
O Sebrae Goiás sediou entre sexta (22) e sábado (23), o Go!Coop 3, maior desafio de inovação voltado para o cooperativismo goiano, em parceria com o Sistema OCB/GO. Equipes formadas por colaboradores, cooperados e dirigentes de coops goianas se dedicaram a encontrar soluções ousadas e criativas para impactarem positivamente cooperativas de Goiás.
O diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima, destacou a satisfação de receber os participantes do evento e a relevância da parceria com a OCB na construção de todas as pautas voltadas a fomentar o desenvolvimento das cooperativas goianas. “É uma iniciativa pioneira por parte das cooperativas e transformadora por parte do Sebrae. Nós acreditamos nesse propósito, porque são vários os projetos de inovação e de fomento à tecnologia que realizamos no escopo da nossa atuação”, afirmou.

Antônio Carlos ressaltou ainda a importância dessa união entre as duas instituições para apoiar a transformação nas cooperativas. “Já alcançamos um grande resultado e isso nos deixa entusiasmados e motivados”, assinalou.
O diretor superintendente abordou ainda o ambiente de transformação e inovação em Goiás e o quanto é oportuna a contribuição das equipes ao apresentarem soluções. “De uma maneira muito especial, todos vocês estão fazendo parte dessa história e serão, com toda certeza, protagonistas desse futuro que já chegou e que a gente realmente evidencia de forma cada vez mais presente e fortalecido dentro das nossas instituições”, arrematou.
O superintendente do Sistema OCB Goiás, Jubrair Gomes Caiado, destacou a importância da participação das equipes no Go!Coop 3, que irá despertar nos participantes interesse pela inovação. “Eles poderão apresentar algumas soluções para o nosso cooperativismo. A gente quer trazer sempre a cultura da inovação, despertar nos participantes o interesse para que possam ser multiplicadores dentro das cooperativas”, afirmou.
Jubrair ressaltou ainda a relevância da parceria com o Sebrae. “Isso só é possível pelo apoio e parceria que nós temos, por meio de um convênio. Temos feito vários eventos com as cooperativas nessa parceria estratégica”, frisou.

Ao informar que as equipes são de cooperativa de crédito, agropecuária e de saúde, como Sicoob Secovicred, Comigo, Unimed, Sicoob Credseguro, Sicoob Unicentro Br, Sicredi Planalto Central e Central Sicoob Uni, as dores apresentadas por elas são bem diferentes. “Mas eu posso afirmar que sempre vão ter dores em questões de atendimento a clientes ou nas internas relativas de processos e ainda, a exemplo de algumas agropecuárias, em relação à questão da sucessão”, apontou.
A analista de Inovação do Sebrae Goiás, Emília Pires Franco, que coordena o programa, detalhou que as 20 equipes desenvolverão os seus projetos, validarão e depois apresentarão para uma banca. As 15 melhores serão selecionadas para uma pré-aceleração de até dois meses e meio, conduzida pela TroposLab Aceleradora, quando receberão mentoria e capacitação. “Finalmente participarão de uma banca também para que as quatro melhores sejam premiadas com uma viagem em uma missão técnica nacional”, disse.

Emília pontuou ainda que várias cooperativas têm mais de uma equipe trabalhando. “A ideia é trazer soluções para desafios das cooperativas. Pelo fato de trabalharem nelas, os integrantes das equipes puderam identificar um problema ou mesmo uma oportunidade que eles podem aproveitar através de um projeto. Ele vai desenvolver a ideia desse projeto e submeter a uma banca”, assinalou.
Pedro Teixeira, da Troposlab Aceleradora, observou que, no primeiro momento, os grupos chegaram com uma ideia e o primeiro objetivo é levá-los à reflexão sobre o que eles sabem ou não sobre o problema que eles estão tratando como um todo. “Às vezes alguns estão bem apaixonados com a ideia. Meu grande objetivo nesse primeiro dia é fazer com que eles parem de se apaixonar pela própria solução e comecem a se apaixonar pelo problema que eles querem resolver, porque a solução pode e deve mudar ao longo dos dois dias e ao longo do programa como um todo”, pontuou.

Elizabeth Alcântara, consultora de Inovação pela Troposlab Aceleradora, assinalou que, para o segundo dia do evento, o pessoal chegou animado e engajado. “É interessante perceber que algumas equipes, de ontem para hoje, já mudaram um pouquinho, melhoraram algo, retrocederam, ficaram no meio do caminho, mas agora eles estão começando a entender que a ideia é entender o problema mesmo, de fato, para poder aplicar soluções viáveis ali no dia a dia deles”, avaliou.
A consultora avaliou o desempenho dos participantes e a expectativa positiva em relação às propostas. “Temos uma perspectiva de excelentes projetos, que vão gerar impacto direto no dia a dia, tanto dos cooperados, quanto das cooperativas. Tem cooperativos que estão pensando não apenas em si, mas em todo o ecossistema. Isso mostra o quanto eles estão engajados com o ecossistema, o que para o cooperativismo já é uma maravilha”, considerou.

