Não basta buscar vender. É preciso encantar o cliente, criar uma verdadeira conexão com ele, para que a experiência seja única. Muitos empreendedores já ouviram falar sobre isso, mas muitas vezes falta colocar em prática essa forma de melhorar e alavancar os negócios, destacando-se da concorrência.
Na noite do último dia 14, o consultor do Sebrae em negócios de moda, Leandro Pires, procurou dar algumas dicas úteis para a plateia que o acompanhava no “Café Empresarial”, na sede da Associação Comercial e Industrial de Pontalina (Aciap) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), parceiras no evento.
Leandro chamou o público a se questionar sobre vários tipos de experiência de consumo que existe. Como exemplo ele lembrou que grandes marcas ou empresas de roupas no mundo usam “mimos” como oferecer um café ou chocolate a fim de trabalhar a questão emotiva.
“A ação significa uma experiência que ajuda a criar memórias e representa uma experiência ainda com a marca. Um estabelecimento de moda fitness pode gerar uma atividade ligada ao seu consumidor que aplique uma reflexão sobre a saúde. No caso, se o cliente chegar a ter determinado gasto, ele, de repente, ganha um voucher para fazer uma consulta com o personal trainner, por exemplo”, sugeriu. E lembrou que a questão da saúde não se resume apenas à questão física, mas envolve ainda o aspecto mental. “Uma marca de fitness pode explorar isso de uma maneira que o consumidor entenda que ele não apenas compra o produto, mas existe muito mais valor embutido”, explicou.
Hoje, quando uma marca se envolve com temas atuais, ela se apresenta para o mundo como contemporânea e que está atenta para a transformação do planeta, o que é bastante importante. “Às vezes a empresa é tradicional, mas ela não é conservadora porque está aberta às mudanças do mundo quando ela trata essas narrativas do momento como pauta da visibilidade preta ou de transexuais, por exemplo. A narrativa trazida pela marca cria uma conexão com certo perfil de público”, afirmou.
Mas ele alerta: as narrativas não precisam ser necessariamente de militância, mas basta que sejam de identificação e compreensão. “Quando o Band-Aid de cor preta foi lançado, isso foi uma forma de a marca dialogar e mostrar que é sensível à cor da pele”, disse.
Colaboração entre marcas
Outro tipo de conexão que pode ser aproveitado pelos empreendedores é a colaboração entre marcas. Leandro deu o exemplo da marca Adidas, que fez uma edição com a colaboração da Lego, marca de brinquedos. “Logo, os tênis vieram extremamente coloridos e junto de algumas peças da Lego. Isso mostra que a Adidas tem uma memória afetiva com as crianças que utilizam o produto infantil. Ao mesmo tempo, o objeto do tênis torna-se um item de design”, explicou.
Outro exemplo citado foi a Tifanny – tradicional empresa de jóias – quando esta realizou uma parceria com a Nike – marca de esportes, considerada mais jovial. “Dessa forma a Tiffany conseguiu se jovializar e entendeu que o dinheiro não corre apenas nas mãos de pessoas brancas e elitistas, pois há diversos tipos de público que consomem também certos produtos”, comentou.
Presente no evento, o prefeito de Pontalina, Edson Guimarães, ressaltou que essas dicas encaixam bem com o espírito da administração, pois o município desenvolve um trabalho de empreendedorismo nas escolas e até se organizou para levar algumas crianças à Campus Party Goiás, em Goiânia. “E o Sebrae nos ajuda com essa ação nas unidades escolares. A contribuição é de fundamental importância”, disse. Segundo ele, as ações de incentivo ao empreendedorismo ajudam a evitar o desemprego no município, que é forte na agropecuária, mas também se destaca como polo de confecção de roupas íntimas.
Informações para a imprensa
Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491
Na Agência Entremeios Comunicação: Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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