O Sebrae Goiás reuniu na manhã de sábado (19) os 30 integrantes do Inova Cerrado 2024 para participarem do Módulo Ideação. Esse é o terceiro encontro das empresas, sendo o primeiro presencial. O momento foi uma oportunidade para que os participantes soubessem um pouco mais como irá funcionar a jornada de aceleração do projeto e a apresentação de cada proposta, e também fazerem networking.
Integram o time de trabalho a analista de Inovação Emília Pires Franco, que coordena o programa, Osvaldo Lino Filho, Paula Oliveira, Arthur Prates, Leo Alencar, Rodrigo Zwetsch, Álvaro Vieira, Phillipe Figueiredo e Carlos Magno. O Inova Cerrado é um programa de ideias e empresas da bioeconomia, realizado pelo Sebrae Goiás e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), que são signatários do Pacto Goiás para tornar o estado mais empreendedor e inovador.
“Estamos na primeira etapa, que é a Ideação, numa pré-aceleração. São 90 dias de capacitação, mentoria e estreitamento de relacionamentos entre os participantes, para que possam amadurecer as ideias e chegar em produtos viáveis, que possam se transformar em negócios”, informou Emília.
A finalização está prevista para o dia 25 de janeiro de 2025, quando será realizado um Demoday (dia de demonstração à banca), em que todos os projetos serão avaliados e, entre eles, os três mais bem classificados serão premiados: 1º lugar com R$ 15 mil; 2º lugar com R$ 10 mil; e 3º lugar com R$ 5 mil. “Aí tem início a segunda etapa, que é a tração, em que os participantes já precisam estar formalizados”, disse a analista.
Emília explicou que o programa provoca e promove a interiorização da inovação, denominada regionalização da inovação. “Ela não fica concentrada só na Região Metropolitana. Inclusive a participação do programa foi aberta em todas as Regionais do Sebrae”, assinalou.
Segundo Osvaldo Lino Alves Júnior, analista de Inovação do Sebrae, são diversas temáticas, desde o Mínimo Produto Viável (MVP) até à validação da ideia para que estas sejam convertidas em um negócio que seja transformador para a bioeconomia do Cerrado. Osvaldo assinalou ainda que as propostas são focadas na melhoria de um processo ou em um novo produto ou serviço para promover o desenvolvimento sustentável do estado. “Vamos aliar os recursos naturais disponíveis a ideias novas para dar novos usos, alterar ou potencializar o uso desses recursos para promover negócios que sejam sustentáveis e que tragam lucro para os participantes”, afirmou.
O engenheiro agrônomo Uirá do Amaral, da cidade de Urutaí, comemora a oportunidade, que considera única, de participar do Inova Cerrado. “Vamos ver se a gente consegue consolidar essa ideia pequena e embrionária e lançar no mercado”, assinalou. Uirá explicou que sua proposta é para viabilizar uma rolha a partir do talo do buritizeiro. A planta é uma palmeira nativa do bioma Cerrado, mais comum nas veredas e brejos, com versatilidade sob o ponto de vista de uso.
“Nossa ideia é pegar um conhecimento ancestral, que já vem sendo implementado, e tentar gerar um produto comercial que possa estar atrelado ao bom uso dos recursos naturais e que, em tese, também tenha uma proposta ecológica interessante por ser biodegradável”, pontuou.
O pesquisador apontou também alguns gargalos da ideia ao afirmar que pretende viabilizar uma rolha e introduzir o produto como alternativa de uso em garrafas de vinho. “Existem outras possibilidades, mas pensamos no vinho regional, produzido no Cerrado, com uma identidade de rolha específica”, disse.
Uirá afirma acreditar na viabilidade do projeto, desde que consiga romper algumas dificuldades como produzir em larga escala, com preço atrativo, além de atender aos critérios de sanidade. “Sem gerar nenhum risco de contaminantes microbiológicos ou residuais para quem for ingerir essa bebida”, pontuou Uirá.
Rodrigo Zwetsch, coordenador de equipes de projetos e desenvolvedor das metodologias da Beta.i, aceleradora do programa contratada pelo Sebrae Nacional, ressaltou a importância de os participantes entenderem que cabe a eles também a responsabilidade de trabalharem as ideias neste grupo. Além disso, de entender o que são essas metodologias que estão sendo trabalhadas, evoluir e levar isso para o ecossistema.
O coordenador chama a atenção para o fato de que os participantes estão tendo oportunidade de ocupar espaços de outras pessoas que se candidataram e não puderam estar. “Acredito genuinamente que agora chegou o momento de eles aprenderem, evoluírem e entenderem que vão passar por momentos de mentoria e capacitação, que não podem esperar que esses mentores façam o trabalho por eles e que sim ajudem a refletir, a tirar da zona de conforto, para que possam pensar de maneira mais disruptiva para achar soluções criativas”, pontuou.
Rodrigo afirmou ainda que o processo de mentoria é muito mais do que uma instrução. “Na verdade é um processo de colaboração, de pensar junto, de ajudar as ideias a serem construídas de maneira mais criativa”, disse. Ele ressaltou que é importante que os participantes entendam que pode ser um processo doloroso, mas ao mesmo tempo prazeroso e que eles estão construindo um conteúdo bacana para poder levar isso para suas regiões, para suas localidades.
O consultor assinalou também que o trabalho não acaba aqui, e é só uma etapa simples. “A gente espera que muitos deles, ao longo do processo, pivotem suas ideias, mas que possam continuar, acima de tudo, a aprender novas ideias e aplicar de novo”, sublinhou.
Por fim, Rodrigo orientou que os participantes precisam entender, como coletivo, que há muito valor e conhecimento entre eles. “Nos próprios grupos há pessoas capazes de mentorar. Então a gente quer criar esse ambiente onde eles possam se ajudar e trabalhar nas ideias uns dos outros, porque elas podem ser complementares. Aí a gente está facilitando e abrindo caminhos e queimando etapas, criando um coletivo muito mais organizado, colaborativo e cooperativo”, afirmou.
Subsídio e apoio
O servidor da Gerência de Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Carlos Divino da Silva Alkmim, considera a inovação uma das coisas mais importantes do mercado. “Porque inovar é fazer algo novo ou melhorar algum processo, uma rotina. Isso traz benefícios para a comunidade e para o país”, afirmou. O servidor realça também a participação da Fapeg ao entrar em ação em uma fase muito importante, que é a atração. “Essa segunda fase em que o projeto já está em execução e precisa de um aporte financeiro, no qual a fundação entra com uma bolsa de R$ 6,5 mil”, informou.
Athos Ribeiro, coordenador de Inovação do Sebrae Goiás, apresentou as oportunidades do ecossistema goiano de inovação, desde o que tem de ambiente, fomento, laboratórios de prototipação, entre outros espaços de apoio à inovação. Em sua contribuição, Carlos Magno, especialista em Inovação do Hub Cerrado, apresentou a programação de eventos do ecossistema goiano. Constam da agenda a realização do Cerrado Talks, dia 30 de outubro, no Hub Cerrado. Nos dias 18 e 19 de novembro, o Coopys Party Summit terá como palco o Centro de Convenções da PUC Goiás. E de 27 de novembro a 1º de dezembro, o Campus Party Goiás, terá espaço no Shopping Passeio das Águas.
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