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A produtividade dos negócios está muito relacionada à inovação, que deixou de ser diferencial competitivo e se tornou essencial para o sucesso das empresas. O Brasil ocupa a 49ª posição no ranking do Índice Global de Inovação (IGI) em um total de 153 mapeados. Para alinhar os conceitos de produtividade e inovação, cem empresários de Goiânia se reuniram no auditório da sede do Sebrae Goiás e participaram das etapas 3 e 4 do Encontro ALI Produtividade do Programa Brasil Mais. O evento aconteceu na noite desta quinta-feira (12) e contou com palestras sobre produtividade e inovação, atividade com empresários e pitches (apresentação em curto espaço de tempo).
Os consultores seniores do ALI Produtividade Bill Walace e Ludmila Ganzarolli conduziram os trabalhos com os grupos e ministraram uma palestra sobre a importância dessas duas bases, a produtividade e a inovação para os empreendedores participantes, que também inclui a Inteligência Artificial (IA) nos negócios. “A empresa que não está atenta às inovações, tecnologias e ferramentas para ajudar na tomada de decisões do dia a dia infelizmente serão ultrapassadas pelas empresas que estão preparadas para esse mundo”, afirmou Bill.
Ludmila também reforçou que a IA, que para muitos parece de outro mundo, já faz parte de vários processos em empresas que buscam evoluir no mercado. Ela lembra que a produtividade impacta diretamente na redução dos custos. “Fazer mais com menos, com mais agilidade, elevar o patamar de qualidade nos processos e, ao fim do mês, perceber que as ações implementadas podem trazer cada vez mais lucro para os empreendimentos”, frisou.
O ALI Produtividade possui oito etapas. Na primeira, o Agente Local de Inovação (ALI) vai até a empresa e faz um diagnóstico do que pode ser melhorado ou onde está a dor de cada empresa. Em um segundo momento, é montado um plano de ação com encontros individuais e personalizados. A terceira e quarta etapa são coletivas, em que a produtividade e a inovação são os temas centrais e empresários e ALIs, em grupos, discutem os problemas, encontram possíveis soluções, elaboram um protótipo e apresentam os pitches.
O consultor Bill ressaltou a importância do networking nessa fase, já que é a primeira vez em que os empresários do ciclo se encontram e desenvolvem dinâmicas de conhecimento. Segundo Ludmila, é o momento de mão na massa mesmo, em que o grupo troca ideias e experiências de mercado e buscam soluções para problemas e, com apoio dos agentes, colocam no papel o que encontraram de dificuldades, pensam em soluções viáveis e apresentam o resultado a todos presentes. “É uma troca muito rica porque contribui não só para enxergar o que está travando uma empresa como traz sugestões de mudança”, analisou Ludmila.
Rosene Alves, uma das empresárias que participam desse ciclo, possui uma drogaria está no ramo fármaco há nove anos. Ela contou que a principal dor do negócio sempre foi o atendimento. Com a presença do agente local inovação foi possível fazer um diagnóstico de como melhorar a qualidade do atendimento com uma ação com cliente oculto. “O resultado, que pode ser claro para alguns, muitas vezes não é para quem está no negócio, e percebi que meus colaboradores precisavam de um treinamento específico para atender os mais diferenciados tipos de clientes, e já estamos modelando de que forma será esse treinamento. Estou muito satisfeita e empolgada com o diagnóstico e a resolução desse problema”, enfatizou.
O analista do Sebrae Goiás Bruno Lyra avaliou o encontro como um momento de aprendizado, de compartilhamento de experiências. “Quem participou com certeza saiu daqui com novas perspectivas para o futuro de cada negócio presente”, disse. O analista apresentou alguns números que mostraram o impacto do Programa Mais Produtivo ALI Produtividade, que é gratuito. “Neste ciclo estamos com 2.230 empresas, sendo que 1.464 já concluíram e 457 estão em atendimento”, disse. De acordo com Bruno, as empresas que já finalizaram o ciclo aumentaram em 19,2% a produtividade e em 11% o faturamento.
A primeira fase do ALI Produtividade consiste em diagnosticar o perfil de inovação empresarial, a segunda, encontros individuais e personalizados, em seguida reuniões empresariais coletivas e mapeamento das dificuldades do negócio. As outras etapas do Programa são conhecer consultorias especializadas opcionais, desenvolver e implantar soluções, mensurar os indicadores da empresa e, por último, acompanhar a finalização do programa.
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