O universo de startups foi destaque, no último sábado (16), em todo o território brasileiro com o Startup Day. O evento, realizado pelo Sebrae Nacional, aconteceu em 178 municípios, em todos os estados do país. Em Goiás, as cidades realizadoras do evento foram Goiânia, na sede do Sebrae, Rio Verde, no Sudoeste do estado, e Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Em sua décima edição, o Startup Day não apenas promoveu conexões valiosas, mas também ofereceu insights inspiradores e oportunidades de networking em um ambiente repleto de energia empreendedora.
Os encontros em Goiás foram realizados em parcerias com grandes nomes do empreendedorismo e da inovação do estado. Em Goiânia, os parceiros do Sebrae foram o Black Star, o Hub Goiás, Startup GO, Mulheres GO, Startups Porto Digital e Join Community, e o evento reuniu cerca de 100 participantes. Em Rio Verde, a parceria ficou por conta do IFGoiano, Ceagre, IF4Business e Área 64, com 50 participantes. E em Formosa, o evento reuniu 160 participantes, e o Sebrae teve apoio de IESGO, UEG e IFG.
Segundo Athos Ribeiro, coordenador de Inovação do Sebrae Goiás, os encontros aconteceram de forma paralela em todas as regiões do Brasil, com o mesmo objetivo de celebrar a conexão da instituição com os seus diversos parceiros e com o foco em colocar as startups no protagonismo, no centro das discussões nesse dia. “Hoje o dia foi dedicado a trazer um pouco de discussão sobre o ambiente de startups, casos de sucesso, produtos e serviços do Sebrae e parceiros destinados ao desenvolvimento desses projetos”, explicou ele.
O coordenador lembrou ainda que o objetivo principal é de fato trazer luz para esses modelos de negócio considerando não só atuação do Sebrae, mas os diversos parceiros do ecossistema de inovação local. O superintendente de Inovação do Hub Goiás, Johnny Laranjeira, também esteve presente no evento e destacou a importância da inciativa para esse universo empreendedor.
Segundo ele, o Startup Day se faz muito importante para o ecossistema justamente pelo movimento de conexão que é feito durante o dia. “Então a gente teve aqui várias trocas de experiências, startups que vieram para cá e estão perguntando como é que se desenvolvem os frameworks, ou quem já tem e já teve sucesso. Todo esse movimento é necessário para o desenvolvimento dessas startups”, diz ele.
Share de 98% no Brasil
Elze Neto, head de Inteligência Artificial da Cilia Tecnologia, foi um dos palestrantes do evento de Goiânia com um case de sucesso. Ele contou sobre o desenvolvimento da empresa na qual faz parte, 100% goiana, e como ela conseguiu alcançar um mercado de 98% do território nacional, algo que antes via como impossível de ser atingido. “Estávamos nesse mercado automotivo e identificamos uma necessidade de tecnologias e de mudanças e começamos com ideias. Fomos tentando bater de porta em porta com essas ideias para conseguir investidores e parceiros”, disse.
Elze contou que teve muitas “portas na cara” e muitos momentos de dificuldade, em que todos os desenvolvedores falaram que não acreditavam na ideia. “Mas resolvemos insistir mesmo assim com aqueles que decidiram ficar, e hoje a gente atingiu investimentos de R$ 110 milhões no ano anterior, e também atingimos a marca de 98% do mercado com todas as grandes seguradoras, exceto o grupo Porto Seguro”, conta ele.
Outro caso de sucesso apresentado no evento foi do grupo Aliare pelo head de Operações do grupo, Leandro Xavier, que apresentou a trajetória de sucesso do Hub Conexa, que é um hub de inovação do Grupo Aliare. “Além de uma estrutura física para alocar pessoas, é também uma esteira de construção de novos negócios. Criamos um framework de desenvolvimento de negócios dentro do próprio hub, e hoje já temos oito negócios que saíram dessa esteira de desenvolvimento”, conta ele.
Segundo Leandro, o universo do agro é gigante de oportunidades, e a resistência geralmente acontece só na ponta, com o produtor. “E isso ainda depende do nível de maturidade, tem produtores mais tradicionais que a gente ainda tem dificuldades de acessar, mas já tem aqueles mais abertos para tecnologia. De qualquer forma, o nosso negócio atende praticamente toda a cadeia do agronegócio. Então tem produto para distribuição, cooperativas, para a indústria de máquinas e equipamentos… É uma gama muito grande de soluções”, completou.
Dificuldades compartilhadas
Durante a programação na capital goiana, os participantes do Startup Day também tiveram um momento dedicado para falar sobre as dificuldades que os empreendedores do universo de tecnologia enfrentam ao decidirem empreender. Com o painel “Chorando as Pitangas” foi possível ouvir histórias reais de pessoas que passaram por dificuldades, mas ainda assim conseguiram se destacar no meio profissional.
Foi o caso da engenheira de Requisitos Gisely Oliveira, que mudou totalmente a carreira há cinco anos e se viu perdida no universo empreendedor. “Me vi sem rumo, eu tinha o conhecimento de empreendedorismo, mas não era suficiente para conseguir trilhar um caminho. Foi no Sebrae que me senti abraçada com projetos de tecnologia e inovação. Então foi no Startup Day de 2019, se eu não me engano, que recebi minha primeira proposta de trabalhar com tecnologia e com inovação, que foi na secretaria de Tecnologia aqui do estado”, relembrou.
Gisely conta que essa parte de empreender sempre fez parte de sua essência, só que mudar carreira e voltar não foi tarefa fácil. “Então, não só o Sebrae como empresa, mas as pessoas da instituição sempre me abraçaram. Na época foi com a BPW, depois com a secretaria, com os eventos de startup com parceria com o Sebrae, que vi que eu podia mudar a minha carreira e que tinha mercado para isso”, contou.
A especialista pontuou ainda que a sociedade impõe que a mulher não seja criada para ir para a área de inovação. “Ninguém nunca ensinou a gente, mas quando eu cheguei lá e quando eu estou trilhando esse caminho, falo assim: ‘pode vir, você vai ter o apoio’. Então acho que parceiros e as comunidades são fundamentais nessa transição, tanto para quem é empreendedor e para quem está transitando de carreira”, acredita ela.
Experiências
A empreendedora Juliana Toledo, que trabalha com marketing digital e é dona de startup foi uma das participantes do evento. Atenta a toda programação, ela contou que achou muito interessante mostrar o lado das dificuldades para os empresários. “Esse painel do ‘Chorando as Pitangas’ permitiu que aprendêssemos com os erros de quem já trilhou esses caminhos”, avaliou. Ju Toledo, como é conhecida no meio empreendedor, pontuou a importância do evento para as conexões. “Encontrei algumas pessoas que eu já conhecia e conheci outras aqui também. Quando se trata de startups, a gente precisa de time de pessoas, precisamos dessa conexão tanto para incrementar nossa ideia quanto fazer a ideia se tornar produto na realidade”, acredita ela.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.
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