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Resgatando a arte ancestral por meio do empreendedorismo

Oficina na cidade de Goiás ensina mulheres quilombolas a utilizar talentos para gerar renda e preservação cultural
Por Renato Borges, de Goiás
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Mulheres quilombolas da cidade de Goiás participam de uma oficina que teve como objetivo mostrar as potencialidades dos produtos produzidos por elas. Ensinar a empreender aproveitando a potencialidade de cada uma e do material produzido foram os objetivos da oficina Cultura Moda Afro Brasileira, que, segundo o secretário municipal de Políticas de Promoção da Igualdade e Equidade Étnico-Racial, Lázaro Ribeiro de Lima, teve como foco o afroempreendedorismo. A iniciativa tem como maior parceiro o Sebrae e é voltada ao Quilombo Alto Santana.

Grupo se prepara para gerar novas opções de renda

Um dos primeiros passos, segundo o secretário, foi a oficina de moda para ensinar as mulheres a pensarem em uma marca para potencializar uma feira que já existe na cidade. Lázaro destaca que, além da gastronomia e o artesanato, é necessário planejar o fortalecimento da moda e levar o trabalho das mulheres da cidade de Goiás para fora.

Bianca Cristina produz bordados de decoração, voltados a contar as inúmeras histórias guardadas nos becos da antiga capital do estado de Goiás. Sua arte retrata figuras históricas da cidade, e para ela as atividades realizadas a fazem pensar no coletivo, fortalecendo não a ela própria, mas a todas, além de ter o artesanato como uma segunda renda.

Bianca Cristina produz bordados de decoração contando histórias da cidade de Goiás

“Fazer com que essa moda tenha um mercado é empreendedorismo e uma opção a mais de renda”, avalia a vereadora Elenizia da Mata de Jesus, uma das incentivadoras da criação da secretaria. Segundo ela, o sentido da oficina é uma reposicionar e retornar às raízes ancestrais com produtos como bordado e tear, entre outros que compõem a identidade local, e fazer com essas mulheres ocupem uma posição de destaque e não sejam coadjuvantes da história. “Trata-se de um nicho, que responde positivamente. Muitas dessas mulheres estiveram apenas no lugar de mulheres que cuidam da casa de outras mulheres, e nós queremos que elas sejam as mulheres que propõem, e que possam ser estilistas”, diz.

Outra artesã que estava presente e aproveitou as dicas e orientações da oficina era Laura Anastácia. Ela produz bonecas de forma artesanal desde criança, e contou que foi buscar na oficina informações de como levar melhorias para os figurinos de suas peças.

Laura Anastácia fabrica bonecas e foi buscar aperfeiçoamento para seus produtos

Fernanda Farias dos Santos é líder do Quilombo Alto Santana, cujo projeto é voltado para essa comunidade que é formada por remanescentes que tentam preservar as suas origens. Ela lembra que a comunidade procura valorizar suas tradições culturais e frequentemente se reúne para realizar atividades em conjunto. “A oficina é de suma importância para que as mulheres possam expandir a produção e comercialização dos seus produtos, inclusive contando as suas histórias”, disse.

Erica Santos, consultora do Sebrae que realizou a oficina, trabalhou com as mulheres sobre como conhecer e valorizar, a cultura por meio da moda, e também deu noções sobre desenvolvimento dos negócios e potencialização da produção local, pensando sempre expansão da produção.

Fernanda Farias dos Santos, líder do Quilombo Alto Santana: preservar origens e gerar empreendedorismo

Ela explica que a oficina tem como objetivo pensar processo de investimentos e acessos a partir do que a comunidade já produz e investimentos para expansão do negócio. “Afroempreendedorismo também é uma forma de desenvolvimento de renda para essas mulheres, de forma que elas possam fazer desse material uma fonte de renda aproveitando também a indústria do turismo”, disse.

Informações para a imprensa:

Na sede do Sebrae: Adriana Lima – (62) 3250-2263 / 99456-2491

Na Regional Oeste | São Luís de Montes Belos: Agência Entremeios Comunicação / Renato Borges – (64) 99307-8861

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

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