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Rio Verde ganha destaque no mercado da viticultura em Goiás

Algumas uvas se adaptam em climas quentes e secos como as espécies Vitória e Niágara Rosada, cultivadas no município. Frutas são vendidas em supermercados da cidade.
Por Valério Delfino, de Rio Verde
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A engenheira agrônoma e mestre em fitopatologia Alice Landim, produtora da marca “Quinta da Cabeleira” (Fotos Arquivo Pessoal)

A produção de uvas para o consumo da fruta ou fabricação de sucos e vinhos ganhou espaço no solo goiano e cresce cada vez mais no ambiente do cerrado. Tanto é que o cultivo da fruta já é realidade em alguns municípios do estado, a exemplo de Itaberaí, Paraúna, Avelinópolis, entre outras regiões.

Neste setor, Rio Verde também se destaca com a produção da cultura na Fazenda Cabeleira Invernada, localizada em uma região bem conhecida, próxima ao Rio Cabeleira e seus adjacentes. A engenheira agrônoma e mestre em fitopatologia Alice Landim produz uvas da marca “Quinta da Cabeleira”. Ela decidiu empreender no ramo em 2019, quando começou a pesquisar projetos que dariam para ser implantados em pequenas áreas inexploradas na fazenda.

Alice é apaixonada por uvas e vinhos, e considera a cultura videira cativante. “Então, em 2020, tiramos o projeto do papel e colocamos a mão na massa com objetivo de iniciar o cultivo da fruta”, frisa. Em uma área em torno de quatro hectares sem uso, a empreendedora rural estudou projetos como hidroponia (técnica de cultivo sem necessidade de terra, muito usada na produção de hortaliças, frutas e verduras). “No entanto, trabalhar com uvas foi a possibilidade que mais gostei e resolvemos iniciar essa cultura em Rio Verde”, lembra. A produtora, aliás, é pioneira em cultivar uvas no município.

A engenheira agrônoma conta que quase todo o processo de produção dentro da propriedade é feito de forma manual. “Nosso trabalho é artesanal, e digo que é gratificante acompanhar as etapas e ver a evolução da planta. Existem várias etapas e um cronograma rigoroso exigido em nossa atividade. A única coisa que usamos de forma tratorizada são as aplicações e a roçagem”, explica.

Em relação às fases de produção da cultura, a profissional explica que, primeiramente antes do plantio, é realizada a encomenda das mudas com um ano de antecedência em um viveiro licenciado. As etapas seguintes abrangem a correção do solo da área total; a construção da estrutura feita de madeira e arames e a instalação da irrigação, pois o cultivo deve ser irrigado. “Além disso, fazemos as covas para o plantio e finalmente plantamos as mudas”.

Produção de uvas também é favorável em regiões mais quentes e secas, como Goiás

Em algumas regiões de Goiás, o trabalho desenvolvido é de poda mista, o que gera, consequentemente, uma colheita cheia e outra um pouco menor. “Já nós realizamos uma colheita ao ano e temos trabalhado para aumentar bastante a quantidade e a qualidade dos cachos”, ressalta.

Apesar de muitas pessoas entenderem que a uva somente é produzida em regiões de clima frio, Alice explica que algumas espécies se desenvolvem em temperaturas mais altas. No caso da sua propriedade, as uvas de mesa cultivadas preferem lugares de clima quente e seco. Segundo a produtora, as altas temperaturas atuam de forma positiva na fertilidade dos ramos produtivos. A baixa pluviosidade contribui para frutos sadios e com alto teor de sólidos solúveis, ou seja, os frutos ficam mais doces.

“Inclusive, a maior área de produção e exportação de uva do Brasil fica em Pernambuco. Na nossa propriedade, produzimos apenas uva de mesa como a Vitória sem semente e a Niágara Rosada”, explica. Atualmente, a produção atende uma média de seis supermercados em Rio Verde onde as frutas são comercializadas.

Sobre a receptividade dos clientes, Alice diz que há uma excelente aceitação do mercado devido à qualidade do fruto. “Por ser produzido em Rio Verde e entregue no município mesmo, o consumidor consegue desfrutar de uma uva fresca colhida recentemente, crocante e doce, o que é diferente da qualidade das uvas comuns oriundas de outros estados, pois elas, consequentemente, sofrem bastante por causa do transporte até chegar aqui”, observa.

Para Alice, a produção da fruta e seus derivados em Rio Verde pode crescer

Ao falar do setor de fruticultura de maneira geral, Alice acredita que o ramo em Rio Verde e região pode crescer. No entanto, ressalta a necessidade de organizar e incentivar o crescimento através de iniciativas envolvendo setores público e privado. Já especificamente sobre a viticultura, a especialista realça o crescimento da produção em Goiás. “Agora, acredito que, com tecnologia e a aplicação do conhecimento, conseguiremos alavancar ainda mais o setor e alcançar bons índices de produtividade”, enfatiza.

Alice está tão empolgada com os bons resultados em sua propriedade que pretende procurar o Sebrae Goiás para saber mais sobre o programa Sebrae em Campo, mas também para cursos de gestão de pessoas, marketing e outros ligados ao empreendedorismo rural.

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SERVIÇO

Quinta da Cabeleira

Telefone/WhatsApp: (64) 9 9962-9214

Instagram: @quintadacabeleira

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106

Na Regional Sudoeste | Rio Verde: Valério Delfino / Agência Entremeios Comunicação – (64) 99211-9284

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

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