
Com foco em solucionar um grande desafio enfrentado por construtoras, incorporadoras e empresas de gestão na construção civil, como a ineficiência e os desperdícios gerados na coordenação de projetos, a startup goiana Coordly desenvolveu uma solução disruptiva. Um aplicativo que centraliza, organiza e automatiza esses processos e garante mais eficiência e rastreabilidade. A empresa democratizou o acesso à metodologia BIM, um padrão global que permite a digitalização da construção e a antecipação de problemas antes da execução.
Com essa plataforma acessível para pequenas e médias empresas, a Coordly foi selecionada e participou, no último semestre do Capital Empreendedor do Sebrae, um programa de aceleração que prepara empresas para buscarem grandes investimentos. Durante seis meses, as startups têm oportunidade de aprimorar os modelos de negócio, refinar as estratégias e a se conectarem com o ecossistema de investimento de risco. Além do conhecimento técnico e de gestão adquirido, as empresas têm a chance de expandir a rede de contatos, interagir com outros empreendedores e, principalmente, apresentar seus negócios para investidores em potencial.
Quando entraram no programa, o sócio-fundador Romeu Neiva conta que estavam no processo de captação dos recursos de fomento, mas já haviam passado por uma rodada com investidores privados, o que trouxe muitos aprendizados. Para ele, o Capital Empreendedor foi mais uma oportunidade para validar o material de captação e aprimorar a estratégia. No final, essa participação se mostrou essencial para o sucesso da rodada de investimentos. A experiência prática de apresentar a Coordly para investidores trouxe mais segurança e clareza sobre a tese de negócio e estratégia de crescimento.
“O maior aprendizado foi a troca de experiências com outras startups que estavam na mesma jornada. Percebemos o quanto o ecossistema de startups no Brasil evoluiu e o impacto positivo que programas como esse, promovidos pelo Sebrae, têm no desenvolvimento do setor”, frisa. Romeu lembra que tiveram a oportunidade de estar cara a cara com investidores com diferentes perfis e teses de investimento. Para ele isso foi fundamental, pois muitas vezes, ao captar recursos por conta própria, esse contato pode ser limitado ou ocorrer apenas por meio de aceleradoras e outras instituições.
Sobre o Capital Empreendedor, o sócio da Coordly disse que a jornada de mentorias foi um dos desafios mais intensos, pois permitiu colocar à prova diversas áreas da empresa. Esse processo, de acordo com ele, ajudou a identificar melhorias e ajustes que talvez não tivessem percebido sozinhos. “Programas como esse são essenciais para startups que desejam ampliar a rede de contatos, validar a tese de negócio e aprender com outras empresas que estão na mesma fase da jornada. O networking proporcionado pelo programa pode ser transformador”, destaca.
O sócio da startup já havia participado de apresentações online, mas o contato presencial, para ele, foi fundamental para fortalecer as relações com investidores e abrir portas para futuras rodadas de captação. Durante a etapa final do Capital Empreendedor, que aconteceu em novembro de 2024, em São Paulo, a Coordly recebeu propostas concretas de investimento e atualmente está no pipeline de alguns fundos, com os quais segue em contato para uma futura rodada de investimentos.
Romeu conta que conseguiram captar a primeira rodada de investimentos, no valor de R$2,3 milhões, por meio de linhas de fomento à inovação. “Esse capital será investido no desenvolvimento de novas tecnologias, como a aplicação de inteligência artificial na coordenação de projetos, além da expansão da nossa atuação para além de Goiânia, onde já somos amplamente reconhecidos”, explica.
O objetivo, segundo ele, é escalar a Coordly para novos patamares, ampliar o impacto para além da otimização de processos. “Queremos contribuir ativamente para que as empresas desenvolvam projetos mais eficientes, sustentáveis e competitivos”. O sócio ainda projeta que, a longo prazo, a meta é expandir a atuação da startup para além das fronteiras brasileiras, para levar a tecnologia para mercados internacionais que também enfrentam desafios semelhantes na digitalização da construção civil. “Acreditamos que a adoção de novas tecnologias e metodologias como o BIM será um divisor de águas para o mercado nos próximos anos, e queremos estar na vanguarda dessa mudança”, analisa Romeu.
A Coordly nasceu da experiência prática dos fundadores no mercado de coordenação de projetos em BIM em Goiânia. Romeu Neiva é engenheiro civil e começou no Departamento de Planejamento da Innovar Construtora, empresa familiar e uma das pioneiras na adoção do BIM (Plataforma de Modelagem de Informações da Construção, um ambiente digital abrangente que revoluciona a forma como projetos de construção são concebidos, planejados, executados e gerenciados) em Goiânia. Já o Carlos Barcelos, cofundador da Coordly, é também o fundador da Mol Engenharia, outra referência no uso dessa metodologia.

Histórico de inovação
Desde 2019, adotam metodologias inovadoras voltadas para pequenas e médias empresas e preenchem uma lacuna deixada por soluções tradicionais que, em geral, são caras, burocráticas e exigem capacitação extensiva. “Nossa plataforma permite que empresas sem processos estruturados de coordenação de projetos adotem o BIM de forma intuitiva e eficiente, sem os altos custos e complexidade das soluções concorrentes”, enfatiza.
O engenheiro ressalta que a startup atende diversas empresas que passam pela falta de processos estruturados para uma gestão totalmente integrada e automatizada com a solução criada por eles. O engenheiro frisa que esse impacto direto no dia a dia dos clientes é um grande diferencial da Coordly em relação ao mercado.
A plataforma evita erros comuns, como o uso de versões desatualizadas de projetos, desperdícios com impressões físicas desnecessárias e a falta de um sistema estruturado para acompanhar documentos e revisões. O engenheiro explica que antes mesmo do início das obras, há um fluxo intenso de informações e interações entre diversos profissionais. Quando esse processo ocorre de maneira descentralizada, desorganizada e sem metodologias bem definidas, os problemas se acumulam e impactam diretamente o andamento e os custos da obra.
“Nossa plataforma já transformou o mercado local de Goiânia e contribuiu com mais de 20 empresas a digitalizar processos e antecipar problemas que, historicamente, geravam um desvio médio de 13% nos custos. Em alguns casos, esse impacto é ainda maior quando consideramos os atrasos e ineficiências na comunicação organizacional. Reduzimos desperdícios, automatizamos tarefas e garantimos maior previsibilidade nas obras, o que se traduz em maior economia e competitividade para nossos clientes”, afirma Romeu.
SERVIÇO: @Coordly_nova_maleta
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106
Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178
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