Rio Verde, no Sudoeste do estado, é o município pioneiro em Goiás com o lançamento do projeto Ecossistema Local de Inovação (ELI), realizado no auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Rio Verde (Acirv) na última terça-feira (16), o que significa uma oportunidade única para os envolvidos trabalharem juntos na promoção do desenvolvimento social, econômico e territorial da cidade. Evento se seguiu de dois workshops na quarta e quinta-feira (17 e 18).
A ação busca compreender, de maneira sistêmica, o ecossistema de inovação de um município ou de uma microrregião geográfica, ao considerar as vocações econômicas e o potencial tecnológico, buscando o desenvolvimento local sob a ótica da inovação. Para aumentar o grau de maturidade nesse sentido, o projeto busca ampliar a integração entre instituições, poder público e empresas no sentido de criar uma dinâmica de diálogo e cooperação coletiva.
Presente no evento, o líder da Comunidade Área 64 e sócio da PhD Sistemas e PhD Agro Gestão, Ricardo Castro, lembra que o ecossistema local de inovação trabalha a junção de entidades, governo, empresas e instituições de ensino, visando a que todos atuem em conjunto para que a inovação aconteça de forma mais natural. “E que venha uma cultura de inovação dentro das empresas e sociedade como um todo em Rio Verde”, reforça.
Para Ricardo, o projeto não significa exatamente inventar “coisas novas”, mas a ideia é melhorar o processo e agilizar certas ações que demoram a ser executadas. Conforme disse, a proposta do ELI é buscar um elo mais forte entre os envolvidos. “Propomos então uma proximidade maior dos atores dentro da sociedade e a comunicação mais fluida, o que aumentaria, por exemplo, o faturamento das empresas e propiciaria mais negócios entre governo, empresários e instituições, além de fomentar novas pesquisas e serviços prestados.”
Palestrante do evento, o especialista em difusão da inovação, engenheiro e consultor do Sebrae João Bosco Cabral observa que a inovação é uma tendência mundial no mundo dos negócios e no trabalho das entidades e instituições. Portanto, para que a inovação possa se consolidar e crescer de uma forma mais objetiva, clara e sustentável, o Sebrae desenvolveu essa metodologia pensando exatamente na integração. “É integrar todos os envolvidos, os chamados atores, para que tenham um pensamento único, através de um plano de ação a ser colocado em prática”, ressaltou.
Com o lançamento do ELI em Rio Verde, o especialista destaca que o município tem potencial para o projeto seguir adiante e trazer ainda mais resultados numa cidade em constante crescimento. Segundo João Bosco, o plano é beneficiar a sociedade de uma forma geral, ao lembrar que no processo de inovação, o pensamento é nas “hélices” que compõem uma cidade, estado ou país. É pensar que empresas, governos e instituições sejam mais fortes juntos, buscando que Rio Verde amanhã apareça no mapa da inovação do Brasil.
Pelo debate que presenciou na cidade com o lançamento da metodologia e a participação dos representantes envolvidos, João não tem dúvida da grande possibilidade de o sistema logo ser implantado e que funcione em Rio Verde, colocando o município em destaque.
Depois do lançamento do projeto, houveram dois workshops para estruturação do plano de ação do Ecossistema de Inovação nos dias 17 e 18 de julho. Já para o mês de agosto, estão programados mais dois. “Após essas etapas, sairemos com um plano de ação elaborado e governança definida”, destaca.
O consultor avisa que a etapa seguinte é promover o lançamento oficial. “Assim, é pôr a massa para trabalhar e fazer com que as coisas aconteçam.” Nesse processo, Bruno ressalta a importância da participação dos diferentes setores da sociedade. “Isso porque haverá ações amanhã em que o poder público precisa tomar a frente ou então a universidade deverá encampar ou o Sebrae agir”, afirmou, lembrando ainda que há as startups que chegam com ideias contribuindo nessa inovação.
Há o reconhecimento de que existe, pelo menos, um ecossistema implantado. No entanto, se não houver uma integração entre os atores, não haverá efetividade das ações, conforme explica a analista de Inovação do Sebrae Goiás, Emília Rosângela Pires. “Caso contrário, acontecem ações isoladas, e o objetivo não é alcançado, ou seja, o fortalecimento do ecossistema.”
A metodologia então chega para integrar os envolvidos e serve como um levantamento da maturidade a fim de ver as necessidades e analisar com o que cada ator pode contribuir. “Haverá um plano de ação, e os benefícios chegam futuramente com empregos qualificados, renda e atração de empresas, entre outras melhorias”, reforçou Emília.
Organizado pelo Sebrae e o município, o ecossistema conecta empreendedores, organizações públicas e privadas, instituições de ensino e pesquisa, ambientes de inovação e o governo. De maneira colaborativa, esses atores devem desenvolver ações que reforcem a inovação e a competitividade das empresas, aumentando a eficácia dos resultados.
Estiveram presentes no evento o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Denimarcio Borges, o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Rio Verde (Coderv), Angelo Landim Júnior, representantes do Sebrae, Senai, Universidade de Rio Verde (UniRV), Unibrás, Sest/Senat e Ceagre, entre outros.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463
Na Regional Sudoeste | Rio Verde: Valério Delfino / Agência Entremeios Comunicação – (64) 99211-9284
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