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Encerramento do Programa Encadeamento Produtivo marca avanços para empresas de Cezarina e região

Iniciativa do Sebrae em parceria com a InterCement Brasil aprimora o desempenho das empresas e impulsiona a abertura de novos mercados
Por Leydi Alves, de Cezarina
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Na última quarta-feira (03), em parceria com a InterCement Brasil, uma das principais produtoras de cimento do País, o Sebrae finalizou, na fábrica da companhia em Cezarina (GO), mais um ciclo do Programa Encadeamento Produtivo, projeto que incentiva a cooperação entre grandes e pequenas empresas da mesma cadeia de valor, visando principalmente a sustentabilidade econômica e financeira desses negócios.

Representantes de empresas participantes do Programa Encadeamento Produtivo do Sebrae Goiás, em parceria com a InterCement Brasil, durante o encerramento de 2025 (Fotos: Divino Batista)

A data marcou a conclusão de uma jornada iniciada em setembro de 2024, com a participação de 11 micro e pequenas empresas da cadeia de suprimentos da InterCement Brasil, situadas em um raio de até 100 km da fábrica de Cezarina. Elas receberam capacitação e atendimento individualizado da Regional Metropolitana do Sebrae, que monitorou não apenas indicadores financeiros, mas o desempenho geral do negócio. No total, nove empresas concluíram o programa, que incluiu a realização de diversas atividades, como palestras e oficinas para aprimorar aspectos da gestão de pessoas, administrativa, financeira e de marketing.

Ronaldo Landim, gerente de Suprimentos da InterCement Brasil, disse que o trabalho conjunto da Companhia com o Sebrae reforça o papel estratégico dos pequenos negócios no ecossistema produtivo

“Buscamos fortalecer a cadeia de fornecedores em que estamos inseridos, gerando competitividade e movimentando a economia local”, afirma Ronaldo Landim, gerente de Suprimentos da InterCement Brasil. Para a companhia, o trabalho conjunto com o Sebrae reforça o papel estratégico dos pequenos negócios no ecossistema produtivo. “Eles distribuem renda, geram desenvolvimento profissional e mantêm viva a base econômica da região”, completa Landim.

A coordenadora de Suprimentos da InterCement Brasil, Erica Amaral, reforçou que o encerramento do ciclo é apenas o início de uma nova etapa e que juntos, nessa parceria, todos vão mais longe

Erica Amaral, coordenadora de Suprimentos da InterCement Brasil, ressalta que a evolução dos fornecedores vai além da relação comercial. “Não queremos dependência. Queremos fornecedores fortes, com outros clientes, outros mercados. Isso traz ganho para todos”. Ela reforça que o encerramento do ciclo é apenas o início de uma nova etapa: “Juntos, vamos muito mais longe!”.

A gestora do projeto e analista do Sebrae Goiás, Renata Lopes, celebrou a maturidade alcançada pelos empresários durante o ciclo. Segundo ela, os resultados comprovam o impacto direto da metodologia aplicada. “Tivemos um aumento de faturamento de 37%, crescimento de produtividade de 65% e a queda do grau de dependência da InterCement Brasil de 100% para 25%”, detalha ela.

A gestora do projeto e analista do Sebrae Goiás, Renata Lopes, celebrou os resultados alcançados, como aumento de faturamento de 37% e crescimento de produtividade de 65% das 11 empresas que participaram

Renata diz ainda que o objetivo sempre foi diversificar o mercado e fortalecer a autonomia das empresas. “O projeto agregou para os empresários e para a InterCement Brasil”, avalia. Além disso, ela ressalta que potenciais fornecedores também avançaram pois, empresas que nunca haviam fornecido para a indústria passaram a integrar a cadeia após ajustes de gestão e alinhamento de processos.

Transformação visível

Wesley Humberto, proprietário da WHS Flexíveis, conta que trouxe sua experiência profissional de anos, mas encontrou no projeto o ajuste que faltava. “Os consultores enxergaram onde havia falhas e hoje estou conduzindo tudo no caminho certo.” Na Moura Soluções, a mudança foi estrutural. Fernanda Nunes relata que o programa alterou a forma de ver gestão, estratégia e futuro.

O proprietário da WHS Flexíveis, Wesley Humberto, lembrou que fou o mais resistente em participar do Programa de Encadeamento e que hoje é o mais orgulhoso e com uma empresa que possui planejamento, processos, indicadores e estratégia

“Comecei resistente. Achava que não teria tempo. Eu termino sendo a pessoa que mais se orgulhou do processo”. A empresa, com cinco anos de mercado, dobrou o faturamento em relação a 2024, antes mesmo do fim do ano. “Saímos do improviso e entramos no planejamento. Hoje temos processos, números, indicadores e visão estratégica”.

A empresária da V&C, Claudiene Santos, ressaltou que a empresa passou de porte pequeno para grande, graças à virada de chave que o Encadeamento Produtivo proporcionou

A empresária Claudiene Santos, da V&C, também reforça a virada de chave. Segundo ela, a empresa saiu de pequeno para grande porte. “Conseguimos estruturar tarefas, formar equipe e permitir que a empresa funcione sem depender do nosso operacional”. Moradora de Cezarina e ex-colaboradora da própria InterCement Brasil, ela destaca o simbolismo do momento. “Tudo que aprendi aqui dentro reflete na minha empresa hoje”, reforça.

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