Na manhã desta quinta (23) foi realizado na sede do Sebrae, em Goiânia, o workshop “Diretrizes para Construção dos Macro Desafios para Inovação em Goiás”, uma atividade integrante do Pacto Goiás Pela Inovação, assinado na noite de quarta-feira (clique aqui para saber mais). Participaram representantes do ecossistema de inovação e das quatro “hélices” que suportam o pacto: governo estadual, empresariado, entidades da sociedade civil organizada e academia (universidades e instituições educacionais). Também estiveram presentes gerentes e os diretores executivos do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, João Carlos Gouveia e Marcelo Lessa Medeiros Bezerra.
O diretor técnico Marcelo Lessa destacou que foi um momento importante porque tudo o que foi planejado durante quase dois anos agora começa a ser desenhado de forma prática, delineando ações para trazer uma grande mudança na cultura empresarial, principalmente no aspecto da inovação. “Em na ótica do Sebrae, é saber o que isso vai trazer para transformar o pequeno negócio, para ele poder se impulsionar e entender suas oportunidades, ganhando eficiência na produção e na comercialização de seus produtos”, disse.
De acordo com Marcelo, o Sebrae trabalha com diversas metas pactuadas em nível nacional, sendo uma delas o atendimento aos pequenos negócios com soluções de inovação. “Temos certeza de que vamos cumprir este ano, assim como em 2021 e 2022 cumprimos todas as metas acordadas. Agora com esse pacto certamente virão não só os números positivos, mas a qualidade desses números, atendendo esses micro e pequenos negócios com inovação e com o que há de melhor, tendo em vista que trouxemos um consultor europeu, teremos grandes ações e resultados do que há de melhor”, afirmou. “Estamos falando de novos modelos e também de remodelação de negócios na ponta. Temos inovações como modelos de drop shipping, digitalização, comercialização em marketplaces, metaverso. Essas soluções de inovação vêm com força, depois perdem o ritmo, depois retornam, então acima de tudo vamos olhar o que tem lá fora e trazer para os pequenos negócios com muita sabedoria e pé no chão para que não traga uma solução que possa até criar uma instabilidade ao negócio, temos que estudar bastante, e o pacto é importante porque tem a academia ajudando nessas compreensões e o setor empresarial que olha essa prática de soluções”, completou.
Segundo Marcelo, o governo do estado tem uma grande capilaridade em termos municipais, e o Sebrae também, com o Programa Cidade Empreendedora, que já tem uma grande rede de contato com prefeituras com o viés de disseminar não só soluções de inovação, mas de todos os produtos para apoiar os pequenos negócios no estado.
Identificar desafios
O workshop foi a oportunidade de todos começarem a desenvolver linhas de trabalho voltadas às diretrizes do que foi acordado. As atividades foram coordenadas e orientadas pelo consultor Josep Piqué, CEO da La Salle Technova Barcelona, que ajudou em todo o trabalho de construção do Pacto. Ele apresentou as diretrizes para implementar projetos de inovação em Goiás. O primeiro passo dado pelo workshop, segundo ele, foi os grupos de trabalho identificarem os macrodesafios de informação, comunicação, imersão, inovação, talento e tecnologia que existem no estado. “Depois disso, serão chamados a proporem projetos específicos, que sejam transformadores para colocar Goiás como referência nacional e internacional em inovação”, disse. Como exemplo, ele citou possibilidades de projetos de imersão em startups; ou de orientação de talentos, com formação e capacitação em novas tecnologias; e de territorialidades, ou seja, identificar os potenciais de cada território e as tecnologias que possam impactar os setores da economia nesses locais.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, explicou que este é o Pacto Goiás, e que haverá necessidade de se criarem pactos regionais. “Agora podemos lançar os pactos nas cidades, e o Sebrae será um grande parceiro porque tem grande capilaridade nos municípios. Uma cidade que quiser lançar o pacto tem que cumprir só três requisitos: ter um centro universitário, ter entidades comerciais engajadas e ter o governo municipal engajado nisso. Cumprindo esses três requisitos temos total disposição de ir lá e fazer esse lançamento”, afirmou.
Para ele, o estado já tem destaque em algumas áreas, como agropecuária baseada em tecnologia; economia verde, com a importância do Cerrado; medicina e saúde; computação e IA, com um centro avançado na UFG com apoio da Fapeg; a moda, na qual ainda é possível agregar mais valor, inovação e design; e outras, como construção civil, mineração e logística. Para financiar os projetos, ele disse que será estruturado o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia, com fontes de receitas permanentes para destinar aos bons projetos.
Marcos Chaul, conselheiro suplente do CDE do Sebrae Goiás pela Fecomércio, vice-presidente da Fecomércio e presidente do Sindinformática, disse que o pacto veio para somar forças a uma iniciativa que já existia desde 2019, a Aliança Pela Inovação, proposta pela Fieg e que já tinha participação de todas as entidades do setor produtivo. “Então o Sebrae propôs uma consultoria mais específica, sempre consultando outros membros nos encontros, e saiu esse projeto, que é revolucionário para o estado de Goiás, para torná-lo mais rápido em crescimento de inovação e aglutinação de movimentos dessa área”, disse. Ele ressaltou que entre os pontos essenciais estão a qualificação de mão de obra em todas as áreas e o estímulo ao empreendedorismo nas universidades e na academia como um todo, para haver suporte à inovação.
Informações para a imprensa
Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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