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Sebrae promove roda de negócios em celebração à Consciência Negra e ao Empreendedorismo Feminino

Evento reuniu mulheres que atuam em diferentes segmentos comerciais para falarem sobre a importância das duas datas comemorativas e suas atuações no mercado
Por Larissa Feitosa, de Goiânia
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Evento reuniu mulheres que atuam em diferentes segmentos comerciais para falarem sobre a importância das duas datas comemorativas e suas atuações no mercado

A chef Juh Ribeiro falou sobre gastronomia e sobre a superação de desafios (Fotos Silvio Simões)

O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino e o Dia Nacional da Consciência Negra aconteceram nos dias 19 e 20 de novembro, respectivamente. A fim de celebrar a importância das duas datas, o Sebrae Goiás realizou um evento com 103 empreendedoras de diferentes segmentos nesta terça-feira (22).

Além de palestras e relatos emocionantes sobre seus próprios projetos, empreendedoras participaram de uma roda de negócios, onde trocaram experiências e falaram individualmente sobre o tipo de produto e serviço que oferecem. A gestora do projeto Sebrae Delas, Vera Lúcia Oliveira, afirma que o evento é de suma importância para promover o networking entre as mulheres. Pois dessa forma, elas serão vistas, farão parcerias e conseguirão ampliar sua rede de negócios.

Durante o encontro, a chef Juh Ribeiro contou um pouco sobre sua atuação na gastronomia e as dificuldades que enfrentou em sua carreira por ser uma empreendedora negra. Emocionada, ela abriu o coração ao contar que inicialmente não possuía dinheiro para investir no próprio sonho, mas que manter a fé e fazer o que ama foram ingredientes fundamentais para seguir em frente.

A empreendedora Rejane Duarte (à direita, em pé) conduziu a dinâmica com as participantes

Ela também enfatizou a importância da capacitação e da construção de parceria entre mulheres para fortalecimento conjunto no meio dos negócios. Por fim, pediu que as pessoas tenham um olhar mais acolhedor às mulheres pretas. “Infelizmente, somente pela cor de nossas peles, as pessoas nos atribuem uma credibilidade diferente, menor. O esforço para que sejamos levadas em consideração é sempre muito maior. O que eu tenho para pedir é bastante simples: assim como as mulheres querem oportunidades iguais, as mulheres negras querem ser vistas de forma igualitária”, disse.

A condução do evento foi feita pela empreendedora Rejane Duarte. Por mais de uma hora, todas as mulheres que se inscreveram para participar do evento puderam falar individualmente sobre os produtos e serviços que oferecem.

Em busca da realização

A fotógrafa Gabriela Oliveira buscou estímulo para continuar empreendendo

Mãe de dois filhos, a fotógrafa Gabriela Oliveira contou que está há mais de dez anos no mercado, em Goiânia. E, embora possua experiência de sobra em fotografar produtos, produzir fotos de casamento e ensaios que elevam a autoestima das mulheres, sentia que seu negócio estava estagnado.

Segundo Gabriela, mesmo com tanto repertório, duvidava da própria capacidade de empreender e, ainda, conciliar suas atividades familiares e domésticas. Por isso, assim que soube da realização do evento, decidiu se inscrever e ir novamente em busca do sonho de empreender. “Criei coragem para participar porque quero ser vista, quero voltar a acreditar em mim e a estruturar de novo meu negócio. Amei o evento e conhecer novas pessoas para fazer parcerias”, disse.

Já Fernanda Frota contou às outras mulheres que enfrenta dois novos desafios ao tentar empreender no ramo de personalização de produtos. O primeiro deles é ser incluída e notada no meio comercial sendo uma afroempreendedora. O segundo é ter se mudado do Distrito Federal para Goiânia há cerca de cinco meses e ainda estar conhecendo a nova região.

Fernanda Frota veio buscar novas referências e contatos

“Minha empresa possui um catálogo-base com desenhos afro e indígenas. Qualquer pessoa interessada pode entrar em contato comigo de forma on-line e transformar as artes que mais gostarem em camisetas, canecas e o que quiserem. Mas também trabalhamos com a opção do cliente nos dar a arte que quiser e nós transformamos no que ele preferir. Se ele quiser fazer uma almofada ou qualquer brinde com a logomarca do seu negócio, por exemplo, nós fazemos”, explicou. Fernanda conta que a mudança de cidade fez bem a ela e à empresa. “Sentia que o segmento estava um pouco saturado em Brasília. Ter vindo para Goiânia foi uma chave, que abriu novas portas e, graças a Deus, estamos sendo muito acolhidos. Essa inclusão de mulheres negras e suas empresas é muito importante. A gente quer ser incluída”, disse.

Inteligência emocional

Josney Silva estava à procura de novas ideias e contatos para desenvolver franquias

A última atividade do encontro foi uma palestra feita pela mentora Aline Bitencourt, cujo tema foi inteligência emocional. Entre outros temas, a especialista ressaltou a importância da mulher se desvencilhar das culpas que carrega e transformá-las em motivação para desenvolver suas próprias empresas. “Tudo faz sentido na nossa vida quando a gente identifica e dá significado às nossas maiores dores. Liste aí as suas dores e o que você fez de bom com elas”, disse Aline.

Josney Silva, que trabalha há dez anos com sobrancelhas e depilação, diz que sonha em expandir seu negócio a partir da abertura de franquias. Ela elogiou o evento realizado pelo Sebrae e disse que a experiência foi valiosa. “Me surpreendeu. Foi tudo tão bem organizado e foi tão bom poder falar também. Me senti ouvida”, afirmou.

Informações para a imprensa

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2236 / 2252 / 99456-2491

Em Goiânia: Aline Bouhid / Agência Entremeios Comunicação – (62) 98200-0404

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