A última sexta-feira, 05 marcou um daqueles momentos que dão a sensação de que algo importante está sendo construído em Anápolis, e, desta vez, com muitas mãos. No auditório da Câmara Municipal, representantes do Sebrae Goiás, universidades, poder público, setor produtivo e sociedade civil se reuniram para acompanhar a apresentação dos resultados do Programa Ecossistema Local de Inovação (ELI).
O ELI é uma metodologia nacional exclusiva do Sebrae, implementada em apenas três municípios goianos, que busca estruturar uma governança colaborativa capaz de apoiar o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas. Em Anápolis, a iniciativa ganhou força ao longo de 2025, num processo conduzido de forma aberta, participativa e com forte engajamento das instituições locais.

Logo no início do encontro, Emília Rosângela Pires, analista de inovação e gestora do Inova Cerrado, provocou o público a enxergar inovação como prática diária. Ela relembrou sua trajetória e o momento em que ajudou a impulsionar a criação da incubadora da UFG. “Lá em 2004 eu provoquei a UFG para criar uma incubadora. E continuo provocando: é preciso respirar inovação todos os dias. Comunicação, colaboração, confiança, objetivos comuns e visão consensual são os elementos que sustentam qualquer ecossistema inovador”, destacou.
Resultados e articulação inédita em Anápolis
A apresentação conduzida pelo analista do Sebrae Goiás, Ewerton Costa, responsável pelo programa no município, resumiu bem a dimensão do esforço coletivo. Em tom de convocação e de celebração, ele explicou como o trabalho percorreu os pilares do ecossistema: setor público, universidades, empresas e sociedade e se transformou em um movimento vivo. “Nossa jornada tem sido construída com propósito. Precisamos entender porque existimos, onde estamos, quem somos e como nos organizamos para chegar aos nossos objetivos. O ecossistema é vivo, e mais de duzentas mil horas de consultorias e o rodízio das instituições reforçam isso”, afirmou.

Durante o evento, foram apresentados os resultados das cinco etapas que orientaram o ELI: mapeamento dos atores da inovação, fortalecimento da governança, diagnóstico das potencialidades locais, definição da visão estratégica e alinhamento das ações prioritárias.O processo contou com a colaboração de instituições como Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal Goiano (IFG), UniEVANGÉLICA e Senai, além de entidades empresariais como Associação Comercial e industrial de Anápolis (ACIA), Federação das Indústria do Estado de Goiás (FIEG), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Instituto Euvaldo Lodi). Cada uma, ao seu modo, contribuiu para formar aquilo que todos passaram a chamar de “nova fase da inovação em Anápolis”.

A vereadora Andreia Rezende, presidente da Câmara Municipal, destacou que nenhuma agenda inovadora se sustenta sem políticas públicas sólidas. Ela lembrou que grandes transformações acontecem quando há integração entre as instituições e compromisso coletivo. Outro momento marcante foi a fala do Bill Wallace, especialista em inovação, que reforçou o papel da criatividade e do propósito na construção de legados de longo prazo. Ele destacou a importância de trabalhar com visão compartilhada e de criar ambientes que estimulem o protagonismo local. A entusiasta Priscila Scherrer, integrante ativa das discussões ao longo do ano, reforçou a relevância do engajamento contínuo, da colaboração e da disposição para transformar planos de curto prazo em sonhos de médio e longo prazo.
Anápolis projeta futuro mais competitivo, tecnológico e conectado
Representando o Executivo, o secretário municipal de Indústria, Comércio e agricultor, Kim Abrão lembrou que é uma vocação natural de Anápolis: “Queremos que os jovens entrem com sangue nos olhos. É fundamental seguir adiante, e a prefeitura está aqui para apoiar”, afirmou, ao enfatizar o compromisso do município com a agenda tecnológica.

Já o pró-reitor da UEG, Cláudio Stacheira, sublinhou a importância da tríplice hélice: universidade, empresa e governo — como engrenagem central do desenvolvimento. Ele defendeu que a inovação nasce da formação de pessoas, da pesquisa contínua e da coragem de errar e tentar novamente.
“Inovação nasce da interação entre universidade, empresa e governo. Nosso papel é formar pessoas, pesquisar, errar, tentar de novo e transferir conhecimento. A pergunta que fica é: qual é a visão de inovação que queremos para Anápolis?”, provocou. Stacheira ainda citou a relevância do PROFNIT, mestrado profissional focado em propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

O pró-reitor acadêmico da UniEVANGÉLICA, Daniel Gonçalves Mendes da Costa, ressaltou que a cidade precisa avançar com metas claras e reforçou o interesse institucional na construção de um futuro parque tecnológico, uma infraestrutura capaz de consolidar o ambiente inovador e atrair novos investimentos. Entre os representantes do setor produtivo, o diretor da ACIA, Admir Luchetti, relembrou o empenho da instituição em promover a inovação no município, destacando o lema do Comdefesa Goiás, do alfinete ao foguete”.

O vereador Suender Teodoro da Silva, abordou iniciativas legislativas que ampliam o ambiente de negócios da cidade, incluindo um projeto de lei voltado ao fomento de startups e incentivos que estimulam a atividade inovadora. Afirmando que os resultados obtidos em 2025 são apenas o início de uma longa jornada que o município precisa percorrer.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106
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