seria melhor ou pior na qualidade dos resultados. “Mas a gente tem essa dualidade hoje” avaliou.
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