Soluções e riscos
O segundo e último dia do evento começou com a apresentação do time de mentores, formado por Bruno Lyra, Ingrid Portela, Ludimila Ganzaroli, Rodrigo Sene, Ruan Ferreira, Fernando Aarão, João Fróes e Elisabete que vão apoiar os participantes no desenvolvimento das soluções.
Na sequência, os grupos puderam apresentar o problema proposto, ambiente e personagens, com aplicação de diversas ferramentas para montagem das soluções. Pontos relevantes que tratam das diferentes metodologias foram destacados para os participantes e a ida a campo, estruturada por meio de roteiros para a realização de entrevistas, com público interno ou externo. “Por isso, a gente recomenda que vocês vão a campo, para entender melhor o problema”, disse Pedro.
No decorrer do dia, os participantes tiveram oportunidade de avaliar se o problema levantado fazia sentido para o público-alvo. O resultado foi variável e algumas das equipes precisaram mudar o direcionamento da proposta ou validar de forma positiva idealizada.
O passo seguinte é a ideação, por meio da ferramenta Canvas, para organização das ideias, soluções e métricas chave, com indicadores para saber se o projeto está no direcionamento certo. Além disso, é abordado o impacto financeiro, de visibilidade ou social, e análise de riscos.
As equipes também foram orientadas para preparar os pitches, para o demo day, com os slides, roteiro e ensaios. “O momento de mostrar que vocês estiveram numa jornada empreendedora, investigando, criando, desenvolvendo e testando ideias que podem trazer impacto para mudar a cultura e o negócio”, pontuou Pedro.

Banca avaliadora
Após seguirem as orientações de Pedro para montagem das propostas, as equipes apresentaram os pitches à banca avaliadora formada por Jade Caiuá, líder de Inteligência de Negócios do HUB Goiás; Uaitã Pires, diretor de Operações e Negócios do HUB Cerrado; Kunihi Suga, coordenador de Tecnologia e Inovação no Senai Goiás; Rafael Sôffa, cientista social, gestor na GoiásFomento; e Renata Rauta PetarlY, professora da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)
Em sua avaliação, Jade Caiuá, líder de Inteligência de Negócios do HUB Goiás, disse que o projeto Go!Coop 3 é uma iniciativa muito importante, principalmente para quem está dentro das cooperativas poder ter esse espaço de integração. Para ela, é um estímulo para que eles entendam que a inovação e o cooperativismo podem andar juntos.
“Eu acho que essas dinâmicas de ideathon são muito boas, até porque essa troca de experiência entre as equipes engaja muito mais. Eu tenho certeza que, a partir dessa competição, eles podem ter outras ideias, amadurecer as próprias ideias e replicá-las para outros lugares. É uma iniciativa extremamente importante, não só a caminhada deles enquanto cooperados, mas também da cooperativa como uma forma de engajamento de pertencimento dentro da cooperação”, resumiu Jade.
Para Uaitã Pires, diretor de Operações e Negócios do HUB Cerrado, as equipes chegaram muito maduras. “Por mais que seja um programa de ideia, elas chegaram com problemas muito bem embasados, olhando muito para como melhorar o impacto das cooperativas, para gerar valor para o cooperado, gerar valor para os clientes e como atuar em problemas sociais. Isso é uma maturidade bacana de ser vista”, destacou.

Experiência
Entre as equipes selecionadas para a próxima etapa do projeto, que tem a final prevista para o mês de novembro, o projeto da equipe Reciclar-se apresentou um olhar diferenciado dos outros grupos, em que o foco é o cuidado com a saúde emocional das pessoas que trabalham na coleta e separação de recicláveis. O grupo é formado pelos cooperados do Sicoob Unicentro BR Danilo Mattos, psicanalista Clínico e a arquiteta de Soluções Luiza Vieira Borges Alves, e a analista Pleno de Controles Internos da unidade, Ana Carolina Silva Borges.
Para Danilo, que falou pelo grupo, ficar entre as equipes selecionadas foi um resultado recebido com alegria e surpresa. “Foi uma notícia maravilhosa. Nosso projeto visa cuidar de quem cuida do planeta para nós, dando visibilidade a eles com carinho. É uma emoção muito grande, porque eles também precisam ser vistos”, destacou.
Danilo entende que “assim como eles cuidam do nosso lixo, também carregam uma dor muito grande e a gente não consegue olhar. O Reciclar-se vem aqui com essa ideia, cuidar deles com amor, com carinho para que eles também se sintam acolhidos e pertencentes à sociedade, pois o trabalho deles é extremamente importante para a gente”, salientou.
Equipes classificadas:
3 F’S
Quali Bot (Unimed Goiânia)
Mind HUB DATA
Inova Tech – Inadimplência
CoopImob – Gestão de Imóveis
ECOOPO
GRN
Meraki
Força “Somos Coop”
Planeja – Agro
Cooperadinhos
Ciclo Verde
Reciclar-se
Conecta+
ClimaCOOP
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