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Goiânia é uma das mais jovens capitais do país. Nesse 24 de outubro, goianienses e muitos que escolheram aqui viver comemoram os 91 anos da cidade que não para de crescer e possui uma cultura rica e variada. E para comemorar essa data especial, nada melhor do que falar de um dos símbolos de resistência mais queridos que abriga pequenos negócios: o Mercado Municipal de Goiânia. Com 80 lojas em funcionamento e uma gama de produtos diferentes, o espaço foi inaugurado em 1950 ainda no Parthenon Center e, desde 1986, funciona na Rua 3, no Centro.
Ao comemorar os 91 anos da capital goiana, o Sebrae Goiás mostra que os pequenos negócios sempre tiveram força na economia e fazem parte da história e de todos aqueles empreendedores que se desenvolveram para a construção da cidade e do comércio local.
O mercado é muito mais do que um simples local de compras. Ele é um retrato vivo da história da cidade, um ponto de encontro de sabores, aromas e tradições. Ao longo dos 74 anos de existência, o local nunca perdeu a essência e lá é possível encontrar de tudo. Licores, cachaças, queijos, doces variados, castanhas a granel, produtos naturais e de raizeiros, chapéus, botas, roupas, frutas, verduras, artesanato, cestarias, panelas, carnes e muito mais.
Para o presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Municipal, Mário Magalhães Ribeiro Júnior, o mercado abriga uma concentração de pequenos negócios que se mantêm firmes e fortes ao longo dos anos, e cada espaço possui uma história. A loja dele, a Geraldo Produtos Naturais, era do avô Geraldo Ribeiro (que formou 11 filhos com o pequeno negócio) e do Tio Edvaldo Ribeiro. Com o falecimento dos dois, Márcio assumiu o negócio com 22 anos, há também 22 anos. “São histórias de várias gerações que se dedicam e buscam no mercado uma oportunidade de construir um futuro melhor”, explica.
Seiva de Jatobá, óleo de coco babaçu, conservas, cachaças, licores e castanhas a granel são os produtos mais procurados na loja do Márcio. “Comercializamos muitos produtos que só quem é de fora de Goiás utiliza, como a seiva de jatobá e o óleo de coco de babaçu, mas tentamos agradar todos os públicos e fazer daqui o nosso sustento com clientes fiéis e turistas”, afirma.
Mais do que um mercado
O Mercado Municipal de Goiânia é muito mais do que um simples ponto de venda. Ele é um patrimônio cultural e econômico da cidade. É espaço de convivência, onde as pessoas se encontram para conversar, fazer compras e saborear um bom prato (as famosas empadas, por exemplo). É também um lugar onde a tradição e o passado se encontram com o presente.
Além de ser um importante ponto turístico, o Mercado Municipal também desempenha um papel fundamental na economia local. Os pequenos negócios que todos eles realizam geram lucros e renda, contribuindo para o desenvolvimento da cidade. São histórias de superação, de trabalho duro e de muito amor pelo que fazem.
Seu José de Tadeu Uchoa veio de Boa Viagem, no Ceará, e desde que chegou, em 1968, montou seu negócio no mercado: a Casa de Carne do Delegado. É a única, segundo ele, que vende carne fresca de javali, paca, cabrito e a mais vendida, a de carneiro. Ele conta que tem clientes de todos os lugares da cidade que encomendam as carnes e vêm até o centro para comprar por conta da qualidade e do preço justo. “Não tenho coragem de jogar o preço lá em cima não. Vendo pelo que vale e o meu fornecedor vem semanalmente me trazer as peças que foram encomendadas”, salienta o açougueiro de carnes exóticas.
Thiago Gonçalves é outro comerciante que herdou da família a loja de 67 anos que tem como carro chefe as ervas para chimarrão e os canivetes. Mas lá é possível encontrar desde cuia para chimarrão a fluido para isqueiros HIT e fumo de corda. O dono explica que os rolos do produto chegam de vários locais de Goiás, como Caçu, Nova Veneza, Piracanjuba e também de Arapiraca, em Alagoas. O ponto, segundo Thiago, é importante para visibilidade dos produtos e que muitas pessoas vão para conhecer e passear e acabam comprando uma coisa ou outra.
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