Durante evento de apresentação, Sebrae Goiás anuncia 1º Festival do Pequi, Queijo e Cachaça; fruto típico do Cerrado gera renda para muitos pequenos agricultores
Exemplares de pequi sem espinhos chegarão em breve à mesa das famílias goianas. Isso porque as primeiras mudas foram distribuídas nesta quarta-feira, 9, após cerimônia de lançamento oficial na sede da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). Durante o evento, o Sebrae Goiás anunciou que no próximo ano ocorrerá o 1º Festival do Pequi, Queijo e Cachaça do Estado de Goiás. A previsão é de que o festival aconteça no segundo semestre por conta da temporada do fruto.
O diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, definiu a iniciativa como uma importante e consolidada parceria. “Damos aqui um passo enorme com a certeza de que iremos, nesta união, fortalecer os laços entre essas importantes instituições e estamos aqui lançando o evento que vai movimentar toda cadeia desde os pequenos agricultores até o turismo”, comentou. Durante a cerimônia na Emater também foram lançadas duas publicações inéditas, intituladas “Orientações para o cultivo do pequizeiro” e “Cultivares do pequizeiro”, que trazem informações gerais e técnicas para o cultivo da espécie.
O fruto sem espinho é resultado de 25 anos de pesquisa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Emater. Ao encontrar pés de pequi sem espinhos na natureza, a equipe fez 20 clones da planta, transportados para o banco de germoplasmas da Emater. Avaliados durante anos, eles foram multiplicados, e hoje o espaço possui mais de 1.600 pequizeiros. As novas cultivares possuem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de abril deste ano.
A doutora em agronomia Elainy Botelho Pereira, que foi uma das responsáveis pela pesquisa, comentou sobre os diferenciais do pequi. “Além de mais polpa, essas variedades começam a produzir mais rápido”, explicou. Das seis variações, cada uma possui características especiais. Uma é mais adequada para extração de polpa, outra para amêndoa, por exemplo. Além disso, há também uma variação que, por conta do tamanho, pode ser melhor aproveitada por restaurantes.
O chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Gelape Faleiro, conta que essa produção mais rápida é em razão da técnica de enxerto que possibilita que as espécies comecem a produzir em dois anos. Agricultores familiares e viveiristas previamente cadastrados receberam seis mudas de pequi, sendo três delas sem espinhos. As novas variedades são semelhantes ao fruto tradicional em relação à cor e ao sabor e são próprias para atender tanto o comércio quanto a indústria.
Vendas de mudas
Viveiristas e agricultores familiares que realizaram cadastramento no site da Emater foram os primeiros a adquirir mudas das seis variedades. Os kits serão vendidos pelo valor de R$ 150 cada lote, de acordo com a oferta. No caso de viveiristas, é preciso estarem cadastrados no Ministério da Agricultura (RENASEM), e para os agricultores familiares é exigido cadastramento no Pronaf (DAP/CAF).
Mais informações sobre o lançamento do pequi sem espinhos e como adquirir as mudas estão disponíveis no site da Emater.
Informações para a imprensa
Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2236 / 2252 / 99456-2491
Em Goiânia: Aline Bouhid / Agência Entremeios Comunicação – (62) 98200-0404
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