Quem nunca provou um doce da Simone Mello, que aproveite a Páscoa e “se atire” no primeiro brigadeiro. Falar de confeitaria e empreendedorismo em Catalão, no Sudeste Goiano, naturalmente é falar da confeitaria e da indústria de alimentos que levam seu nome. “Minha história com a confeitaria começou aos 22 anos de idade, no aniversário de 2 anos de meu filho e 1 ano de minha filha. Me aventurei e fiz meu primeiro bolo, testando essa habilidade manual, pois desde os meus 11 anos já fazia biscuit, crochê e outras atividades artesanais”, revela a confeiteira. Ainda estudante universitária, viu naquele nicho uma oportunidade para auxiliar o esposo nas despesas do lar, ainda residindo em Goiânia, exercendo essa culinária em casa.
Depois vieram a mudança para Anápolis e a determinação de seguir na confeitaria. “Levava os filhos pequenos no carrinho para comprar material e pegar encomendas. Vendia o resultado para amigos de Goiânia e outros próximos em Anápolis’, lembra. Numa sequência natural àqueles empreendedores natos e determinados, vieram as parcerias com bufês de eventos, em que Simone atuava ainda em casa, como terceirizada, atendendo aos pedidos de encomendas de doces.
Autodidata, a confeiteira buscava mais conhecimento através de revistas disponíveis, pois não havia a facilidade de cursos completos como atualmente. “A qualidade e o acabamento do produto sempre foram premissa, e desde o início eu prezo para que o melhor chegue à mesa dos clientes”, pontua. Em 2004, a família retornou para Catalão, terra natal de Simone, levando na bagagem o que estava executando em Goiânia e Anápolis, mas com a tarefa de conquistar clientela na cidade. “Para adquirir matéria-prima, começar o negócio e buscar clientes, uma amiga lojista me deu trabalho de bordadeira. No período noturno, bordava as roupas para que assim fizesse caixa para investir na produção dos doces, chocolates, forminhas de flor e bem-casados”, relembra, destacando a dificuldade de fazer todo o processo na cozinha de casa e sem ajudante, enquanto os filhos pequenos estavam na escola pela manhã.
Em 2010, com a aquisição de um lote, construiriam uma casa e, nos fundos, uma cozinha industrial que atualmente é o depósito da empresa. “Esse sonho demorou mais de três anos até que pudéssemos usar definitivamente como espaço de produção da confeitaria”, diz. Sempre interessada em investir em conhecimento para que seu negócio prosperasse, a empreendedora nunca parou. Mas era preciso acreditar e mudar.
Sebrae e mudanças
Nessa jornada de sucesso, foi possível colocar todos os ovos na mesma cesta. “Foi numa consultoria de gestão do Sebrae que criei coragem para alugar um local e montar a fábrica e a primeira loja de porta aberta”, afirma Simone. Um processo de restruturação no qual o Sebrae fez a diferença através do Empretec em 2021, além de outros programas, como o de Agentes Locais de Inovação (ALI) em 2022 e outros momentos desde que a empresa abriu. “Fazer parte do Empretec foi um dos momentos únicos para meu amadurecimento pessoal, como empresária e para o nosso negócio”, recomendou. Foram muitos outros os momentos com o Sebrae com cursos e capacitações. Procuramos a instituição justamente para termos um direcionamento em gestão, finanças e organização, enxergar as oportunidades de crescimento, separando a empresa do nicho familiar, de dentro de minha casa”, destaca, lembrando que foram três anos de convivência direta com o Sebrae, também fazendo capacitação em boas práticas na produção de alimentos, como foco em bolos de pote com orientação nutricional, além de registro de marca e participação de uma missão com a instituição em São Paulo.
A pandemia trouxe a sensação de insegurança, mudando o cenário para o seu ramo de atividades, pois eventos e festas maiores – que faziam até 80% de sua receita – estavam temporariamente reprimidos. Era escolher entre fechar ou acreditar. “Nós acreditamos, abrimos uma loja num novo endereço para investir no varejo com maior consistência. Arriscamos, mas deu certo porque no pós-pandemia, o mercado não voltou ao que era antes. Casamentos antes para 500 pessoas eram reduzidos drasticamente retomada”, explica. Apesar desse impacto e passado o período de ajustes para o mercado e para seu negócio, a confeitaria voltou a atender e atualmente tem equipe especializada tanto aos grandes casamentos quanto nos médios e pequenos eventos, além de festas infantis e temáticas e nas vendas no varejo.
Páscoa com otimismo
Entre acertos e erros naturais de um caminhar empreendedor, a Confeitaria Simone Mello encerrou uma de suas lojas localizada num shopping local; em contrapartida, decolou ao acertar no endereço atual bem localizado, na avenida Ricardo Paranhos, com local estruturado inclusive para atender tanto à clientela no local quanto para delivery. A credibilidade, a qualidade e a confiança em seus produtos agregaram parceria com outros comerciantes que hoje adquirem sua produção sob encomenda para revenda. A escalabilidade os tirou do perfil de locadores, alcançando a realização de outro sonho: da fábrica em prédio próprio.
A produção para a Páscoa deste ano traz novidades típicas da empreendedora, que tem entre suas habilidades a de adoçar o dia a dia das pessoas com a gentileza daquilo que produz artesanalmente, calcada em seus 26 anos de confeitaria.
SERVIÇO
Confeitaria Simone Mello
Loja: av, Ricardo Paranhos, 121, Pio Gomes, Catalão (GO)
Instagram: @confeitariasimonemello
Contato: (64) 99996-6234
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463
Na Regional Sul | Catalão: Agência Entremeios Comunicação / Deise Pasquarelli – (64) 98116-7276
Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.
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