
A programação da Feira da Indústria, Comércio, Habitação e Empreendedorismo (FIC Goiás), onde uma das atrações é a Feira do Empreendedor do Sebrae, teve início na quarta-feira (29) com solenidade de abertura no Centro de Convenções de Goiânia seguida por palestra do economista e jornalista Luís Artur Nogueira. Ele apresentou uma palestra que analisou o cenário econômico global e as perspectivas para o Brasil, destacando que, mesmo diante das tensões geopolíticas e das disputas comerciais entre potências, o país segue bem posicionado para atrair investimentos e ampliar sua relevância internacional.
A FIC reúne cinco grandes eventos – Feira do Empreendedor do Sebrae, 3ª ExpoFecomércio Goiás, 2ª Expoind, 1ª Expocom e 18ª Feira do Imóvel — e segue até sábado (01/11), com ampla programação voltada a inovação, negócios e desenvolvimento regional. O Sebrae está presente com seu “Caminhão de Tendências”, com palestras sobre o que há de mais novo em diversos temas ligados ao mundo empresarial, além de oferecer atendimentos e consultorias aos pequenos negócios.
Na palesta, Luís afirmou que “guerra boa é guerra encerrada”, comentando o impacto dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, o preço do petróleo e a inflação mundial. Segundo ele, o risco de escalada militar preocupa os mercados, mas a grande disputa do século 21 é outra. “Hoje, a guerra mais importante é tarifária. É a disputa comercial entre Estados Unidos e China para ver quem domina o mundo, e isso afeta diretamente a política monetária e os fluxos de investimento.”
Vantagens únicas
Ao citar o caso da Apple, que anunciou US$ 600 bilhões em novos investimentos dentro dos Estados Unidos, Nogueira explicou que a reindustrialização americana tem custo alto e pode comprometer a competitividade. “Quando o produto fica mais caro, o consumo desacelera. E quando os juros caem, como agora, é uma boa notícia para o Brasil, porque o capital migra para países emergentes.”
O economista destacou que o Brasil reúne vantagens únicas em um cenário global de instabilidade. “Estamos em um continente com baixo risco geopolítico, temos eleições regulares, um mercado consumidor enorme e abundância de recursos naturais. Nenhum outro país do mundo combina tanto potencial em petróleo, água doce, energia eólica e solar ao mesmo tempo”, disse.
Mesmo assim, ele alertou para os desafios internos. Entre eles, a reforma tributária e os juros altos, que podem reduzir a competitividade de setores como o agronegócio, o comércio e a construção civil. Já a indústria de transformação, segundo ele, tende a ser beneficiada pelas mudanças fiscais, desde que consiga inovar. “O grande vencedor da reforma tributária é o setor industrial. O desafio agora é investir em tecnologia e inovação para ganhar mercado.”
Ao abordar o cenário nacional, Nogueira ressaltou que o crescimento recente do PIB brasileiro está sustentado por políticas de transferência de renda e estímulo ao consumo. “O governo federal estimula a renda com dinheiro público – Bolsa Família ampliado, salário mínimo maior, isenção do imposto de renda, programas de crédito e incentivos como o Pé-de-Meia e o Vale-Gás. Isso movimenta a economia, mas é preciso cautela com o equilíbrio fiscal.”
O economista reforçou ainda o otimismo quanto ao potencial brasileiro. “O mundo quer o Brasil. Temos estabilidade política, riquezas naturais e um mercado interno vibrante. Agora é hora de transformar potencial em prosperidade, com inovação, planejamento e coragem para executar sonhos”, concluiu.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
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