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O ano era 2020, período em que a pandemia da covid-19 se alastrou pelo país, fez milhares de vítimas, teve um impacto forte na economia e muitas empresas tiveram que fechar as portas por bastante tempo, no qual boa parte não conseguiu retomar as atividades. As escolas passaram a funcionar on-line para os alunos. Foi nesse cenário, que a pedagoga Viviane Pereira Marcon, de 38 anos, resolveu comprar uma escola em que já tinha trabalhado como professora desde 2012 e era, naquela época, coordenadora pedagógica, a Escola Parque Mágico, que foi colocada à venda por conta da crise econômica.
Com mais de cem alunos on-line no Ensino Fundamental (do infantil 4 ao 9º ano), a empreendedora conta que não só comprou como assumiu as dívidas da escola particular, que já estava há 30 anos atendendo alunos no Viviam Parque, um bairro considerado carente em Anápolis, que fica próximo ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). “Fiz dois financiamentos e comecei a investir na adaptação dos professores, no pagamento das dívidas e na manutenção da escola”, conta.
No mesmo ano, Viviane teve duas mentorias do Sebrae Regional Anápolis: a primeira o ALI Produtividade (Programa com atendimento gratuito especializado, com metodologia que objetiva aumentar produtividade e faturamento de micro e pequenas empresas) e do ALI Transformação Digital (Programa que promove uma transformação digital nas micro e pequenas empresas, com soluções de baixo custo, com ferramentas digitais que melhoram a performance dos pequenos negócios).
Para a proprietária os resultados foram além das expectativas. “Os diagnósticos foram muito precisos. No ALI Produtividade, foi percebido que a cantina da escola dava prejuízo. Fechei o local e avisei aos pais que os alunos teriam que trazer o lanche de casa. Já no ALI Transformação Digital, todas as planilhas e informações que ainda estavam na forma analógica, nós passamos para o digital, com um programa que facilitou tudo”, analisa Viviane.
Com uma plataforma de gestão, atualmente as matrículas, declarações, boletins, lista de presença de alunos, as finanças, o que entrou no caixa, emissão de boleto, pagamento via Pix, QR Code, tudo é feito on line. A empreendedora destaca ainda que buscou capacitação no Sebrae e fez cursos como Marketing Digital e Gestão em Finanças. “Tanto o acompanhamento pelo ALI Produtividade e Transformação Digital e os cursos que participei foram determinantes para melhorar as atividades e a visibilidade da escola, que possui sete salas”, ressaltou.
Já em 2021, a escola ganhou uma fachada nova e em 2022 Viviane recebeu a proposta para comprar outra escola próxima e não se intimidou. Comprou em sociedade com a pedagoga Marielle Dias Rodrigues, 28 anos, e criaram, em 2023, a Escola Parque Mágico Kids, que atende crianças de 2 a 5 anos nos turnos matutino, vespertino e integral, com seis salas.
Ao todo, as escolas atendem 280 crianças a empreendedora já comprou os tijolos e pretende aumentar o número de salas da Escola Parque Mágico e para 2024 o plano é atender alunos do 2º grau. “Acredito que temos muitos diferenciais, como o horário de saída estendido até 18h, o que facilita para os pais que trabalham, a abordagem construtivista, que propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, com experimentação, a pesquisa, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio e tem o professor como mediador disso tudo”, explica. Mas Viviane enfatiza que os desafios foram muitos, mas foram superados graças ao conhecimento e o papel do Sebrae foi fundamental para tudo dar certo.
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