É da fabricação e comercialização da tapioca, uma quitanda feita do polvilho da mandioca, que dona Marineide de Jesus Aroucha Costa tira todo o sustento da família. A comerciante iniciou a fabricação em 2012, vendia de porta em porta para pagar as despesas com a escola dos filhos. A empresa é basicamente familiar, no entanto ela contrata mão de obra temporária nos fins de semana e períodos de festas no município quando tem um crescimento considerável da demanda. Atualmente Dona Marineide tem uma lanchonete localizada no centro da cidade, onde atende de segunda a sexta-feira e conta com cardápio amplo, com cerca de 30 sabores diferentes.
Já o casal de empresários Rayane e Humberto abriu na cidade há cinco anos uma empresa de laticínios e carnes defumadas. O empório, que também fica na região central da cidade, destina-se à venda de produtos da fazenda com produção própria natural – queijos, ovos, doces, geleias, pimenta, mel e embutidos. Nos fins de semana, serve no local comida caseira, tendo como ingrediente principal carnes defumadas.
A empresa, aberta no início de forma virtual, cresceu, e o casal viu a necessidade de melhorar a qualidade dos produtos. Rayane fez consultorias junto ao Sebrae Goiás nas áreas financeira e administrativa. Na parte de rotulação, a queijaria foi a primeira a adquirir o Selo de Inspeção Municipal em Niquelândia (SIM). “O apoio do Sebrae foi muito importante para o crescimento da nossa empresa”, afirmou Rayane Guimarães.
Tanto Rayane quanto Marineide de Jesus estavam entre os 28 empreendedores do setor da alimentação que participaram no último fim de semana, de 7 a 9 de setembro, da terceira edição do Festival Gastronômico Josephina’s Comida de Tradição, realizado na cidade de Niquelândia, região Norte de Goiás, que fica a 306 quilômetros de Goiânia. A cidade é conhecida principalmente pela exploração do níquel e atrações naturais.
O evento
O evento foi organizado pela Associação Comercial e Industrial do município (Acin), em parceria com o governo de Goiás, por meio do Programa Goyazes. A iniciativa visa ao fomento do comércio, gerenciado pela Secretaria de Estado da Cultura, que tem diversas parcerias com instituições, entre elas o Sebrae.
No cardápio do festival, a autenticidade da culinária local foi destaque, com sabores que foram desde as rapaduras de colher, até o frescor do “Eldorado com baru e calda de manga”. Cada prato conta uma história, como os Quebradores Josephinas, os Combinadinhos da Serra da Mesa e a tradicional Paçoca de Senzala. Além de deliciar paladares, o evento teve ainda o objetivo de celebrar a herança culinária e a identidade da região.
A presidente da ACIN, Fernanda Rodrigues Melo, destacou a importância da tradição do evento que chegou em sua terceira edição. “O Festival Gastronômico nasceu nas reuniões da Associação Comercial e ganhou força nos encontros do Projeto LIDER, de iniciativa do Sebrae junto às representações dos diversos setores da região, tendo como finalidade o desenvolvimento do Norte Goiano”, lembrou.
“O festival gastronômico tem a importante função de fortalecer o turismo e a cultura da região, mediante o potencial que temos nesses setores aqui no Norte Goiano. Ocorre uma sequência de ações que tem trazido experiência e estamos prontos para levar este festival para toda a Região Norte de Goiás”, afirmou. Segundo ela, trabalham com o a ideia de criar um circuito gastronômico, visando realizar o festival nos municípios que manifestarem o interesse de ter o evento. “Podemos aqui nesse processo presenciar o constante e notável crescimento do festival em Niquelândia, desde a realização da primeira edição”, acrescentou Fernanda Melo.
Além dos 28 estabelecimentos da Praça de Alimentação, três cooperativas da agricultura familiar instalaram estandes na Praça da Matriz da Paróquia São José, totalizando 31 espaços para comercialização e exposição de produtos. Na vitrine de inovações, oportunidade de experimentar guloseimas veganas e o queijo feito com leite de baru, extraído da castanha desse produto típico do Cerrado.
Dona Marineide de Jesus garante que o retorno deste ano foi ainda melhor em comparação aos anteriores. “Este é o segundo ano que participo, no ano passado já foi muito bom e nesse ano vendemos bem mais”, afirmou a dona da Casa da Tapioca de Niquelândia.
Mas não foram apenas os estabelecimentos da Praça de Alimentação que faturam alto no Festival Gastronômico. Daniela Souza, que fabrica bolsas e utensílios para enxovais personalizados, comemorou a primeira participação no evento. “Começamos esse negócio em 2018 e na época revendíamos os produtos. Fiz cursos e aprendi a fabricar minhas próprias mercadorias. Com o apoio da Acin e do Sebrae abri minha empresa e gero emprego para mais três pessoas. Meu esposo trabalhava de mecânico industrial e pediu demissão da empresa se dedicar aos nossos negócios”, relatou. “No festival vendemos bem e muitas pessoas que ainda não conheciam nosso trabalho visitaram a barraca. Com certeza no próximo ano estaremos aqui novamente”, garantiu Daniela.
Informações para a imprensa
Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491
Na Regional Norte | Porangatu: Agência Entremeios Comunicação / Pedro Gomes – (62) 98527-0246
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