
A sustentabilidade deixou de ser um diferencial e passou a ocupar o centro das decisões estratégicas de grandes empresas no Brasil. Em um cenário de crescente pressão por responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG), líderes corporativos estão revendo os modelos de negócio e incorporando práticas sustentáveis como parte essencial da geração de valor. Este foi o foco do Eco Connect Business – Raízes, realizado de 12 a 14/09 no Edifício Rizzo Plaza pela Associação Comercial e Empresarial de Goiânia (Aceg), que reuniu empresários, investidores, especialistas e autoridades para discutir o assunto.
Durante três dias palestrantes apresentaram e discutiram os pilares do ESG. O encontro teve o apoio do Sebrae Goiás, que participou da abertura oficial e do painel magno com o tema “Como unir sustentabilidade, inovação e governança para gerar impacto real e moldar o futuro dos negócios e da sociedade”. O painel contou com a participação da especialista e consultora do Sebrae Goiás Michele Swistalski, que falou sobre “Por que sustentabilidade é o novo ROI (Retorno sobre Investimento)”, da vereadora Aava Santiago, de Maris Tavares, do Instituto Moda Regenerativa, e do CEO e advogado Godofredo de Souza Neto.
O analista técnico e gestor do Programa Sebrae Energia, Jefferson Rodrigues Paes, apresentou todo portfólio do Sebrae, com destaque para o programa de energia e cursos e consultorias que a instituição possui para preparar as micro e pequenas empresas para o ESG. “As grande empresas que possuem compliance e negócios que causam impacto já possuem programas para mitigar esses impactos no planeta. Os pequenos negócios que pretendem se manter competitivos já devem iniciar esse processo”, alerta.
De acordo com Jefferson, o Sebrae possui consultores qualificados e ferramentas que auxiliam a preparação para o mundo ESG, como por exemplo, a troca de energia utilizada pelas empresas (responsabilidade ambiental) e outras práticas de programas sociais e de governança para os pequenos negócios. Em 2023, a instituição lançou a publicação “ESG – Estudo de Viabilidade para Tratamento de Resíduos Têxteis”, além de diversos e-books como “Sustentabilidade da Agroindústria de Leite”, “ESG para Micro e Pequenas Empresa: Temas Emergentes Governança e Compliance”, “ESG – Boas práticas para Realização de Eventos Sustentáveis”, “ESG – Práticas Sustentáveis em Turismo”, “ESG – Minha Empresa Sustentável – Construção Civil”, entre outros.
Com o objetivo de promover as práticas de sustentabilidade empresarial e de ESG para as empresas goianienses e goianas, Tihaná Hirata, especialista e diretora de ESG do ECO Connect, disse que a ideia é que Goiânia se torne a capital dos negócios sustentáveis. “A Aceg compreendeu que é tempo de agir, que o setor produtivo precisa se mobilizar por essa pauta, que não tem cor nem ideologia, que e é uma pauta das pessoas, de todo mundo, da sociedade como um todo. Estamos nos mobilizando para fazer com que o empresariado promova práticas sustentáveis dentro dos seus negócios, visando o bem coletivo”, explicou Tihaná.
O ECO Connect “é a abertura dessa jornada”, analisou o presidente da Aceg, José Torres, que contou que a edição Raízes é um movimento menor, mais intimista, mas que é o início para um grande fórum e uma feira de negócios que deverá acontecer nos dias 5, 6 e 7 de junho de 2026 no Centro de Convenções de Goiânia.
“Será um evento que vai mostrar tanto empresas que desenvolvem tecnologias e soluções para empresas que querem adotar essas práticas, como também empresas que já tem na sua cultura, na sua gestão, práticas de sustentabilidade ou ESG bem implantadas. Nosso objetivo é atrair pessoas que têm interesse pela pauta, empresários que querem transformar os seus negócios e buscam buscar soluções para isso e academia (professores e alunos)”, reforçou Torres.

Entre um evento e outro, a Aceg pretende promover, com apoio da Confederação das Federações das Associações Comerciais do Brasil (CACB), várias ações para disseminar o assunto. “Teremos uma jornada para os empresários que queiram conhecer esse ecossistema”, enfatizou Tihaná. Serão abordados temas como ética empresarial, casos de sucesso de empresas com DNA sustentável, ESG, responsabilidade social bem implementada, políticas de compliance, importância dos relatórios de ESG, entre outros assuntos.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 78% das empresas brasileiras já adotam alguma iniciativa voltada à sustentabilidade, seja na gestão de resíduos, na eficiência energética ou na inclusão social. O movimento é impulsionado não apenas por exigências regulatórias, mas também por uma mudança de mentalidade entre consumidores e investidores, que cada vez mais priorizam marcas comprometidas com o futuro do planeta.
No setor financeiro, fundos de investimento sustentáveis cresceram 32% nos últimos dois anos, e refletem uma nova lógica de mercado: empresas que investem em sustentabilidade tendem a apresentar melhor desempenho no longo prazo. Essa mudança de paradigma tem levado executivos a enxergar a sustentabilidade não como custo, mas como retorno – o novo ROI.
É o que defende Michele Swistalski, especialista em ESG e consultora do Sebrae Goiás. A fala de Michele reforça o que já se observa em diversos setores: empresas que integram sustentabilidade à cultura corporativa estão mais preparadas para enfrentar crises, atrair talentos e conquistar a confiança do público. “Com o avanço da agenda ESG e o amadurecimento do mercado, a expectativa é que a sustentabilidade deixe de ser apenas uma pauta de responsabilidade e se torne, definitivamente, uma alavanca de inovação e crescimento”, ressaltou.

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