A startup XR Seeds surgiu por conta de uma demanda de mercado, quando alguns profissionais em Rio Verde, na Regional Sudoeste, observaram que o processo de avaliação da qualidade da semente poderia ser aperfeiçoado. Eles perceberem que o trabalho é feito de forma muito manual.
No momento em que a semente é colhida, há algumas avaliações para determinar a germinação e o vigor, por exemplo, a fim de que ela seja armazenada. O sócio-fundador e CEO da startup, Arthur Almeida Rodrigues, explica que, com o passar do tempo, a semente perde qualidade, algo que é normal. “E os agricultores as armazenam em galpões refrigerados para minimizar essa perda e, assim, vão acompanhando a qualidade delas”, diz, lembrando que essas avaliações são tradicionais.
Agora, a XR Seeds criou alguns padrões de avaliação de qualidade por imagem, com uso da Inteligência Artificial (IA). “Por exemplo, na semente de milho, é possível analisar a qualidade física com o uso de imagens de raio-X. A IA identifica se a semente está infestada ou não. Enfim, verifica se existe algum dano”, explica.
No caso das sementes de algodão, Arthur afirma que os especialistas calculam a porcentagem de preenchimento e a existência de dano mecânico ou não. “Ao utilizar o próprio celular, por exemplo, por meio de um aplicativo, a pessoa consegue tirar uma foto do teste de tetrazólio e, de forma automatizada, determina os padrões de qualidade nas forrageiras (sementes de capim).”
Como público-alvo, a startup atende diversas empresas sementeiras existentes no país que comercializarão os produtos para o produtor rural. Os clientes são de empresas de Goiás, Mato Grosso, Bahia, entre outros estados.
O resultado benéfico de aplicar tecnologia e inteligência artificial para a análise das sementes é a possibilidade de automatizar o processo, o que traz como consequência mais confiabilidade no resultado, segundo Arthur. “Quando utiliza a IA, na hora de a empresa comercializar a semente, ela entregará mais alguns parâmetros de qualidade que são menos subjetivos. Logo, menos propensos ao erro”, afirma.
Conforme o CEO, esse processo permite uma rastreabilidade maior e garante imagens e dados quantitativos e qualitativos, o que possibilita que a sementeira entregue um produto de maior qualidade e confiabilidade ao produtor. “São mais alguns parâmetros que a sementeira irá entregar”, diz.
Aliás, o especialista observa que a atividade de comercialização das sementes ganhou maior concorrência com o passar do tempo. “Portanto, as empresas buscam bastante a tecnologia, visando um diferencial no seu público-alvo que é o produtor”, completa.
A XR-Seeds foi fundada em 2020 e incubada dentro do Instituto Federal Goiano (IF Goiano – Campus Rio Verde). A incubadora do instituto – “IF for Business” – é uma estrutura de incentivo à formação de empreendedores em áreas compatíveis com as atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação.
A startup concentra uma estrutura de laboratório de sementes e, juntamente com Arthur Almeida Rodrigues, é formada pelos sócios-proprietários Douglas Almeida Rodrigues (diretor de pesquisa) e Cássia Lino Rodrigues (diretora de tecnologia e marketing). Além disso, a empresa conta com a atuação dos colaboradores.
Projetos para fomentar e desenvolver tecnologias
A XR Seeds já foi contemplada com diversas ações de transferência de tecnologia para o mercado. Como exemplo, a startup obteve aprovação de verbas nas chamadas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) – Programa Centelha 2ª edição – com um aporte de R$ 60 mil em recursos financeiros e mais R$ 26 mil em bolsas. Segundo Arthur, os recursos foram essenciais para o desenvolvimento do modelo de negócio da empresa e o registro da marca. “E, consequentemente, resultaram num aumento significativo no faturamento das startups”, frisa.
Para completar, a empresa de tecnologia foi aprovada na chamada Catalisa ICT, em 2022, projeto de iniciativa do Sebrae em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), proporcionando então um aporte de R$ 150 mil.
O Catalisa ICT objetiva acelerar e fomentar negócios inovadores de base tecnológica. “Durante esse processo, realizamos treinamentos e promovemos networking. Isso resultou na criação de um software de avaliação automatizada das sementes infestadas por pragas, utilizando inteligência artificial e análise de imagens”, explica.
Inclusive, Arthur lembra que o software já está disponível no mercado, o que ajuda na tomada de decisões, ao avaliar sementes de milho infestadas. “Ainda pelo Catalisa ICT, organizado pelo Sebrae e parceiros, fomos aprovados com um aporte financeiro de R$ 117 mil em 2024”, afirma.
A startup também obteve aprovação no edital RHAE do CNPq, com um aporte de R$ 200 mil em bolsas para o desenvolvimento de novos processos tecnológicos de P&D. “Graças ao recurso, estamos desenvolvendo um aplicativo que avalia a qualidade das sementes de forrageiras por meio de imagens RGB”. Já pelo programa da Fapeg e Finep (Tecnova III), a empresa conseguiu aporte superior a R$ 500 mil.”
Por fim, neste ano, a XR Seeds recebeu uma premiação da Fapeg como empresa ou organização do terceiro setor em destaque na parte de inovação, além de ter sido reconhecida pelo Sebrae Goiás no edital “Mulheres de Negócios”, dentro da categoria “Ciência e Tecnologia”. “Sem contar que nossa startup recebeu um prêmio da Financiadora de Estudo e Projetos (Finep) – empresa pública de fomento – no programa ‘Mulheres Inovadoras 2024’”.
Segundo o especialista, a parte dos editais é muito importante para a startup no Brasil, por conta de elas serem uma fonte de fomento no desenvolvimento de tecnologias, e até mesmo, para dedicação dos sócios.
SERVIÇOS
XR Seeds
Instagram: @xrseeds
Site : xrseeds.com
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106
Na Regional Sudoeste | Rio Verde: Valério Delfino / Agência Entremeios Comunicação – (64) 99211-9284
Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.
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