O Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato tem como objetivo reconhecer e valorizar os artesãos brasileiros. Ele destaca a importância do artesanato para a cultura e economia do país. Além de incentivar a produção artesanal, o prêmio também promove a divulgação dos trabalhos dos artesãos, e é carinhosamente conhecido como o “Oscar” do artesanato brasileiro. E fazer parte desse seleto grupo é o sonho de muitos profissionais do segmento. Em 2022, quatro artesãos goianos foram agraciados com o prêmio: Valmir Neves e Carmelito Pereira dos Santos, ambos de Aparecida de Goiânia, Celma Grace de Oliveira, de Goiânia, e João Gomes da Silva, o Juão de Fibra, de Novo Gama.
E diversos artesãos que atuam em Goiás se reuniram na 26ª edição da CASACOR, no Shopping Flamboyant, em busca de informações para já se prepararem para a próxima edição do Top 100. É que a gestora do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB) do Sebrae Nacional, Durcelice Mascêne, participou de um talk show sobre o prêmio. Durante o encontro a gestora falou sobre a relevância da honraria, as etapas da competição, os critérios que são anualmente revisados e os benefícios de ser um artesão Top 100. E ela trouxe uma ótima notícia, que motivou ainda mais os artesãos presentes: aqueles que tiverem interesse em participar da próxima edição do prêmio, em 2024, terão uma consultoria especializada para acompanhar todas as etapas do processo.
Viniciu Fagundes, Andréa Caetano, Elismar Santos, Ricardo Santiago, Tuka Pereira, Valmir Neves e Carmelito dos Santos comemoraram juntos este suporte, representando dezenas de outros artesãos que fazem parte do Programa de Artesanato e Economia Criativa do Sebrae Goiás. A gestora do programa em Goiás, Daniela Caixeta, acredita que as consultorias trarão mais inscrições para o estado e, com certeza, haverá mais chances de um número maior de premiados. “Os interessados já podem entrar em contato conosco para viabilizarmos, através do Sebrae Nacional, esse acompanhamento tão importante para os artistas.”
A premiação traz reconhecimento e visibilidade para os artesãos e oferece benefícios como capacitação e acesso a novos mercados. “Os artesãos selecionados participam de cursos e treinamentos que para aprimorarem as técnicas e habilidades e têm a oportunidade de expor os produtos em grandes feiras e eventos do setor. Isso amplia a possibilidade de negócios, networking e colaborações que impulsionam o trabalho de todos”, explicou Durcelice.
Com a premiação, os artesãos podem usar um selo, que chancela que o artista está entre os vencedores da edição. Os artesãos também participam de um catálogo comercial e são divulgados em um conjunto de vídeos sobre as melhores práticas no site do Sebrae.
Boas práticas e despertar de sentimentos
Para a gestora, o segmento deve se organizar e se dedicar não só na produção estética de peças artesanais, mas em muitas outras vertentes. “Os artesãos precisam trabalhar em padronização, qualidade da matéria-prima, certificações, gestão, precificação, governança, identidade de origem e sustentabilidade”, analisou.
Outro ponto de atenção que ela ponderou foi que o artesanato, além da importância socioeconômica, vem na contramão do digital e das novas tecnologias na pós-pandemia, e o público consumidor está mais exigente. “Quem compra artesanato atualmente quer levar para casa mais do que uma decoração. Eles estão ávidos por peças que despertem memórias afetivas, que contem histórias, que remetam a sentimentos de essência, identidade, beleza, um manifesto. Algo que faça sentido, que traga aconchego”, ressaltou.
Durcelice disse ainda que esse conjunto de valores que o artesanato agrega é o que vai fazer a diferença não só na vida profissional do artesão, mas também pode ser destaque em uma premiação como o Top 100. Outros critérios levados em conta, de acordo com ela, são a inovação, adequação de produto para alcance de mercado, marketing, geração de emprego e renda e desenvolvimento de uma comunidade e região.
A 5ª edição do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato teve 1.208 inscritos e quatro goianos premiados: João Gomes, mais conhecido como Juão de Fibra, com peças feitas com capim colonião; Valmir Neves, com esculturas em arte barroca com peças em cerâmica, Carmelito dos Santos, que reproduz animais bovinos com argila, e Celma Grace de Oliveira, com bordados com traços e cores do Cerrado aplicados em almofadas, colchas, chaveiros e outros itens.
Programa do Artesanato Brasileiro
Durante o bate-papo no lounge do Espaço Sebrae na CASACOR Goiás 2023, Durcelice Mascêne falou também do acordo de cooperação nacional até 2025 entre o PAB e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Essa cooperação prevê o estabelecimento de marcos legais e políticas públicas que possam promover e incentivar o empreendedorismo no setor, como a implementação de novas tecnologias e estratégias de marketing, ampliação do acesso dos artesãos aos mercados nacional e internacional, além de valorização da diversidade do país. “Essa cooperação é um importante instrumento de fomento ao empreendedorismo e à cultura brasileira.”
Raio X da atividade artesanal no Brasil
A atividade artesanal no Brasil conta com 8,5 milhões de artesãos, sendo que a maioria são mulheres que vivem diretamente da produção do artesanato. O segmento representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com faturamento em torno de R$ 102 bilhões e movimenta cerca de R$ 50 bilhões ao ano.
Informações para a imprensa
Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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