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Educadores inspiram com histórias de inovação e empreendedorismo

Professores finalistas de Prêmio Educador Transformador expuseram suas experiências no Espaço Sebrae da CASACOR
Por Jéssica Torres, de Goiânia
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Quatro dos seis finalistas goianos no Prêmio Educador Transformador estiveram reunidos para contar suas experiências e como os projetos criados mudaram significativamente o ambiente de ensino. Alguns deles, inclusive, chegaram a impactar a comunidade das regiões onde vivem e ultrapassaram barreiras.

A analista Cleonice Silva apresentou os professores na CASACOR

O prêmio tem como objetivo reconhecer projetos desenvolvidos por professores de todo o país que estão empreendendo uma educação transformadora nas diversas etapas da educação. As categorias foram: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Superior.

Neste ano, o Sebrae ganhou força na premiação com a parceria da Bett Brasil e Instituto Significare. Ao todo, foram sete projetos vencedores, entre 70 finalistas e aproximadamente 3 mil inscrições de todas as regiões do país. Destes, seis professores goianos se destacaram, mesmo sem ganhar o prêmio final. Para contar mais das ideias que foram criadas e desenvolvidas para o prêmio, quatro docentes trocaram as experiências na última terça-feira (30), no Espaço Sebrae na CASACOR Goiás 2023.

De acordo com Cleonice Silva, analista do Sebrae, Goiás participou de forma significativa na competição nacional, no qual os docentes levaram inovação e inclusão. “Acompanhei de perto e vi o impacto gerado. A ação fomenta o debate diário de atores da educação transformando ideias em projetos reais, e o resultado foi maravilhoso”, destacou.

Combate ao preconceito

Flaviana Bárbara de Souza Machado, de Silvânia

A professora Flaviana Barbara de Souza Machado, de Silvânia, foi uma das finalistas. Ela conta que se inscreveu em fevereiro deste ano com um projeto voltado à Educação Infantil com o nome “Eu Sou Diferente: Conhecer, Conviver e Respeitar”. A ideia veio após presenciar um caso de racismo dentro da escola.

Com o objetivo de trazer mais respeito e inclusão, a docente encomendou 30 bonecos de feltro com diferentes tons de pele, e alguns com algum tipo de deficiência física, como um menino com deficiência visual e uma com cadeira de rodas, entre outros.

Foram seis meses de trabalho sobre a temática. “Foi trabalhada a diversidade com dinâmicas lúdicas e atrativas de forma que a aprendizagem acontecesse de forma significativa e prazerosa”, explicou sobre o processo.

O resultado, segundo ela, foi gratificante. A menina que havia realizado diversas falas preconceituosas mudou sua visão. “Ela chegou a dizer que aprendeu que ‘papai do céu’ fez todos diferentes. Antes ela chegava a recusar segurar a mão de colegas negros. Hoje não existe mais isso. Ela e todos demonstraram uma mudança significativa, mostrando que o objetivo foi alcançado. Aprenderam a respeitar as diferenças”, relatou.

Sustentabilidade

Leyliane Borges, de Palmeiras de Goiás

A educadora Leyliane Borges também trouxe mudanças em Palmeiras de Goiás com o projeto “Reciclamar”, desenvolvido para a Educação Infantil. A ideia, segundo ela, surgiu devido a cidade não ter um projeto referente à coleta seletiva de materiais.

“O objetivo foi a conscientização dos alunos, responsáveis e comunidade sobre o cuidado com o meio ambiente”, explicou. A professora decidiu chamar os pais dos alunos para construírem uma lixeira com seus filhos, que fosse feita de materiais recicláveis. Dessas, a professora escolheria três lixeiras principais que ganhariam o projeto como uma forma de incentivo, e os ganhadores seriam: príncipe e princesa da cidade.

“Mandei material para casa e instruções de como separar o lixo. Então em casa eles faziam junto com os pais, e na sala de aula realizamos rodas de conversas, e as crianças traziam ideias para somar, buscando soluções. Também fizemos placas, que foram colocadas nas casas mostrando que a família estava cooperando com o meio ambiente”, explicou. O resultado foi uma mudança significativa não só nas crianças, como também nas famílias e da comunidade.

Arte e cultura

Juliana Patrícia, de Caldas Novas

Já para projetos voltados à Educação de Jovens e Adultos (EJA), um dos projetos finalistas foi da professora Juliana Patrícia, de Caldas Novas. O projeto “Icluart” teve como objetivo demonstrar a valorização de histórias de superação de pessoas com deficiência por meio da arte, assim como fortalecer o protagonismo dos estudantes enquanto artistas que compreendem a importância de ressignificar suas fragilidades em potencialidades.

Entre as ações teóricas foram feitas pesquisas de artistas que são reconhecidos mundialmente e foram deficientes. Uma das artistas que destacaram foi Frida Kalho. Os alunos assistiram ao filme que conta a história da artista e desenvolveram depois ações práticas. Os estudantes foram instigados a pintar camisetas e desenhar também um autorretrato. Além disso, realizaram uma mostra imersiva, no qual criaram uma releitura do quarto de Frida. “O resultado foi surpreendente. Descobri verdadeiros artistas. E eles diziam que não eram capazes”, disse.

A professora foi além. Enviou o projeto ao museu da artista Frida Kahlo, localizado no México, e recebeu como retorno um convite que os emocionou. “Nos chamaram para expor no museu o trabalho dos alunos. Vamos para lá com tudo pago para expor por um dia no local e conhecer o museu”, comemorou.

Tecnologia

Nicolas Magalhães, de Aparecida de Goiânia

Nicolas Magalhães foi um dos finalistas que concorreu na educação de Ensino Superior, em Aparecida de Goiânia. Ele desenvolveu com os alunos da área de tecnologia projetos empreendedores de softwares e aplicativos que buscassem resolver problemas reais.

Entre as ideias, o professor citou o caso de um grupo de acadêmicos que pensou em falar sobre a dificuldade em matemática. Eles desenvolveram o projeto de um software que une alunos e mentores para aprenderem. Já outro aluno pensou na dificuldade em achar pedreiros de confiança, então desenvolveu a ideia de um aplicativo que funcionaria de forma semelhante ao Uber, mas de prestadores de serviços. “Fizeram pesquisa de mercado e se portaram como empresários”, afirmou. Segundo ele, surgiram dificuldades, mas eles ultrapassaram as barreiras e pretendem não parar com os projetos criados, dando continuidade às ideias.

Informações para a imprensa

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491

Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás

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