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A produtora rural e participante do 5° ciclo do ALI Rural em São Luís de Montes Belos, Flávia Cristina de Lima, é de uma família de cinco mulheres e garante que participar do programa desenvolvido pelo Sebrae foi ter encontrado um norte para seu produto. “O ALI nos deu uma direção, abriu várias portas e, principalmente, nos trouxe conhecimento. A gente é capaz de tanta coisa que nem imaginava e o programa nos mostra. Cada dia, cada reunião é uma ideia nova e uma motivação. Para minha família produzir é fácil, nossa dificuldade é comercializar e sem a ajuda do ALI a gente não conseguiria”, disse Flávia que produz requeijão, iogurte, queijo fresco e curado, doces cristalizados e em calda.
Esse é apenas um dos relatos dos produtores que participam desse ciclo que encerra no primeiro semestre de 2026 e que teve seu primeiro encontro coletivo na noite do dia 25 de novembro, no auditório do escritório do Sebrae Goiás, em São Luís de Montes Belos.
A consultora sênior do ALI Rural do Sebrae Goiás, Mariel Camargo, explica que o ALI é um programa que atende produtores rurais em cadeias produtivas diversas com o intuito de trazer inovação para o campo. “O nosso objetivo maior é trabalhar os eixos de gestão da propriedade para trazer inovação e tecnologia para o campo”, destacou.
Em Goiás, são oito Agentes de Locais de Inovação (ALI) na área rural em sete regionais. Cada agente atende 15 produtores durante 12 meses. Mariel ressalta ainda que os Agentes Locais de Inovação iniciam os trabalhos com o diagnóstico da propriedade, para posteriormente apresentar uma proposta de gestão e mudanças com o objetivo de aumentar a inovação, os canais de comercialização, a maturidade e a sustentabilidade das propriedades ao longo do tempo.
Rodrigo Catanni é o ALI Rural do Sebrae Goiás da regional Oeste e afirmou que um dos pontos trabalhados com o grupo é o Selo de Inspeção Municipal (SIM), tanto em São Luís como em Firminópolis, onde a lei foi aprovada na Cãmara Municipal recentemente. “Estamos com uma cadeia diversa, produtores desde o segmento de produtos de origem animal até o da área vegetal, artesanal. Isso empolga os produtores ainda mais, dá luz aos olhos deles pois eles estão aptos e prontos para otimizar ainda mais os processos de produção, qualificar e inovar”, explicou Rodrigo.
De acordo com o ALI da regional Oeste, o objetivo do programa é esse trazer inovação, tecnologias, novos processos para que os produtores consigam aumentar ainda mais a credibilidade do seu produto e a comercialização. A importância dos selos foi pontuada pelo consultor do Sebrae Goiás, Arnaldo Lima, que abordou na sua palestra o desenvolvimento de marca, rotulação de produtos de campo e como o selo agrega valou ao produto.
“O selo de Agricultura Familiar agrega 40% sobre o valor do produto e o Orgânico chega a 80%”, ressaltou, lembrando os papeis do Sistema S na vida de um produtor rural. “O Senar trabalha com vocês da porteira para dentro. É ele que cuida da produção. Já o Sebrae atua da porteira para fora, com suporte tecnológico e de inovação para agregar valor ao produto e melhorar a sua comercialização”, enfatizou o consultou.
Arnaldo ressaltou ainda que o produtor precisa de três pilares para se sustentar. O primeiro é a parte técnica, o segundo o marketing e o terceiro o controle financeiro. Se falhar em uma delas, segundo ele, a estrutura não funciona. “Para vender temos que ter lucro e, por isso, a importância de agregar valor ao seu produto”, finalizou.
A analista do Sebrae Goiás e gestora do ALI Rural na regional Oeste, Elenimar Borges, destacou a importância desses encontros e da união dos produtores. “O programa ALI Rural do Sebrae visa toda uma transformação e inovação para que os produtores possam melhorar os seus processos. Nós trabalhamos muito a inovação, a parte de comercialização, como que esses produtores vão colocar os seus produtos no mercado e ter ganhos”, afirmou.
O encontro de produtores, organizado pelo ALI Rural em São Luís, reuniu produtores que serão acompanhados pelo programa até 2026. O primeiro encontro coletivo ofereceu palestra sobre o tema rotulagem, além disso foi uma oportunidade de networking com trocas de experiências.
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