A expansão da energia fotovoltaica em Goiás tem projetado o estado como um dos pioneiros do país em debates e regulamentações do setor. A diversificação da matriz energética para a independência de fontes não renováveis, como termoelétricas, carvão e o petróleo, estimulou uma série de ações do Sebrae Goiás para capacitar empresários que atuam na instalação direta de painéis solares.
Nesta quarta-feira (03), a instituição sediou em Goiânia o segundo encontro do Solar Talks, atividade do Programa Goiás Solar (integrante do Sebrae Energia) que tem como objetivo conectar empresários do segmento de energia solar com tendências e cenários relevantes para o setor.
O evento debateu as normas e regulamentos que impactam significativamente as empresas do ramo, especialmente em relação à Norma 44 publicada pelo Corpo de Bombeiros em Goiás em outubro de 2023. A normativa afetou as regras do projeto e entrega dos sistemas de instalação solar fotovoltaica. O evento também contou com a participação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO).
A energia fotovoltaica é uma fonte de energia renovável que tem ganhado destaque devido ao seu potencial sustentável e econômico. Ela é gerada a partir da conversão da luz solar em eletricidade por meio de painéis solares.
Trilha de desenvolvimento
De acordo com a analista técnica e gestora do Sebrae Vera Lúcia Elias de Oliveira, Goiás possui um grande potencial para a geração de energia solar devido à sua localização geográfica e alta incidência de radiação. Por isso, o setor tem expandido sua atividade com abertura de novos negócios. “Esse debate é uma iniciativa muito importante para conectar os empresários do setor de energia solar com oportunidades de desenvolvimento. Estamos trilhando uma jornada para atualizar e preparar esses empresários para as exigências do mercado e as normativas, como a Norma 44”, destaca.
Uma empresa de instalação de energia fotovoltaica é responsável por projetar, fornecer e instalar sistemas de energia solar em residências, empresas, indústrias e empreendimentos diversos. “Essas empresas desempenham um papel fundamental na promoção da energia limpa e sustentável, auxiliando clientes interessados em reduzir custos com energia elétrica, diminuir sua pegada ambiental e contribuir para um futuro mais sustentável”, acrescentou Vera.
O engenheiro elétrico Gustavo Ribeiro Lacerda fundou, em 2016, em Rio Verde, no Sudoeste Goiano, a Automassol Engenharia, especializada no mercado de energia solar. Gustavo integra o grupo de empresários participantes da jornada encabeçada pelo Sebrae Goiás, e que vai promover orientações e consultorias a partir da temática. O engenheiro participou do debate, e acredita que a normativa do Corpo de Bombeiros é crucial para garantir a segurança dos clientes finais e a qualidade dos serviços prestados pelas empresas do setor.
“É interessante ver a preocupação com a profissionalização do mercado de energia solar e a necessidade de regulamentação e fiscalização adequadas. A iniciativa do Sebrae em trazer o Corpo de Bombeiros para discutir essa normativa é muito positiva, pois ajuda as empresas a se manterem atualizadas e em conformidade com as regulamentações vigentes”, completou Gustavo.
Debate
O analista de Fiscalização do Crea-GO, Thiago Garcia Cândido, iniciou a discussão apresentando o trabalho que a autarquia federal de fiscalização tem realizado para a educação e atualização dos profissionais que atuam no segmento. A ideia é garantir a segurança e conformidade das instalações fotovoltaicas. “Temos atuado na fiscalização da atividade profissional, tanto na identificação da falta de profissionais quanto na verificação de irregularidades. Nosso compromisso é garantir a qualidade e segurança das atividades desenvolvidas pelos profissionais da área”, explicou.
O Corpo de Bombeiros de Goiás teve participação ímpar ao apresentar a nova norma, que estabelece requisitos para empresas interessadas na instalação de energia solar em território goiano. O primeiro-tenente João Paulo do Carmo Cotrim, analista de projetos no Comando de Atividade Técnica da instituição, compartilhou importantes detalhes sobre as mudanças e seu impacto. “Essa abordagem colaborativa visa preparar as empresas para se adequarem às exigências da norma e promover um ambiente seguro e em conformidade nos projetos de energia solar em Goiás”, disse.
A fiscalização efetiva da normativa, de acordo com Cotrim, entrará em vigor daqui a um ano. Nesse ínterim, as empresas terão um período educativo, durante o qual serão informadas sobre possíveis inadequações em seus sistemas. Até o prazo estabelecido, não serão emitidas notificações ou acarretadas perdas de certificados às empresas.
Após o debate, os empresários também participaram de uma oficina, conduzida pelo consultor do Sebrae Marcos Felício, sobre a importância do investimento em gestão estratégica, marketing, mídias digitais e indicadores de desempenho.
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INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
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Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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